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1ª PARTE PROJETO

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Por:   •  28/2/2014  •  6.358 Palavras (26 Páginas)  •  508 Visualizações

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COMPLEXO ELETRÔNICO:

AUTOMAÇÃO DO

CONTROLE INDUSTRIAL

Regina Maria Vinhais Gutierrez

Simon Shi Koo Pan*

* Respectivamente, gerente e engenheiro aposentado do

Departamento de Indústria Eletrônica da Área Industrial do BNDES.

Os autores agradecem a colaboração do engenheiro Manoel

Fernandes dos Reis, do estagiário de engenharia William Motta Bavier

Oliveira, do bibliotecário Arthur Adolfo Guarido Garbayo, bem como

das empresas Altus, Coester, Elipse e Smar.

190 Complexo Eletrônico: Automação do Controle Industrial

Resumo O desejo de controlar os processos industriais

acompanha o homem desde a criação das primeiras máquinas.

A presença da automação na economia global e

na vida humana diária é crescente, sendo a automação industrial

(AI) considerada hoje um instrumento fundamental

para a qualidade e a produtividade das empresas.

De natureza multidisciplinar, a AI exige a participação

de uma ampla gama de setores do conhecimento humano,

como mecânica, eletrônica, elétrica, física, química

e informática. Apresenta elevado dinamismo tecnológico,

com o lançamento freqüente de produtos inovadores.

Esse instrumento pode exercer forte efeito multiplicador

sobre a geração de emprego e renda e pode

contribuir para canalizar as atividades cientí" cas do país

para a criação de produtos com elevado conteúdo tecnológico

e alto valor agregado. No entanto, para que

isso se torne realidade, é fundamental incrementar as

atividades de pesquisa e desenvolvimento e de fabricação

realizadas no país, dado que a grande maioria dos

produtos de AI e serviços associados demandados no

Brasil são supridos via importação.

A importância da AI para o aumento da competitividade

de vários setores priorizados pela recente Política

de Desenvolvimento Produtivo do governo torna

necessários seu estudo e a apresentação de propostas

para o país e para o BNDES.

BNDES Setorial, Rio de Janeiro, n. 28, p. 189-232, set. 2008 191

Sabedor de suas limitações, o homem vem buscando,

ao longo dos tempos, ampliar sua capacidade de ação no mundo.

Meios de transporte como carros, trens e aviões foram criados

para estender a amplitude e a velocidade do seu deslocamento.

De forma similar, microscópios, telescópios e radares vieram

complementar seus sentidos, assim como as máquinas reforçam

seu poder de manipulação.

Até algumas décadas atrás, tratava-se apenas de um processo

de mecanização, ou seja, associação entre criador, a quem

cabia o comando e o controle, e sua criatura, a máquina, que o

auxiliava e complementava. Entretanto, a necessidade de ampli" -

cação das capacidades humanas não parou. Passou-se a buscar

dispositivos que pudessem, ao receber informações do ambiente,

processá-las (raciocinar) e agir sobre esse mesmo ambiente. Surgiu,

assim, a automação de máquinas e processos, que, baseada

na menor dependência da capacidade sensorial e decisória do operador,

voltou-se à substituição da ação humana de controle.

A presença da automação na economia global é crescente

e ultrapassou as fronteiras das instalações industriais. O esforço

diário de conjugação de dispositivos automáticos com ferramentas

organizacionais e matemáticas tem levado à criação de sistemas

complexos aplicáveis às várias atividades humanas. Assim, não

somente a manufatura e processos industriais vêm sendo automatizados,

como também os serviços de infra-estrutura, os escritórios

e, até mesmo, os lares. Desde a década de 1990, por exemplo, falase

na integração de todos os sistemas de uma residência – iluminação,

segurança, refrigeração, suprimento, recreação etc. –, com

possibilidade de acesso centralizado e remoto via internet.

Algumas atividades ainda não podem ser totalmente automatizadas,

dada a superioridade existente entre as faculdades

humanas e a sua simulação pela máquina. É o caso, por exemplo,

da capacidade de discriminação do olho ou do ouvido e do reconhecimento

de padrões, inclusive o reconhecimento de fala. Contudo,

esses são campos férteis de trabalho na pesquisa e no desenvolvimento

de sensores e sistemas que aprendem.

A complexidade crescente dos sistemas de automação,

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