Troca De Valores

Troca de valores / Via de dois lados

Alexia Couto

O livro Pesquisa: Princípio Cientifico e Educativo é resultado do trabalho do professor titular da Universidade de Brasília (UnB), Pedro Demo, também doutor em Sociologia pela Universidade de Saarbrücken, na Alemanha; editou mais de 50 livros e ocupou diversos cargos como: Secretário dos Direitos da Cidadania e Justiça do Ministério da Justiça 1993-1994, Diretor Geral do INEP/MEC 1986-1987, Membro do Conselho do IPEA, 2010, cada cargo com seu devido valor.

No capitulo 1, seção 4 , A pesquisa como diálogo, cita uma das definições de pesquisas atribuídas pelo autor, diálogo inteligente com a realidade, assim a pesquisa deverá estar em um contexto, para que tenha a produção de conhecimento.

Ao longo do texto, o autor abordar a respeito da pesquisa como forma de diálogo, em uma passagem do texto, ele define bem a ideia do que se seguira a diante, diálogo é fala contrária, entre atores que se encontram e se defrontam, (2011 p.38) é necessário que, a pessoa, como ser social, tenha uma bagagem de conhecimento para que possa através do diálogo transparecer a opinião de que ela tenha. Ou seja, quem não pesquisa acaba não tendo base para propor ou contrapor em um devido diálogo. Na verdade, no contexto de um diálogo o ser social, como mesmo o autor diz, não passa despercebido, onde ele entra apenas para escutar e seguir, mas sim para mostrar que ele como ser social comunicativo, sabe e tem uma opinião própria.

O autor também destaca a comunicação como uma via de dois lados, onde ela pode ser de tal forma que venha a favorecer ou desfavorecer pela forma que é interpretada. Diante disto, cabe o ser social buscar o conhecimento, através da pesquisa para que tenha uma troca de conhecimento mútuo, pelos que se comunicam.

A ligação entre pesquisa, diálogo e a comunicação ultrapassam a percepção do ser social, pois é necessário que ele busque na pesquisa, um conhecimento ainda novo, e introduza em um diálogo para que a sua comunicação se torne clara e de boa interpretação, pois quem pesquisa tem a facilidade de transmitir e introduzir uma informação. Com isso, o autor destaca a ideia de que: seres iguais socialmente não criam relações novas, ou seja, os seres que não criam, permanecem estáticos, não se relacionam.

A pesquisa é o reinício, é a busca pelo novo, a motivação do viver e do sobreviver, é por ela que o ser social marcará o espaço que é de direito próprio. E a ideia de pesquisa se aprofunda além da comunicação, ela acaba se deparando com os interesses sociais que de certo modo também é interferido pelo modo em que os seres sociais se comunicam. Dentre essas circunstâncias, quem detém da informação garante o poder. Um exemplo comum e muito rotineiro é a forma em que a tecnologia é aplicada atualmente, a maneira que ela se coloca para a sociedade, é de grande valia na questão de rendimento de capital. Mesmo sendo de extrema importância a forma que é aplicada a torna perversa.

Diante do que foi apresentando, a pesquisa é um instrumento fundamental para alcançar os objetos, os quais venham de alguma forma manipular o ser social, tanto favorável quanto não favorável, além de a pesquisa dar a base da sobrevivência, o motivo pelo qual o ser social vive e planeja sua vida. A pesquisa