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Resumo Reflexoes

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Por:   •  23/3/2015  •  837 Palavras (4 Páginas)  •  250 Visualizações

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Cotas nas universidades: você é a favor ou contra?

Poucas iniciativas governamentais têm criado tanta polêmica como esta. A implantação do sistema de cotas para afrodescendentes e negros tem produzido manifestações inflamadas e completamente antagônicas. Há os que sustentam as cotas como o início da eliminação de diferenças históricas entre negros e brancos. Há os que dizem que a medida é absurda, pois discrimina ainda mais o negro, fingindo integrá-lo. Outros acham que as cotas devem seguir apenas critério econômico, e não racial. Há também os que acham que não deve haver cota, só o mérito pessoal dos candidatos. Como você se posiciona nesta polêmica?

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Redação

Aluno:***

Idade:***

Colégio:***

6.5

Cotas: problemas ou solução?

O preconceito e a exclusão dos negros em nossa sociedade dura séculos. Os modelos de escravidão e de inferioridade racial pregados ao longo desse período acabaram por deixar diversas chagas nessa parcela da sociedade. Dessa forma, a vida profissional e a escolaridade dos afro-descendentes foram diretamente afetadas.

Em muitos países, inclusive o Brasil, visando atenuar essas desigualdades, empresas e universidades públicas estão direcionando vagas para várias etnias desfavorecidas através de um sistema de cotas. No entanto, questiona-se a eficiência desse sistema, uma vez que ele acaba por segregar ainda mais os negros dentro da sociedade e afirma de forma clara a inferioridade desses grupos no universo social brasileiro.

Além de inferiorizar as etnias, o sistema de cotas tira o mérito de todos aqueles que se esforçaram na disputa pelas vagas. O problema real é, na verdade, mascarado como uma tentativa ilusória do governo de acabar com o problema. Ilusório, pois a maioria dos negros beneficiados com esse sistema são de classe média e tiveram as mesmas oportunidades que os candidatos inscritos no sistema universal, podendo, assim, disputar vagas num mesmo patamar.

Fazendo-se uma análise mais detalhada do procedimento aplicado na política de cotas, observa-se outra disparidade no modelo brasileiro: suas diretrizes. O Brasil segue as mesmas do modelo aplicado pelos americanos, sem observar contudo que lá as cotas são aplicadas em função da subjetividade dos critérios de ingresso às universidades, não através de uma avaliação dos conhecimentos básicos do aluno (vestibular).

É necessário aprimorar o sistema de cotas para que ele não comprometa o precário sistema de ensino brasileiro. Para resolver o problema, a melhor solução seria uma reforma na educação do país para que todos possam ter as mesmas oportunidades de acesso. Afinal, num país tão miscigenado e com tantas desigualdades sociais, a auto-afirmação não constitui um critério justo para entrar nas faculdades.

O que determinará o sucesso profissional do indivíduo não será a faculdade e sim, o seu interesse em alcançar o conhecimento, além de outros aspectos. Definir a raça como um critério avaliativo não informa as habilidades e a capacidade das pessoas. Apenas restringe as opções dos indivíduos e perpetua as inúmeras desigualdades históricas que a sociedade brasileira produziu ao longo dos tempos.

Comentário geral

Combatendo a reserva de vagas para negros, o texto apresenta vários argumentos contra o sistema de cotas na universidade. Em certas passagens, no entanto, o texto se mostra ambíguo, ao propor o aprimoramento do sistema. Em termos lingüísticos, pode-se observar a fluência com que o texto é redigido, com bom domínio da norma culta da língua.

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