Prova Oab Penal
Pesquisas Acadêmicas: Prova Oab Penal. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: elisapessoa • 12/3/2014 • 370 Palavras (2 Páginas) • 754 Visualizações
Grávida de nove meses, Ana entra em trabalho de parto, vindo dar à luz um menino saudável, o qual é
imediatamente colocado em seu colo. Ao ter o recém‐nascido em suas mãos, Ana é tomada por extremo furor,
bradando aos gritos que seu filho era um “monstro horrível que não saiu de mim” e bate por seguidas vezes a cabeça
da criança na parede do quarto do hospital, vitimando‐a fatalmente. Após ser dominada pelos funcionários do
hospital, Ana é presa em flagrante delito.
Durante a fase de inquérito policial, foi realizado exame médico‐legal, o qual atestou que Ana agira sob influência de
estado puerperal. Posteriormente, foi denunciada, com base nas provas colhidas na fase inquisitorial, sobretudo o
laudo do expert, perante a 1ª Vara Criminal/Tribunal do Júri pela prática do crime de homicídio triplamente
qualificado, haja vista ter sustentado o Parquet que Ana fora movida por motivo fútil, empregara meio cruel para a
consecução do ato criminoso, além de se utilizar de recurso que tornou impossível a defesa da vítima. Em sede de
Alegações Finais Orais, o Promotor de Justiça reiterou os argumentos da denúncia, sustentando que Ana teria agido
impelida por motivo fútil ao decidir matar seu filho em razão de tê‐lo achado feio e teria empregado meio cruel ao
bater a cabeça do bebê repetidas vezes contra a parede, além de impossibilitar a defesa da vítima, incapaz, em razão
da idade, de defender‐se.
A Defensoria Pública, por sua vez, alegou que a ré não teria praticado o fato e, alternativamente, se o tivesse feito,
não possuiria plena capacidade de autodeterminação, sendo inimputável. Ao proferir a sentença, o magistrado
competente entendeu por bem absolver sumariamente a ré em razão de inimputabilidade, pois, ao tempo da ação,
não seria ela inteiramente capaz de se autodeterminar em consequência da influência do estado puerperal. Tendo
sido intimado o Ministério Público da decisão, em 11 de janeiro de 2011, o prazo recursal transcorreu in albis sem
manifestação do Parquet.
Em relação ao caso narrado, você, na condição de advogado(a), é procurado pelo pai da vítima, em 20 de janeiro de
2011, para habilitar‐se como assistente da acusação e impugnar a decisão.
Com base somente nas informações de que dispõe e nas que podem ser inferidas pelo caso concreto acima, redija a
peça cabível, sustentando, para tanto, as teses jurídicas pertinentes, datando do último dia do prazo
...