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A Antropologia Forense

Por:   •  7/4/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.511 Palavras (7 Páginas)  •  448 Visualizações

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA - UNIPÊ

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO

ESPECIALIZAÇÃO EM PERÍCIA CRIMINAL E CIÊNCIAS FORENSES

ANTROPOLOGIA FORENSE

JOYCE DA SILVA SANTOS

VIVIANNE VALÉRIA CARNEIRO DE OLIVEIRA

ACIDENTES EM MASSA

João pessoa – PB

2016

JOYCE DA SILVA SANTOS

VIVIANNE VALÉRIA CARNEIRO DE OLIVEIRA

ACIDENTES EM MASSA

Orientador: Profª. Esp. Maria do Socorro Dantas

João Pessoa - PB

2016

RESUMO

Palavras chave: Acidentes em massa, Ciências Forenses, Antropologia Forense

ABSTRACT

Keywords: Mass Accidents, Forensic Science, Forensic Anthropology

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 06

2 TIPOS DE ACIDENTES EM MASSA................................................................................07

2.1ATAQUES TERRORISTAS DO 11 DE SETEMBRO DE 2001.........................................08

3 CONCLUSÃO..........................................................................................................

REFERÊNCIAS

1. INTRODUÇÃO

Os acidentes ou desastres em massa são eventos inesperados, naturais ou produzidos diretamente pela ação ou influência do homem, que resultam em sérios danos e mortes a um grande número de pessoas, tendo como característica principal o extrapolamento da capacidade assistencial, técnica e socorrista local, onde os recursos estão indisponíveis ou esgotados (RATNAKAR, 2010; STAVRIANOS, 2006 apud ARAÚJO et. al., 2013).

Tais eventos podem ser desastres naturais (terremotos, tsunamis, enchentes e tornados); desastres acidentais (quedas de aviões, colisões e descarrilamentos de trens e incêndios) ou atos terroristas (bombardeios, ataques suicidas e uso de armas químicas e biológicas) (ALONSO et. al., 2005 apud FUNABASHI, 2009).

Nesses incidentes coletivos e desastrosos, o indispensável, após o socorro e resgate dos sobreviventes, é a busca pela identidade das vítimas (ALLEN-HALL, 2012). Muitos dos corpos das vítimas sofrem ações destruidoras e degenerativas por meio de agentes físicos, químicos, mecânicos ou biológicos, resultando, muitas vezes, em corpos carbonizados, fragmentados, macerados, mutilados ou em avançado estado de decomposição, o que dificulta ou impossibilita o reconhecimento pela inspeção visual e a identificação pelo método datiloscópico, uma vez que as polpas digitais são destruídas no processo de degeneração do corpo (STAVRIANOS, 2006, BRASIL, 2005).

Para a identificação dos cadáveres em desastres de massa, além dos procedimentos técnicos médico-legais, questões afetivas relativas às famílias envolvidas, aos procedimentos legais necessários e à comoção popular, o que torna um processo complexo (ARCHER, et. al., 2005, POISSON, et al., 2003, apud BENFICA, VAZ, et al., SD). A confirmação da identidade das vítimas é essencial para as questões da investigação judicial, para a família, para o Estado e para os registros públicos.

Imediatamente após o conhecimento do acidente de massa, faz-se necessário a solicitação imediata das fichas dactiloscópicas e odontológicas das pessoas presumivelmente envolvidas na tragédia. Em algumas circunstâncias, a seleção desse material é fácil, pois as prováveis vítimas já estariam relacionadas como nos casos de acidentes de aviação ou em locais cuja presença era suposta ou sabida pelos parentes ou conhecidos. Também muito contribui o estudo comparativo por meio de radiografias antigas, principalmente dos dentes, do crânio, da face e dos ossos longos com consolidação de fraturas (FRANÇA, SD).

Muitas pessoas pensam que o exame de DNA – que compara o material genético das células – é o mais eficaz para a identificação de vítimas; porém a realidade nem sempre permite o uso deste recurso.

Segundo Gomes, há casos em que não é possível traçar um perfil genético, é que os prontuários odontológicos são usados em apoio ao reconhecimento, onde em muitos casos os dentes são as únicas partes do corpo que dão condições de identificar uma vítima (GOMES, 2008).

2. TIPOS DE ACIDENTES EM MASSA

Acidentes em massa dizem respeito a situações “que venham a produzir uma quantidade de acidentados capaz de causar desequilíbrio entre os recursos disponíveis e as necessidades médicas de socorro.” (SISMEPE, 2007).

Os acidentes são, em sua maioria, decorrentes da convivência humana associados ao avanço tecnológico. Assim sendo, criou-se, com o passar dos anos uma sociedade que convide diariamente com o risco.

De acordo com o professor Genival Veloso de França:

Assim, a convivência humana em grandes edificações, os deslocamentos em transportes coletivos cada vez mais rápidos, o uso indiscriminado de algumas modalidades de energia e o emprego assustador das substâncias nocivas, podem trazer para o homem, na sua necessidade gregária ou na sua ânsia de vencer distâncias, a possibilidade amarga das grandes tragédias. Pode-se dizer que o homem atual vive a "era do risco".

A preocupação com tais questões é tanta que a própria Organização das Nações Unidas (ONU) proclamou os anos 90 como o "Decênio Internacional

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