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Paulo Freire

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Por:   •  27/10/2014  •  604 Palavras (3 Páginas)  •  254 Visualizações

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A educação básica no Brasil tem enfrentado grandes dificuldades, entre elas podemos destacar: a indisciplina, o desinteresse e a evasão. Solucioná-los não é tarefa fácil. Programas como o PDE, podem não ser a solução, mas vejo neles, um grande aliado nestas questões.

O ensino da arte e consequentemente da música sofreram influências de diferentes concepções pedagógicas em sua trajetória. Desde que a música deixou de ser conteúdo específico a ser trabalhado nas séries iniciais, o seu entendimento e sua utilização tem se centrado principalmente em: recreação, animação de datas comemorativas, pontuar tarefas – música do lanche, música para entrar na sala, música para guardar o material. Isso acaba por enfraquecer a música como área de conhecimento. Hoje com a volta da obrigatoriedade do ensino da música na educação fundamental pela lei 11769 de 2008, como disciplina curricular, a escola enfrenta sérios problemas para sua efetivação.

Dentre os problemas enfrentados, um dos principais está na formação do docente, principalmente das séries iniciais do ensino fundamental, do professor unidocente. Este professor tem a tarefa de ensinar os conteúdos de todas as disciplinas previstas na lei, e agora, mais o ensino da música, que se tornou obrigatório pela lei acima referida.

Outro problema não menos importante se refere à estrutura educacional que temos, onde a própria área de arte é discriminada e colocada como “menos” importante entre as demais disciplinas, seja visto, a quantidade de aulas por turma.

É bom ressaltar que diante de uma eventual necessidade de diminuição de quantidade de aulas na grade curricular, arte é a primeira da fila. A esse respeito cito como exemplo o próprio curso de formação de docentes de nível médio onde foi implementado este projeto, que inicialmente tinha duas aulas de arte semanais em dois dos quatro anos do curso, hoje tem duas aulas semanais em apenas um dos anos de duração do curso. Outro fator agravante é que o ensino da arte integra quatro modalidades: música, teatro, dança e artes visuais. Ainda falando da estrutura educacional, temos o espaço reduzido de uma sala de aula para trabalharmos música com trinta a cinqüenta alunos em meio a carteiras e cadeiras

sem contar que bem ao lado, são ministradas aulas que exigem mais silêncio como: matemática, português, ciências. 28

Para concluir, vale destacar a urgência de projetos que visem um ensino de música não centrado na formação de futuros músicos nem tão pouco como um divertimento, e sim buscando um desenvolvimento dos sentidos e da percepção musical, de forma que consiga uma maior abrangência dentro da sala de aula, visto que a lei inclui a educação musical no ensino fundamental.

A efetivação do conhecimento a partir desta implementação, dependerá da disponibilidade dos alunos em desenvolver atividades com música na sua prática pedagógica.

Esse projeto foi apenas uma sementinha plantada em solo arenoso, e está muito aquém do que deveria ser o verdadeiro ensino de música, mas que com

dedicação, comprometimento e paciência ainda será possível colher muitos frutos. Sabemos que no trabalho com educação, não existe um único caminho, escolher qual deles seguir, não é tarefa fácil, mas se queremos avanços

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