Resenha Crítica do Artigo O Computador e a Aprendizagem Matemática
Por: Raquel Andrade • 9/9/2019 • Resenha • 760 Palavras (4 Páginas) • 255 Visualizações
O seguinte texto, O Computador e a Aprendizagem Matemática: reflexões sob a perspectiva da Resolução de Problemas, traz a ideia de investigar as diversas aplicações dos computadores na educação em geral, e em particular no ensino da matemática. Desde a descoberta dessa ferramenta tanto o mundo em geral, como a área da educação vem passando por mudanças visto a rapidez e eficiência dos computadores nas mais diversas atividades do cotidiano.
Entretanto, para que o uso do computador seja funcional é preciso que o professor tenha conhecimento sobre informática, internet e, antes de propor aos alunos qualquer atividade no computador, é preciso conhecê-las e praticá-las, pois é necessário que passe segurança ao aluno para que ele perceba os objetivos sendo atingidos.
O desenvolvimento da matemática sempre foi dependente do material e ferramentas simbólicas disponíveis para cálculos matemáticos. Hoje, os avanços em computações estão ligados ao desenvolvimento de software matemático que desempenham um papel crescente. Porém, é possível que o uso de computadores não facilite o aprendizado dos alunos, principalmente na matemática, pois os mesmos necessitam apresentar o conhecimento em alguns tipos de softwares para a resolução dos problemas matemáticos. Bem como o texto apresenta, segundo Borba e Villarreal (2005), um estudo apresentando um certo menosprezo dos computadores na área da Educação Matemática, evidenciando o pensamento matemático em relação ao processo, o estudo mostrou conflitos entre alguns conceitos, e os relatos e análises dos episódios sugerem que a abordagem visual proporcionada pelo computador não era natural para os alunos, visto que os mesmos sempre recorriam ao lápis e papel para resolver tais conflitos. Porém, as imagens fornecidas permitiam pensar nos conceitos de forma mais ampla.
Fica claro que o computador privilegia o pensamento visual sem eliminar a parte algébrica. É possível resolver questões possibilitando fazer análises sobre o comportamento e os extremos das funções. Outros pesquisadores também concordam que visualização e manipulação simbólica devem complementar-se para que se obtenha uma compreensão matemática mais abrangente e profunda. Além disso, o computador aumenta a quantidade de problemas que os alunos podem resolver.
Entretanto o texto afirma que podem surgir algumas dificuldades com a utilização dos computadores no ensino da Matemática, tais como: possíveis confusões entre a notação matemática convencional e a sintaxe própria dos softwares, notadamente os softwares algébricos, e o problema de reconhecer quando o computador está errado.
O texto traz ainda, no item resolução de problemas na Educação Matemática, certas explicações a cerca de problemas aberto e fechados e a possibilidade de propor e resolver os mesmos. Van de Walle (2001) considera que os problemas abertos devem ser usados quando o objetivo é realizar explorações matemáticas. Ele considera que os problemas são abertos quando o processo é aberto, o final é aberto ou a formulação de novos problemas é aberta, ou seja, os alunos exploram novos problemas relacionados ao problema dado. Também Pehkonen (2003) trata desses dois tipos de problemas apresentando a seguinte caracterização: nos problemas fechados tanto a situação inicial como o objetivo final que é a resposta do problema são pré-determinados. Se a situação inicial ou o objetivo final, ou ambos, deixam algum tipo de "espaço" para o resolvedor fazer escolhas, então se tem um problema aberto.
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