ANTROPOLOGIA FORENSE E CAUSA MORTIS: O USO DAS RADIOGRAFIAS CONVENCIONAIS E DIGITAIS
Por: Alves Sí • 5/3/2018 • Artigo • 2.301 Palavras (10 Páginas) • 438 Visualizações
FACULDADE IEDUCARE
PROGRAMA DE PÓD GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE
PÓS-GRADUAÇÃO EM RM E TC
WELINO DE MELO VIEIRA
ANTROPOLOGIA FORENSE E CAUSA MORTIS: O USO DAS RADIOGRAFIAS CONVENCIONAIS E DIGITAIS
MACEIÓ/AL 10 DE NOVEMBRO DE 2017.
WELINO DE MELO VIEIRA
Antropologia forense e causa mortis: o uso das radiografias convencionais e digitais
Projeto apresentado ao corpo docente da Faculdade IEducare, como requisito para o início da entrega do artigo de conclusão de curso.
Orientadora: Profa. Dra. Fulana de Tal
Maceió/AL, 10 de novembro de 2017.
SUMÁRIO[pic 1]
1. INTRODUÇÃO/APRESENTAÇÃO 04
2. RECORTE E FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 05
3. CARACTERIZAÇÃO DO PROBLEMA 08
4. JUSTIFICATIVA 09
5. HIPÓTESES 10
6. OBJETIVOS 11
6.1 Objetivo Geral 11 6.2 Objetivos Específicos 11
7. METODOLOGIA 12
8. REFERÊNCIAS 13
1. INTRODUÇÃO/APRESENTAÇÃO
Antropologia forense é aplicação prática de conhecimentos científicos básicos como a anatomia,fisiologia, bioquímica, patologia, tanatologia e criminalística no estudo analítico do corpo humano num todo, visando à identificação do cadáver e definir as causas que levaram a óbito. (ANTONIO EÇA J, 2003)
Nos últimos anos um dos mais brilhantes avanços da medicina foi o aparecimento de técnica de imagem: Tomografia Computadorizada e Ressonância Magnética. E elas tem sido principais ferramentas nos procedimentos necropsia com maior frequência, mesmo não sendo imagem real. Eles permitem reconstituir a região anatômica e obter informações sobre vários aspectos.
Este ramo da antropologia é aplicado em situações em que existem danos consideráveis induzidos ao cadáver, tais como a decomposição do mesmo, amputações, queimaduras severas ou qualquer outro elemento que cause a deformação do corpo ao ponto de se tornas irreconhecível. Todo trabalho em questão é realizado por técnicos especializado denominados antropólogos forenses que se auxiliam em outras áreas cientificas.
Resultada da aplicação de conhecimento às questões de direito no que diz respeito à identificação de restos cadavéricos. Através dos ossos, podemos obter dados sobre o sexo, idade, estatura do falecido e pormenores da vida que a pessoa teve (hábitos alimentares, algumas doenças, lesões, etc.).
Neste projeto, iremos detalhar implicâncias do uso das radiografias para as análises de dados produzidos pela antropologia forense, pois esta técnica não causa ainda mais dano ao corpo. (MAZZOLA, 209)
2. RECORTE E FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Atualmente a Antropologia pode subdividir-se em três grandes campos de estudo: a Antropologia Física ou Biológica, que se centra no estudo dos componentes biológicos e genéticos do homem, ocupando-se da analise de material colhido em escavações arqueológicas e em cenários de crimes e de desastres de massa, estando por isso profundamente relacionada com a anatomia, a arqueologia e as ciências forenses; a Antropologia Social, que se foca na explicação cultural do relacionamento familiar e da organização social e política das sociedades; e a Antropologia Cultural, que diversos autores consideram aglutinada com o campo de investigação antropológica anterior e que tem como alvo o estudo da ligação entre os sistemas simbólicos, as religiões e o comportamento humano e a analise da evolução dos seus costumes, crenças e manifestações artísticas. (CUNHA, 2001)
A Antropologia Forense e uma das subdisciplinas da Antropologia Biológica ou Física e dedica os seus métodos e técnicas a processos legais, civis e humanitários. Algumas das suas maiores aplicações registram no âmbito do estudo de fosseis de hominídeos e de restos humanos esqueletizados que se encontram desde ha muito tempo enterrados, mas também nas investigações criminais e nas identificações de vitimas, cujo reconhecimento não e possível ser concretizado através das suas fisionomias ou das suas impressões digitais, devido ao mau estado em que se encontram os seus restos mortais (GALVÃO, 2002)
Nos últimos anos, devido ao grande avanço dos métodos de diagnóstico por imagem, a virtópsia vem sendo cada vez mais utilizada. Trata-se de uma técnica de alta tecnologia forense capaz de realizar um mapeamento digital do interior de um cadáver através de exames de diagnóstico por imagem. Uma das vantagens é que não existe a necessidade de dissecar o cadáver para o estudo. O uso da Tomografia Computadorizada (TC) e de Ressonância Magnética (RM) como métodos auxiliares nos procedimentos de autópsias e demais perícias médico-legais são os mais utilizados. O que não se sabe é se a virtópsia seria apenas um método complementar ou se seria capaz de substituir a autópsia convencional e, até mesmo, obter dados mais confiáveis na questão de tempo de morte com a ajuda da histoquímica (RODRIGUEZ, 2014; MARQUES, 2015).
A autópsia convencional é um procedimento realizado por médicos patologistas que consiste em examinar um cadáver para determinar a causa, o modo de morte e avaliar qualquer doença ou ferimento que possa estar presente no corpo em questão. A autópsia se baseia em métodos de cortes planejados e, para algumas crenças e religiões o método é entendido como uma mutilação, e isso torna-se difícil a autorização da realização do procedimento pela família (FRANÇA, 2008).
Com o uso da TC e RM fica mais fácil analisar internamente o cadáver (ROSÁRIO JÚNIOR, 2012). No começo do século XXI, teve início um projeto de pesquisa chamado “VIRTOPSY®”, que surgiu do desejo de implantação de novas técnicas que auxiliassem as ciências forenses (LESSA, 2009).
A TC detecta com precisão corpos estranhos e minúsculos fragmentos, sendo muito útil para determinar a causa da morte. De acordo com informações de Rosado (2013), a indicação é que seja realizada uma TC antes da autópsia convencional, permitindo uma programação prévia e, assim, orientando o médico patologista ou legista no caso de morte suspeita e assassinatos. Pode também auxiliar nos casos de morte por afogamento e queimaduras, assim como determinar trajeto de um projétil ou ferimentos causados por lâminas (ROSADO, 2013).
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