TIPOLOGIA TEXTUAL

Unidade 07: Tipologia textual: Descrição; Dissertação; Dissertação-argumentativa

Aula 7

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM DA ATIVIDADE

-Caracterizar os textos descritivos técnicos e literários.

- Contrastar os textos dissertativos-expositivos dos dissertativos-argumentativos em suas diferenças básicas.

- Identificar as partes que compõem o texto dissertativo: introdução, desenvolvimento e conclusão.

SUGESTÃO DE LEITURA

PETRI, Maria José Constantino. Manual de linguagem jurídica. 2ª ed., São Paulo: Saraiva, 2009 Capítulo 5.

SABBAG, Eduardo. Manual de português jurídico. 7ª ed., São Paulo: Saraiva, 2013. Da Petição Inicial.

TERCIOTTI, Sandra Helena. Português na prática: para cursos de graduação e concursos públicos. São Paulo: Saraiva, 2011. Capítulo 12.Elaboração de textos dissertativos

Título do trabalho

UNIDADE 09 - PORTUGUÊS APLICADO AO DIREITO E PRODUÇÃO TEXTUAL

Criado por Administrador - DIR (SSA01002)

Descrição do trabalho

Realize uma leitura técnica do assunto “Tipologia textual: descrição, dissertação-expositiva e dissertação-argumentativa”, a partir dos materiais indicados.

Pesquise na Biblioteca e analise:

a) Textos descritivos – modalidade técnicos e literários.

b) Textos dissertativos-expositivos.

c) Textos dissertativos-argumentativos.

Defina a tipologia textual, descreva as principais características e exemplifique em quatro breves textos de até 10 linhas cada:

a) Descritivo-técnico: o que é; quais as principais características. Exemplifique.

b) Descritivo-literário: o que é; quais as principais características. Exemplifique.

c) Dissertativo-expositivo: o que é; quais as principais características. Exemplifique.

d) Dissertativo-argumentativo: o que é; quais as principais características. Exemplifique.

ANEXO B – O TEXTO TÉCNICO E O TEXTO LITERÁRIO

Sob o ponto de vista de utilização, podemos dizer que há dois tipos de texto: o texto técnico e o texto literário.

O texto técnico tem como principal característica uma forma mais ou menos rígida, em que é utilizada uma linguagem objetiva, técnica, não dando margem a que o redator use sua imaginação e criatividade.

Os textos técnicos mais representativos são aqueles utilizados nas empresas e instituições públicas: a carta comercial, o ofício, o memorando, o requerimento, a ata, o currículo, a declaração, a procuração, o recibo, a monografia, a tese, etc…

Exemplo de texto técnico:

REQUERIMENTO – (é um pedido de algo a que se tem direito, feito por pessoa física ou jurídica, dirigido a uma autoridade).

Ilmo. Sr. Presidente do Conselho Estadual de Educação de Roraima

Mário João Azevedo, brasileiro, solteiro, residente nesta cidade à Rua Campos Sales, nº 234, Bairro de Mecejana, portador do RG nº __________ e CPF nº__________, tendo sido aprovado em parte do currículo de Ensino Médio nos Exames de Suplência Geral e com base na Resolução nº______ deste Conselho, requer autorização para submeter-se a Exame Especial nas disciplinas SOCIOLOGIA e ARTES.

NESTES TERMOS

PEDE DEFERIMENTO

Boa Vista/RR, 02 de abril de 2011

Mário João Azevedo

Os textos literários têm como característica principal a utilização de uma linguagem mais poética, subjetiva. Há menos rigor na sua forma de apresentação, onde o redator pode usar sua imaginação e criatividade. Isto, porém, não quer dizer que não se deva obedecer a determinados princípios exigidos em qualquer situação de comunicação escrita, seja técnica ou literária. Os textos literários mais representativos são aqueles que compõem os romances, os contos, as poesias.

Exemplo de texto literário: Dom Casmurro, de Machado de Assis.

CAPÍTULO 14 - A INSCRIÇÃO

Tudo o que contei no fim do outro capítulo foi obra de um instante. O que se lhe seguiu foi ainda mais rápido. Dei um pulo, e antes que ela raspasse o muro, li estes dois nomes, abertos ao prego, assim dispostos:

BENTO

CAPITOLINA

Voltei-me para ela; Capitu tinha os olhos no chão. Ergueu-os logo, devagar, e ficamos a olhar um para o outro… Confissão de crianças, tu va-lias bem duas ou três páginas, mas quero ser poupado. Em verdade, não falamos nada; o muro falou por nós. Não nos movemos, as mãos é que se estenderam pouco a pouco, todas quatro, pegando-se, apertando-se, fundindo-se. Não marquei a hora exata daquele gesto. Devia tê-la marcado; sinto a falta de uma nota escrita naquela mesma noite, e que eu poria aqui com os erros de ortografia que trouxesse, mas não traria nenhum, tal era a diferença entre o estudante e o adolescente. Conhecia as regras do escrever, sem suspeitar as do amar; tinha orgias de latim e era virgem de mulheres.

Não soltamos as mãos, nem elas se deixaram cair de cansadas ou de esquecidas. Os olhos fitavam-se e desfitavam-se, e depois de vagarem ao perto, tornavam a meter-se uns pelos outros… Padre futuro, estava assim diante dela como de um altar, sendo uma das faces a Epístola e a outra o Evangelho. A boca podia ser o cálix, os lábios a patena. Faltava dizer a missa nova, por um latim que ninguém aprende, e é a língua católica dos homens. Não me tenhas por sacrílego, leitora minha devota; a limpeza da intenção lava o que puder haver menos curial no estilo. Estávamos ali com o céu em nós. As mãos, unindo os nervos, faziam das duas criaturas uma só, mas uma criatura seráfica. Os olhos continuaram