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A AÇÃO PEDAGÓGICA DO PROFESSOR EM SALA DE AULA

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Por:   •  15/9/2014  •  2.141 Palavras (9 Páginas)  •  618 Visualizações

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A AÇÃO PEDAGÓGICA DO PROFESSOR EM SALA DE AULA

A AÇÃO PEDAGÓGICA DO PROFESSOR EM SALA DE AULA

1.Introdução

Esse texto aborda a ação pedagógica de uma professora que para ter exito com seu aluno usou sua concepção de ensino e conhecimento profissional e promoveu a aprendizagem e desenvolvimento de seu aluno.

A ação pedagógica do professor em sala de aula

A educação inclusiva é uma ação política ,cultura,social e pedagógica,desencadeada em defesa do direito de todos os alunos de estarem juntos,aprendendo e participando,sem nenhum tipo de discriminação.

Assim sendo, houve uma experiência de um desafio de qualificação que com sucesso efetivou a inclusão de um aluno no processo Ensino e Aprendizagem na rede SESI de Educação, Centro Educacional - 290 do município de Pirassununga/SP.

Nessa escola, essa experiência de caráter interdisciplinar, após a mudança no sistema educacional, assumiu o papel de assegurar ações, que definidas em seu currículo, são opções por práticas desiguais e inclusivas.

2.Desenvolvimento

Não há a intenção de relatar todo o processo que se realiza com diversos alunos, mas especificamente descrever a inserção incondicional de um aluno: Josimar Francisco Soares Sabará, o qual tive a oportunidade de tê-lo como aluno quando ele tinha 10 anos ( 1997) e atualmente com 16 anos. Observa-se , nesse ano de 2003, o progresso e muita dificuldade que ele teve em seu desempenho de aprendizagem durante os anos anteriores. Para melhor compreensão, relata-se a seguir a apreciação sobre o rendimento escolar desse aluno .

Em 1995 o aluno estudava na Escola estadual “Professor Dr. René Albers, situada em uma vila da periferia da cidade. Naquela época , o curso freqüentado era o Ciclo Básico. No final do semestre desse ano, a professora descreve o seguinte desempenho do aluno:

“O aluno domina o traçado das letras, encontra-se na fase pré-silábica. Conhece e nomeia algumas letras do alfabeto”.

Final do 2º. Semestre desse mesmo ano, na mesma escola e mesma professora:

“Conhece as letras do alfabeto e algumas sílabas dadas, mas ainda não consegue juntá-las para formar palavras”.

Em janeiro de 1996 ele é transferido para o Centro Educacional SESI 290 em Pirassununga. Começa a cursar a 1ª. Série do Ensino Fundamental e é aprovado com média 6.0. Não há observação sobre o desempenho de Josimar no referido ano letivo.

Em 1997, na 2ª. Série B do Ensino Fundamental fazia parte de uma turma que era bastante heterôgenea. Josimar era muito querido pelos colegas. Naquela ano eu , professora da turma, observei que ele apresentava um grande conflito em relação à leitura: ele não distinguia letras , sílabas, não lia nada além do próprio nome. Porém , resolvia cálculos com bastante habilidade ( oralmente e/ ou registrava apenas números e resolvia situações – problema , desde que fosse lido para ele ).

Mas , naquela ano, a diferença não foi identificável e nada foi feito para aproveitar as condições que o aluno apresentava para criar uma aprendizagem múltipla, que levasse igualdade no processo de ensino. Quando , individualmente era o momento de ler alguma coisa, ele se desesperava, chorava muito e sempre assinava avaliações e entregava “em branco”, pois não conseguia ler absolutamente nada.

Naquele ano, a organização desse C.E. era em série; como ele não atingira os objetivos propostos, foi reprovado. Embora tivesse iniciado o processo de alfabetização, não consegui torná-lo alfabético e ficou retido na mesma série.

Lembro-me da angústia em não conseguir resolver aquele problema e a falta de experiência em relação ao processo de inclusão , embora já fosse conhecido, também em meios acadêmicos, o aspecto inovador da Declaração de Salamanca, que conforme seu próprio texto afirma ( UNESCO, 1994), essa Conferência:

“proporcionou uma oportunidade única de colocação da educação especial dentro da estrutura de “educação para todos ”firmada em 1990 (...) Ela promoveu uma plataforma que afirma o princípio e a discussão da prática de garantia de inclusão das crianças com necessidades educacionais especiais nessas iniciativas e a tomada de seus lugares de direito numa sociedade de aprendizagem.

Para mim é muito importante que o professor do ensino básico seja a principal figura na sociedade inclusiva. Não adianta contemporizarmos, é preciso ação efetiva : estudo/ teoria/ pesquisa/ formação continuada do docente e atuação coerente com as necessidades dos alunos.

Em 1998, ainda em sistema de séries, o aluno cursa a 2ª série B . A professora relata, sobre o desempenho dele naquele ano:

“Quanto à linguagem, apresentou dificuldade para participar das rodas de conversa, de histórias e de leitura. Nessas ocasiões, o aluno mostrou-se desinteressado, procurou fugir das mesmas se escondendo debaixo da carteira. Essa postura o prejudicou, não só no sentido de melhorar a comunicação, mas também no aspecto pedagógico, pois as atividades sugeridas, requeriam a organização do pensamento e a estruturação de idéias por meio da linguagem. Ele ficava a espera do auxílio da professora para escrever algo( com freqüência copiava palavras que estivessem em cartazes na sala de aula, as palavras não eram estruturadas adequadamente). Freqüentemente ele concentrava-se em ações alheias a aula, dispersando-se, o que levava a professora a uma retomada das explicações para que ele pudesse desenvolver as atividades .Ao final do ano letivo, o aluno não apresentou alguns requisitos necessários para o nível em que se encontrava: leitura e escrita. Assim sendo, o mesmo ficou retido, sendo possível, no ano seguinte, com provável continuidade de estímulos frente aos aspectos citados, “o querer aprender”.

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