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Proposta Pedagogica

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Por:   •  10/5/2014  •  906 Palavras (4 Páginas)  •  402 Visualizações

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Propostas Pedagógicas de Emilia Ferreiro

Utilizando a abordagem clínica ou método de exploração crítica,

amplamente desenvolvido na escola de Genebra, Emilia Ferreiro

pesquisou os conhecimentos da criança no que se referia às

atividades de leitura e escrita. Doutora em psicologia pela

Universidade de Genebra, foi orientanda e colaboradora de Jean

Piaget. Argentina de nascimento, realizou suas primeiras

pesquisas em seu país de origem. É professora do Centro de

Investigação de estudos Avançados do Instituto Politécnico

Nacional do México, onde investiga o desenvolvimento da leitura

e da escrita do ponto de vista do sujeito que aprende.

Em mais de um decênio de pesquisa para descobrir qual era o

processo de construção da escrita, planejando e divulgando as

situações experimentais em que a criança evidencia a escrita tal

qual a vê, a leitura tal como a entende e os problemas tal como

os propõe para si, Emilia Ferreiro tem entusiasmado

pesquisadores de várias partes do mundo; interessados na

temática, muitos tornaram-se seus colaboradores, desenvolvendo

pesquisas semelhantes em seus países.

A primeira e mais conhecida entre esses pesquisadores é Ana

Teberosky. Psicóloga e pesquisadora do Instituto Municipal de

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educação de Barcelona, desde 1974 dedica-se à aplicação da

teoria psicogenética diretamente na sala de aula, enfocando o

impacto da colaboração de ambientes bilíngues (catalão e

espanhol) sobre a alfabetização de crianças.

Os contatos com pesquisadores de todo o mundo, em especial os

latino-americanos, permitiram que Emilia Ferreiro concluísse ser

possível encarar de maneira diferente a aprendizagem da leitura

e da escrita, conseguindo, assim, uma alfabetização de melhor

qualidade.

Alguns aspectos apontados como necessários para entender os

objetivos dessa alfabetização são aqui apresentados de forma

esquemática:

1) A escola (como instituição) deve apresentar a língua escrita

para a criança, como um objeto sobre o qual pode atuar, sem a

preocupação inicial com detalhes.

2) O importante é a criança saber que as letras, como unidades

da língua, não possuem forma fixa, cada uma se define em

função das outras, com diferentes objetivos e variações para sua

identificação; a escrita, tal como a língua oral, evolui; as normas

ortográficas são convenções necessárias para uma comunicação

a distância, entre falantes da mesma língua.

3) A escrita deve ser apresentada à criança como o produto de

uma prática histórica, um poderoso instrumento nas ações

sociais, e não como um objeto em si, importante dentro da

escola, quase sacralizado.

4) Deve ser feita a distinção (não apenas terminológica) entre

sistema de codificação e de representação, uma vez que, ao

pensar sobre a escrita, a criança procura compreender a

natureza desse sistema simbólico de representação e levanta

hipóteses sobre ele, buscando, basicamente, entender “o que a

escrita representa e como se estrutura esta forma de

representação. A invenção da escrita foi um processo histórico de

construção de um sistema de representação, não um processo

de codificação”.

5) Deve-se considerar que muitas crianças chegam à escola

sabendo para que serve a escrita, pois tiveram oportunidades de

interagir com ela, e terminam sua alfabetização inicial com

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sucesso. Outras, porém, justamente as que mais necessitam da

escola para se apropriar da escrita ou de informações sobre suas

funções na sociedade, são vítimas de métodos, manuais ou

programas ainda apegados à concepção de que só se aprende

algo por meio de repetição, memorização, cópia de modelos de

escrita ou mecanização.

6) Interpretar as escritas infantis é um longo aprendizado, que

requer uma atitude teórica definida. “Se pensarmos que as

crianças são seres que ignoram que devem pedirpermissão para

começar a aprender, talvez comecemos a aceitar que podem

saber, embora não tenha sido dada a elas a autorização

institucional para tanto”.

7) Para entender o processo construtivo da criança, o educador

precisa “cotejar uma série de produções escritas e conhecer as

condições de produção, o processo de produção

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