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Redação Sobre Igualdade De gênero

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Por:   •  17/10/2013  •  1.457 Palavras (6 Páginas)  •  702 Visualizações

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Uma luta de saias contra a história

Desde os primórdios da civilização humana, a mulher é retratada como submissa ao homem. As primeiras civilizações com escrita ensinavam apenas aos homens o domínio dos estudos. A mulher é tratada como ícone de reprodução. Cultuavam inicialmente deusas da fertilidade e da beleza como representação de mulheres que tinham em seu sentido de vida a reprodução, uma continuidade da espécie.

A Grécia Antiga é um exemplo claro de submissão feminina. Em Atenas e em Esparta, ambas cidades inimigas, educavam suas crianças meninas para ser boas mães e boas esposas. Embora varie os direitos entre as duas polis gregas, o princípio fundamental da mulher era o casamento e a fertilidade.

No século XIII, há a lenda de uma mulher chamada Johanna, natural da Alemanha, que aprendeu todo tipo de estudo com o irmão e passou a vida inteira disfarçada de homem com o objetivo de virar padre. Juntou-se aos mais renomados freis da época e viajou até Roma onde se infiltrou nos mais altos cargos na Igreja e com a morte do papa Leão IV, foi nomeada Papa João VII. Johanna engravidou de seu guarda e ocultou facilmente a gravidez com as vestes papais folgadas. Porém, num certo dia, deu a luz em cima de um cavalo entre o Coliseu de Roma e a Igreja de São Clemente em meio aos fiéis, que ficaram indignados em uma mulher ocupar o mais alto cargo da Igreja Católica, no qual ser Papa significa Ser Pai. Não se sabe ao certo se ela existiu ou não, pois não há registro do papa posterior a Leão IV, mas ao tornar-se pública, a história na Alemanha servia como lição de moral e a prova de que as mulheres são fracas e quando conseguem o que querem, jogam tudo no lixo por um desejo carnal, por isso, os homens eram os melhores em governo, melhores na força e melhores em inteligência intelectual.

Em meados dos anos 1400, a França viu entre seus homens, uma mulher que acima de tudo queria lutar pelo seu país. Liderou exércitos de mais de quatro mil homens e mesmo com sua identidade feminina publicada, Joana d’Arc ainda usava trajes masculinos para ter um respeito maior entre os homens que em seus exércitos batalhavam. Joana foi condenada a morte por heresia e foi queimada viva em praça pública. Estudiosos afirmam que a heresia não era o motivo principal. Acredita-se que todas as vitórias de Joana sobre a Inglaterra inflamaram a perseguição inglesa sobre a moça e era inimaginável um exército liderado por uma mulher ganhar alguma coisa da Inglaterra.

Mais tarde, em 1792, o primeiro livro feminista é lançado. Mary Wollstonecraft escreve A Reivindicação das Mulheres, o qual defendia a educação igualitária para todos. O livro foi uma facada na sociedade européia como um todo, pois o normal era que o homem estudasse mais que a mulher. Mulheres não eram aceitas nos teatros, por exemplo, e na época de Shakespeare vivo, as peças teatrais com personagens mulheres eram feitas por exclusivamente homens.

As sociedades que compunham o mundo algumas décadas atrás, em sua maioria, continham uma história onde o homem é o inteligente, o homem é o mais forte e a mulher era aquela que lhe dava filhos. O homem se tornou símbolo de força mundial e ganhou espaço em tudo que era descoberto, enquanto as mulheres eram vítimas da opressão, sem direitos como divórcio ou voto.

Apenas em 1893, a mulher ganha o total direito de votar, na Nova Zelândia. A democracia foi criada pelos gregos ainda na civilização clássica, antes de Cristo. Com tantos séculos de democracia, a mulher só foi vista suficiente o bastante para escolher um governante no século 19. O sexo feminino teve sua história praticamente toda contada por submissão.

Com intuito de caminhar para igualdade, as mulheres começaram a buscar seus direitos civis. Começaram os movimentos feministas em vários países do mundo, reivindicando direito por voto, educação, saúde e o fim do preconceito. Lideraram marchas e conquistaram espaço na história escrita por homens.

No Brasil, durante o Estado Novo de Getúlio Vargas, um decreto de nº 3199 afirmava que era proibida a participação de mulheres em esportes que não se encaixavam no sexo feminino, tais como futebol, pólo e lutas de qualquer natureza. Anos mais tarde esse decreto foi eliminado, pois as mulheres brasileiras inscreveram-se no campeonato sul-americano de judô usando nomes masculinos, o que causou revolta por parte dos cidadãos e o fim do decreto.

Em 1945, através da Carta das Nações Unidas, a mulher teve sua igualdade reconhecida a do homem internacionalmente, mas o preconceito não acabou e a igualdade efetiva ainda estava longe de ser alcançada. Em 1951 é estabelecido pela Organização Internacional do Trabalho que mulheres e homens de mesmo cargo devem receber salários equivalentes na empresa, ou seja, o fato de ser mulher não interferiria no trabalho.

Atualmente, a variação de salário entre os gêneros chegam até a 30%. Sinal do preconceito contra a mulher está vivendo em todos os lugares. Não há respostas convincentes por essa diferença. A mulher, se estudada tanto quanto o homem, é tão inteligente quanto e tão capaz quanto o homem que disputa sua vaga. Não é admissível

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