A Acreditação Hospitalar
Por: Eduardo Seiti • 22/4/2016 • Dissertação • 448 Palavras (2 Páginas) • 400 Visualizações
De acordo com a ONA (www.ona.org.br) Acreditação é um sistema de avaliação e certificação da qualidade dos serviços de saúde. Com caráter eminentemente educativo voltado para a melhoria contínua sem finalidade de fiscalização e/ou controle. Já o processo de acreditação hospitalar é conceituado como um método de consenso, racionalização e ordenação das instituições hospitalares e, principalmente, de educação permanente dos seus profissionais e que se expressa pela realização de um procedimento de avaliação dos recursos institucionais, voluntário, periódico e reservado, que tende a garantir a qualidade da assistência por meio de padrões previamente estabelecidos (BRASIL, 2002).
Genericamente, a perspectiva do cliente
que se interna em um hospital, é obter diagnóstico da doença e tratamento adequado, ou seja, ter uma internação breve e sem intercorrências.
Devido à complexidade técnica, o cliente precisa ter a capacidade para avaliar a qualidade médico-assistencial. Este pode apreciar apenas o processo administrativo, o atendimento recebido durante a internação. A qualidade do serviço garante a satisfação do cliente, tanto comportamental, quanto de atitude, ou seja, ele está disposto a pagar mais pela qualidade e manter-se leal ao serviço em se tratando de instituição privada, em se falando de unidade pública a recompensa em termos de qualidade vem em forma de boa fé e propaganda favorável instigando a melhora nos serviços.
Mas, nem tudo são flores para a acreditação hospitalar. É imperativo perguntar: - Porque a acreditação hospitalar no Brasil não decola? A suposta resposta para a pergunta se deve ao fato de, no Brasil, não existir legislação exigindo a implementação da acreditação, a normatização apenas regulamenta como o modo certificatório se desenvolverá, a exemplo da Resolução ANVISA 93/2006, onde não estabelece quais instituições tem obrigação em adotar a certificação e nem o prazo estipulado para completar o processo. Outro item relevante se prova na não obrigatoriedade de certificação por parte das operadoras de planos de saúde e as instituições públicas. Implica também no fato da
certificação impor maior vigilância das normas de higiene e segurança ocasionando dissabores entre os colaboradores e pacientes devido ao possível choque cultural e por último a questão econômica, uma vez que o custo é determinado de acordo com o tamanho e a complexidade do hospital, número de avaliadores e a duração da avaliação (www.saudebussines.com).
Para que a Acreditação Hospitalar se torne febre nacional de modo a contaminar as mentes institucionais é preciso que se descomplique o processo de certificação com apoio de legislação norteadora somada a custo acessível a todos os bolsos e que conscientização das massas seja o novo frenesi em busca da melhor qualidade seja da assistência à saúde seja da gestão da qualidade rumo ao futuro da segurança, e esse caminho não pode ter sucesso sem a liderança inerente ao Enfermeiro.
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