Portos Secos
Dissertações: Portos Secos. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: PVCS • 20/9/2013 • 990 Palavras (4 Páginas) • 605 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS
ESCOLA DE ENGENHARIA CIVIL
PORTOS E VIAS NAVEGÁVEIS
DETERMINAÇÃO DA LOCALIZAÇÃO DE UM PORTO SECO
Alunos: Giselle Finotti
Guilherme Quintino
Paulo Victor Sbroggio
Raphael Laperche
GOIÂNIA, SETEMBRO 2013
Caracterização do Problema – Onde se localizar o porto seco
Porto seco ou Estação Aduaneira Interior (EADI) é um terminal intermodal terrestre diretamente ligado por estrada e/ou via férrea e/ou até aérea, sendo um depósito alfandegado localizado na zona secundária (fora do porto, para transporte organizado até o mesmo), geralmente no interior. Recebe as cargas ainda consolidadas, podendo nacionalizá-las de imediato ou trabalhar como entreposto aduaneiro. Dessa forma, o porto seco armazena a mercadoria do importador pelo período que este desejar, em regime de suspensão de impostos, podendo fazer a nacionalização fracionada.
Por ser uma zona de transição entre despacho aduaneiro e carga dos meios de transporte, O porto seco é instalado, preferencialmente, adjacente aos portos/aeroportos, às regiões produtoras ou consumidoras.
Além disso, é necessário que na região exista a capacidade de se ter infraestruturas para que possa ser realizadas as operações de carga e descarga do porto seco: existem estradas importantes que cortam aquela região?; Será fácil o transporte desses insumos do porto seco até os aeroportos/portos próximos?
Outro fator importante que atesta a viabilidade da localização de um porto seco é a chamada demanda de absorção de carga do porto seco. Os portos secos devem ser consolidados a partir do momento em que os terminais aduaneiros já não absorvem com total eficiência as cargas que ali chegam.
Os custos de implantação e custos de operação desse porto seco também devem ser computados na viabilidade. No local em que se pretende estabelecer esse porto seco, deve-se garantir o dimensionamento correto para as edificações do porto, os equipamentos que ali serão operacionalizados, bem como o dimensionamento das instalações para os operários e administração (sistemas operacionais, mobiliário, áreas de convivência, estacionamentos para terceiros...).
Com a soma dos custos de implantação e operação (depreciação, custos fixos mensais e anuais, despesas com terceiros) deve ser avaliado o retorno que essa estação aduaneira irá proporcionar tanto à facilidade de despacho para importações e exportações quanto ao retorno econômico. Todos esses critérios serão de fundamental importância para a determinação do local a ser instalado o porto seco.
Contextualização e Justificativa
O comércio exterior do Brasil tem crescido muito nas últimas décadas. Exportamos algo em torno de 2,7 bilhões de dólares em 1970, US$ 20 bilhões em 1980 e US$ 30 bi em 1990. No início dos anos dois mil estes valores ultrapassavam os 100 bilhões de dólares e em 2011 estavam próximo do meio trilhão de dólares.
Nossos portos não toleram mais crescimentos sem investimentos maciços em infraestrutura, pois em termos de carga movimentada o crescimento é igualmente grande: de 500 milhões de toneladas em 2001 para 700 milhões de toneladas em 2011. A Associação Brasileira de Terminais Portuários (ABTP) estima que em quatro anos esse volume chegará a 1 bilhão de toneladas.
Com esses números, o Brasil já é o terceiro maior exportador de alimentos do mundo, segundo pesquisas recentes. Perdemos apenas para os Estados Unidos e União Europeia, e recentemente ultrapassamos o Canadá. Austrália, China, Argentina e outras potências agrícolas já ficaram pra trás há décadas. Mas isto não pode ser motivo de comemoração, quando analisado pela ótica da logística.
Mesmo com um ritmo de crescimento de exportação na ordem de 19% na média, segundo dados da OMC, muito acima dos
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