A Bioética Contexto Hospitalar
Por: Patrícia Fincatti • 19/5/2019 • Resenha • 428 Palavras (2 Páginas) • 104 Visualizações
Zerbieli et al (2017) afirmam que atualmente os hospitais assumiram novo papel na prestação de cuidados em saúde, tornando-se impessoal e organizacional, além disso, também é visto outros tipos de mudança no cuidado com o paciente em relação ao processo de morte, antigamente as pessoas vinham a óbito em suas próprias casas, já hoje em dia dentro dos hospitais.
Segundo os autores, existem mudanças a serem citadas além de questões que estão relacionadas ao cuidado do paciente, como exemplo a visão dos médicos em especial os mais velhos que preservam os conceitos da medicina tradicional. Sendo assim questionado se estes profissionais compreendem as mudanças ocorridas e suas influências. A emergência dos direitos individuais e o pluralismo social pode ser destacado como uma mudança, pois geraram um “novo paciente” transformando a forma de agir ou pensar dos indivíduos. Há também um outro fator de mudança que é a escalada do pluralismo moral, com o desenvolvimento da cultura, da educação e das mídias de comunicação em massa, as pessoas passaram a ter uma nova forma de viver e pensar contestando assim sua autoridade.
Uma nova área de conhecimento surge, a Bioética, que estuda e aborda os fatores dessas mudanças, ela se apresenta como inovadora, multidisciplinar e essencialmente transdisciplinar, não sendo exclusiva da medicina e nem da filosofia, dedicando-se a determinar conceitos e metodologias que sejam úteis na identificação e resoluções de problemas morais que aparecem no cuidado dos pacientes (ZERBIELI et al, 2017).
Dentro do cenário do cuidado em saúde, a bioética se apresenta como um aspecto importante para abordar conflitos, sendo assim, é fundamental compreender as influências históricas para que se tenha uma melhor reflexão sobre os princípios das bioética. No contexto hospitalar a bioética surgiu para ser parte de uma quebra de paradigmas e para atingir a maturidade organizacional da instituição, pois esta era tratada “a portas fechadas” (ZERBIELI et al, 2017).
Das instituições norte-americanas, de acordo com Schildmann (2010, apud Zerbieli et al, 2017) mais de 90% possuem comitês de bioética que contribuem para inúmeros fatores relacionados à: fundamentação da equipe de saúde para tomada de decisão e à redução de processos jurídicos, custos e impactos relacionados a fatores psicológicos atribuídos às tensões da equipe mediante as situações de conflitos morais.
Grupos de trabalho, formados por uma equipe multiprofissional são significativos na tratativa dos dilemas éticos e, precisam trabalhar em uma busca contínua da análise e reflexão de dilemas junto aos profissionais, pacientes e familiares.
É importante destacar que os comitês de bioética não podem ser tratados como uma condição para se obter um selo de aprovação de um serviço médico-hospitalar
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