Resumo Saúde Coletiva

Evolução do conceito de saúde e das políticas de saúde no Brasil

Histórico Mundial da Saúde e da Doença

Transição conceitual da saúde e da doença.

Período antes de Cristo

Doença:

-na medicina pré-histórica;

-doença compreendida como possessão demoníaca;

-trepanação (perfuração do crânio).

Saúde:

-primeiros resquícios;

-foi através das civilizações egípcias e romanas;

-preocupação com a higiene pública, a fiscalização dos alimentos em feiras livres e construção de banheiros públicos;

-grego Hipócrates (pai da medicina moderna);

-teoria humoral;

-relaciona a saúde e a doença com o equilíbrio ou até mesmo o desequilíbrio dos quatro líquidos humores: bile amarela, bile negra, sangue e fleuma;

-equilíbrio = vida saudável / desequilíbrio = doença

A fim de manter o equilíbrio, Straub:

-também na teoria humoral;

-equilíbrio;

-descanso adequado, uma dieta equilibrada livre de excessos, ter uma vida saudável e fazer exercícios físicos;

-a teoria permaneceu depois da idade média e foi até o renascimento;

-ocidente.

-já no oriente;

-medicina oriental;

-medicina chinesa;

-a harmonia interna é essencial para uma boa saúde;

Período depois de Cristo

Doença:

-idade média;

-hegemonia;

-Santo Agostinho e São Tomás de Aquino;

-doença visto como punição – castigo de Deus;

- a doença tinha que ser aceita e era proibida cura ou intervenção;

-impedindo o desenvolvimento a área da saúde;

-após a idade média;

-renascimento;

-René Descartes resgatou as ideias de Platão;

-dissociação da mente e do corpo;

-mente e corpo eram entidades autônomas e não tinham interferência uma sobre a outra;

-rompe com os ideais da igreja católica;

-avanço no estudo da anatomia e fisiologia;

-Versalius (primeiro a dessecar cadáveres);

-visão biológica sobre o processo de envelhecimento;

-surgimento do microscópio;

-Pasteur;

-usou o microscópio e desenvolveu uma vacina;

-derruba a teoria da geração espontânea (um corpo vivo só pode ser originado de outro ser vivo);

-seus experimento contribuíram para a esterilização;

Modelo de saúde biomédico

Com a descoberta de micro-organismos invisíveis a olho nu, emerge o modelo biomédico de saúde, que afirma que as doenças são provocadas por fatores patógenos.

A equipe de saúde se resumia a médico e enfermeiro que eram suficientes. Após a década de 50 o modelo biomédico torna-se insuficiente para explicar o processo de saúde e doença da população e as doenças passam a ser associadas ao estilo de vida e ao comportamento.

Diante desse novo contexto, fez-se necessário a implantação de políticas nacionais e internacionais de saúde. É nesse contexto que o SUS no Brasil se encaixa como a maior política nacional de saúde do nosso país.

Modelo de saúde biopsicossocial/espiritual

Após a década de 50 surge esse modelo com a concepção filosófica baseada em Aristóteles que afirma que a mente e o corpo são entidades interligadas e interagem entre si.

Nesse momento o processo de adoecer é compreendido como multifatorial, pois são inúmeras variáveis como biológicas, psicológicas, sociais e espirituais.

Conceitos de saúde

Saúde como ausência de doenças: possui afinidade teórica com o modelo biomédico onde a saúde era considerada apenas como ausência de doenças e havia o predomínio da concepção biológica na concepção do adoecer. O cirurgião Bichat representava a saúde através da vida e do silêncio, ou seja, se não há sintomas há saúde.

A epidemiologia é o ramo responsável pelo estudo da origem, sintomas, tratamentos das doenças.

Em 1883 criou na Alemanha a Seguridade Social que melhorava as condições de trabalho da classe operária levando em consideração à previdência social e o direito a saúde.

Saúde da Organização Mundial da Saúde (OMS): lança o conceito de saúde como um completo bem-estar físico, mental e social e não apenas ausência de doença.

Saúde no dicionário: compreende-se como o estado no qual as funções orgânicas, físicas e mentais se encontram em situação normal.

Saúde ecossistêmica: conceito ampliado de saúde que é entendida com resultante das condições de alimentação, habitação, educação, renda, meio ambiente, trabalho, transporte, emprego, lazer, liberdade, acesso e posse da terra e acesso aos serviços de saúde.

• Para os teóricos da saúde coletiva, saúde é um termo polissêmico, que não pode ser fechado em um único entendimento, mas que deve ser problematizado e discutido levando-se em consideração diferentes dimensões em uma relação dialética com os sujeitos e a sociedade de uma dada época.

Saúde como normatividade: conceito de saúde amplo e abrangente que se adequa a realidade da maioria da população brasileira; para que o indivíduo seja considerado saudável, ele terá que inventar novas normas para se adaptar a diferentes meios, ou seja, a potencialidade do sujeito de se reinventar e adequar-se a novas situações.

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