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Prosa Romântica no Brasil

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Por:   •  2/1/2014  •  Seminário  •  2.403 Palavras (10 Páginas)  •  690 Visualizações

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Prosa Romântica no Brasil

A Prosa Romântica no Brasil é um movimento literário no Brasil, que é inaugurada com o livro "A Moreninha", de Joaquim Manuel de Macedo. O romance brasileiro caracteriza-se por ser uma "adaptação" do romance europeu, com a conservação do caráter folhetinesco da Europa, com início, meio e fim seguindo a ordem cronológica dos fatos. A prosa romântica brasileira nasceu de um ambicioso projeto literário que visava traçar um panorama da história e da cultura do país. Seu principal expoente é o romancista cearense José de Alencar (1829 - 1877), autor de romances históricos, indianistas, regionalistas e urbanos, como Iracema.

Além de Alencar, destacam-se Joaquim Manoel de Macedo (1820 - 1882), autor de A Moreninha, com seus romances repletos de estereótipos, e Manuel Antônio de Almeida (1831 - 1861), autor de Memórias de um Sargento de Milícias, cujas narrativas retratam os costumes de uma época.

Obras

José de Alencar

Senhora de José de Alencar, retrata a oposição do dinheiro e amor. Lucíola, também de Alencar, retrata a prostituição do século XIX. É um romance urbano. O Guarani, Iracema e Diva, que é um dos romances indianistas do escritor brasileiro José de Alencar foi publicado em 1864. Também se pode considerar a continuação de Lucíola.

Noite na Taverna

Noite na taverna, livro em que jovens embriagados contam histórias macabras de crimes e paixões. A obra de Álvares de Azevedo é o ponto mais alto do ultra-romantismo brasileiro. Apresenta sete contos marcados por violência, crime, incesto, traição e assassinato.

Inocência

Inocência é considerada a obra-prima não só de Taunay, mas também do romance regionalista de nosso Romantismo, e sua qualidade resulta do equilíbrio alcançado na contraposição de vários aspectos: ficção e realidade, valores românticos e valores da realidade bruta do sertão, linguagem culta e linguagem regional. Trata-se de uma história de amor impossível, que envolve Cirino, prático de farmácia que se autopromovera a médico, e Inocência, uma Jovem do sertão do Mato Grosso, filha de Pereira, pequeno proprietário, representante típico da mentalidade vigente entre os habitantes daquela região.

A realização amorosa entre os jovens é inviável, porque Inocência fora prometida em casamento pelo pai a Manecão Doca, um rústico vaqueiro da região; e também porque Pereira exerce forte vigilância sobre a filha, pois, de acordo com os seus valores, ele tem de garantir a virgindade de Inocência até o dia do casamento.

Ao lado dos acontecimentos que constituem a trama amorosa, há também o choque de valores entre Pereira e Meyer, um naturalista alemão colecionador de borboletas que se hospedara na casa do pequeno proprietário.

O choque de valores entre os dois evidencia as diferenças entre o meio rural brasileiro e o meio urbano europeu.

O cabeleira

Ao acompanhar a trajetória do bandido, Franklin Távora oscila entre a análise objetiva e o recurso idealizante. José Gomes, o Cabeleira, nos é mostrado como fruto de circunstâncias ambientais e há registros interessantes sobre a vida nordestina, principalmente sobre a seca. Igualmente a pesquisa histórica que realizou acerca do cangaceiro é séria e confere valor documental ao texto. Aliás, todos os seus relatos têm um substrato no passado nordestino e não seria equivocado rotulá-los também de romances históricos.

Fora isso, Távora apresenta uma visão progressista sobre o cangaço, pois acredita que um bom sistema educacional resolveria muitos dos problemas do banditismo do mundo agrário. Revela assim a sua proximidade com aquela ideologia "ilustrada" que Castro Alves e outros românticos da última geração expressavam: a crença de que o progresso e a harmonia social viriam através do livro e da escola. Verdade que isso se dá no relato através de insistentes interrupções do narrador. Esses comentários marginais tornam-se, completamente inúteis à seqüência da ação romanesca.

Contudo, o pior problema do texto - no desenvolvimento da intriga e dos caracteres dos personagens - é o triunfo do mais rasteiro convencionalismo romântico. Levado ao crime "pelas baixas paixões que à sombra da ignorância e da impunidade haviam crescido sem freio", o cruel Cabeleira reencontra uma amiga de infância, a jovem Luisinha. De imediato, apaixona-se por ela e dispõe-se a mais completa regeneração, abandonando as armas e as forças do mal em troca da companhia da heroína. O amor que ambos vivem no sertão - enquanto a polícia persegue o cangaceiro - é de uma ênfase melodramática inverossímil. Mas Luisinha morre por causa de ferimento provocado por um incêndio e o Cabeleira acaba preso sem resistência. É julgado pelos seus crimes e enforcado.

O narrador aproveita-se desse final para manifestar sua indignação com a pena de morte e acusar a sociedade: A justiça executou o Cabeleira por crimes que tiveram sua principal origem na ignorância e na pobreza. Mas o responsável de males semelhantes não será primeiro que todos a sociedade que não cumpre o dever de difundir a instrução, fonte da moral, e de organizar o trabalho, fonte de riqueza?

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A primeira obra de prosa romântica no Brasil é A Moreninha, livro de Joaquim Manuel de Macedo. Na época do Romantismo brasileiro, os romances seguiam os elementos das publicações europeias, que conservavam as características de folhetim, apresentando histórias na ordem cronológica com início, meio e fim. Entre os autores da prosa romântica brasileira, José de Alencar, Álvares de Azevedo, Visconde de Taunay e Franklin Távora são nomes de extrema importância.

Um dos livros que é considerado o expoente do ultra-romantismo é Noite na Taverna, de Álvares de Azevedo. Influenciado por Lord Byron, poeta britânico, o autor brasileiro apresenta jovens que contam causos envolvendo crimes e paixões regados a vinho tinto. Entre os temas principais da literatura de Azevedo, encontram-se assassinato, traição, incesto, amores não correspondidos, idealização da mulher e violência.

No caso de José de Alencar, a obra mais marcante da prosa romântica é Senhora. Em suas páginas, o autor opõe o amor ao dinheiro. Em outro de seus livros, Lucíola, o escritor produziu um romance urbano com um tema delicado como a prostituição durante o século XIX. Outro livro de Alencar é Diva, no qual há uma ligação com Lucíola, mas que não é necessariamente uma continuação. Ocorre que

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