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Robôs Letais, uma nova ameaça?

Por:   •  13/6/2019  •  Dissertação  •  470 Palavras (2 Páginas)  •  153 Visualizações

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Robôs letais, uma nova ameaça?

Rafael Faustino da Silva

Discussões sobre o uso de robôs letais vêm sendo cada vez mais frequentes, máquinas que carregam quilos de equipamentos, que cumprem ordens sem contestar e são capazes de eliminar inimigos em segundos, de fato isso já existem. Mas o ponto é se tal tecnologia será uma ameaça a nossa sociedade e se o Brasil deve investir em tal aparato. Assim como Elon Musk (fundador, CEO e CTO da SpaceX; CEO da Tesla Motors; vice-presidente da OpenAI; fundador e CEO da Neuralink; e cofundador e presidente da SolarCity.), a DeepMind (empresa com foco em pesquisas e desenvolvimento de máquinas de inteligência artificial) e diversos outros pesquisadores, sou a favor da proibição do uso desses robôs e do não investimento do nosso país para o desenvolvimento dos mesmos.

Os robôs militares autónomos são armas programadas para decidir o que é um alvo e disparar sobre ele, apesar de ainda não estarem capacitadas para diferenciar entre um militar e um civil. Essas máquinas não devem ter a autonomia de tomar decisões como matar alguém. Essa falta de garantia é um dos principais motivos que impulsionam o movimento pela extinção dos robôs autônomos leitais, visto que a distinção entre civis e militares é uma regra importante a ser seguida diante de uma guerra. Como ainda não há um sistema que permita os robôs distinguirem os militares e inimigos dos civis e inocentes, não é adequado nem tampouco inteligente e seguro o uso e investimento do nosso país nessas armas.

Muitas são as nações que já iniciaram os investimentos nessas referidas máquinas, a Rússia por exemplo, pioneira em armamento bélico, não perdeu tempo e já investiu nesses robôs.  E essa seria uma excelente tecnologia, se não fosse o perigo da mesma. Além de ainda não saber distinguir um civil de um militar, essa tecnologia ainda precisa ser bem mais estudada e analisada, para só assim receber o aval do seu uso. Uma das grandes perguntas referentes a essas máquinas, é “Quem será o responsável pelas ações de um robô militar? O fabricante, o programador, o comandante ou a própria máquina?”. A tecnologia avança bem mais que a diplomacia. Se o robô “pensa” por se só, age nem um necessário consentimento de um ser humano, seria ela a culpada por um referido erro?! Não é nem um pouco viável que vidas humanas dependam de um algoritmo.

Portando não, por enquanto, o Brasil não tem necessidade de investir, nem mesmo usar,  uma tecnologia tão instável no momento. Provável que os robôs tenham sim suas vantagens, mas o perigo de tal arma ainda é maior que as virtudes da mesma. Esses robôs autônoma letais, por ora, continuam sendo uma ameaça, pois não são capazes de atuar respeitando os direitos humanos, então seria no mínimo imprudente o uso dos mesmos.

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