Primavera Árabe – Como Começou
Por: mamakkk • 25/10/2017 • Projeto de pesquisa • 1.100 Palavras (5 Páginas) • 624 Visualizações
ETEC DR. CELSO GIGLIO – ETIM DE INFORMÁTICA
Nathalia Cavalcante nº26
TRABALHO DE HISTÓRIA
Primavera Árabe
Osasco
2017
Primavera Árabe – Como Começou
A Primavera Árabe é uma expressão criada para designar os protestos árabes que marcaram o país no final de 2010. Trata-se de um período de transformações históricas nos rumos da política mundial. A onda de protestos e revoluções no Oriente Médio tinha como objetivo derrubar ditadores e reivindicar melhores condições de vida.
Em 2010, na Tunísia, houve a derrubada do ditador Zine El Abidini Ben Ali, que se encontrava no poder a 23 anos os protestos exigindo a realização de eleições diretas não duraram muito. O início aconteceu em dezembro de 2010 e terminou no mês seguinte, em 14 de janeiro de 2011, sem grandes resistências do ditador.
O grande marco da revolução na Tunísia, foi o episódio envolvendo o jovem Mohamed Bouazizi, que vivia com sua família através da venda de frutas e que teve os seus produtos confiscados pela polícia por se recusar a pagar propina. Extremamente revoltado com essa situação, Bouazizi ateou fogo em seu próprio corpo, marcando um evento que abalou a população de todo o país e que fomentou a concretização da revolta popular.
Essa primeira reviravolta ficou conhecida como Revolução Jasmim que foi apreciada e copiada pelos países vizinhos que passavam pela mesma condição.
Entre eles: Marrocos, Egito, Argélia, Iêmen, Líbia, Bahrein, Jordânia, Omã e Síria.
Revoluções Seguintes
Egito → Pouco menos de um mês após a renúncia do cargo de ditador de Ben Ali, houveram protesto no Egito para retirar o presidente Hosni Mubarak, graças as revoltas populares que exigiam que o ex-presidente saísse do poder, após seus 30 anos de governo. Essa revolução foi chamada de Revolução de Lótus.
No Egito após novas eleições o atual presidente gerou descontentamento do povo novamente, e o presidente Mohamed Morsi foi, 2 anos mais tarde, alvo de novos protestos populacionais. Enfim em 2013 o presidente sofreu o golpe militar sob a ação do exército egípcio.
Líbia → Em 2011 foi a vez da Líbia, sendo o primeiro país em que a Primavera Árabe causou guerrilhas e grande derramamento de sangue. Buscando o fim do regime militar de Muamar Kadhafi, que governava a 42 anos, os rebeldes se armaram para o combate contra as tropas do governo.
Com o estabelecimento de um conflito generalizado no país, as potências ocidentais organizaram-se através da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) a fim de derrubar o ditador da Líbia e conseguirem uma maior influência em uma região em que se produz muito petróleo para exportação. No final, os rebeldes conseguiram assassinar Kadhafi e dar fim ao regime.
A revolta na Líbia é conhecida como Guerra Civil Líbia ou Revolução Líbia.
Barein → O país recebia grande apoio de países ocidentais, dando destaque ao Estados Unidos (EUA), assim mesmo com dura repressão contra os rebeldes e violações de direitos humanos o país não recebeu nenhuma intervenção de países estrangeiros, fato que fez com que países questionassem a OTAN nas zonas de instabilidade política.
Os protestos no Bahrein objetivam a derrubada do rei Hamad bin Isa al-Khalifa, no poder há oito anos. Os protestos também se iniciaram em 2011 sob a influência direta dos efeitos da Revolução de Jasmim. O governo responde com violência aos rebeldes, que já tentaram atacar, inclusive, o Grande Prêmio de Fórmula 1. Registros indicam centenas de mortos durante combates com a polícia.
Síria → Os protestos na Síria ainda estão em curso e já são classificados como Guerra Civil pela comunidade internacional. A luta é pela deposição do ditador Bashar al-Assad, cuja família encontra-se no poder há 46 anos. Há a estimativa de quase 20 mil mortos desde que o governo ditatorial decidiu reprimir os rebeldes com violência.
Há certa pressão por parte da ONU e da comunidade internacional em promover a deposição da ditadura e dar um fim à guerra civil, entretanto, as tentativas de intervenção no conflito vêm sendo frustradas pela Rússia, que tem poder de veto no Conselho de Segurança da ONU e muitos interesses na manutenção do poder de Assad. Existem indícios de que o governo sírio esteja utilizando armas químicas e biológicas para combater a revolução no país.
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