A CLASSIFICAÇÃO DE BROWN
Por: Lauanda Silva • 16/11/2019 • Pesquisas Acadêmicas • 1.599 Palavras (7 Páginas) • 543 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS
INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS COMUNICAÇÃO E ARTES
CURSO DE BIBLIOTECONOMIA
JEFFERSON CARLOS CORREIA DA SILVA
LAUANDA VIEIRA DA SILVA
RAFFAELLA ALVES PUGLIESI
CLASSIFICAÇÃO DE BROWN
MACEIÓ
2019
JEFFERSON CARLOS CORREIA DA SILVA
LAUANDA VIEIRA DA SILVA
RAFFAELLA ALVES PUGLIESI
CLASSIFICAÇÃO DE BROWN
Trabalho apresentado a Disciplina Representação Temática 2, do Curso de Biblioteconomia da Universidade Federal de Alagoas, como requisito parcial para a composição da segunda avaliação bimestral.
Professor Orientador: Paloma Israely Barbosa de Sá.
MACEIÓ
2019
1 INTRODUÇÃO
O presente trabalho busca apresentar de forma objetiva, um pouco da história da Classificação de Brown, e para que se possa compreender melhor como funciona essa classificação, é necessário primeiro falar sobre o que é classificação. A classificação está presente no dia-a-dia da vida do ser humano, ele pratica a classificação quando vai separar as suas roupas por cores ou por tipo de tecido, enfim, a classificação é um ato comum e quase involuntário que o ser humano pratica. Mas a classificação que iremos abordar neste trabalho diz respeito a representação e organização dos suportes informacionais, que é a classificação bibliográfica. A classificação pode ser baseada em três vertentes que são:
A classificação social é aquela intrínseca ao ser humano, fazendo parte de sua natureza. É algo que constitui a personalidade de uma pessoa, atuando diariamente para a organização mental dela. Por isso, elas podem classificar apenas o que lhe interessam. A classificação filosófica é uma classificação mais elaborada e sofisticada, voltada para a definição e hierarquização do conhecimento humano. Já a classificação bibliográfica se preocupa com a organização e a disposição física de documentos, visando com isso, a sua recuperação. Busca ordenar, para arquivar e ter acesso ao documento em estantes ou nos arquivos. (PEREIRA, E.N; HORTÊNCIO, G.O; NASCIMENTO, K.P.D; VITULLO, N.A.V, 2009, p.2)
As classificações bibliográficas surgem para suprir a necessidade de organizar o conhecimento produzido, em especifico o conhecimento cientifico, que teve um crescimento exponencial depois da criação de Gutemberg, que por sua vez facilitou a fabricação de livros, como também possibilitou uma maior disseminação da informação. Com isso surgiu a necessidade de organizar esses suportes.
O objetivo principal deste trabalho é apresentar a trajetória da Classificação de Brown, seus conceitos, características, modelo.
O trabalho foi divido em três partes onde cada um dos integrantes do trio ficou responsável por desenvolver cada um a sua parte, sendo elas: Introdução, Desenvolvimento e Conclusão, porem cada uma dessas partes foram analisadas pelos outros integrantes e se necessário foi acrescentado ou corrigido algo. A pesquisa foi realizada com material bibliográfico disponíveis na internet e no físico.
2 PEQUENA BIOGRAFIA DE BROWN
James Duff Brown nasceu na cidade de Edinburgh, na Escócia, no ano de 1862. Por volta dos 13 anos, terminou os estudos e passou a dedicar-se especialmente a biblioteconomia, ele foi um dos principais escritores da área, desenvolvendo 3 classificações diferentes. A primeira foi feita em parceria com James Henry Quinn, em 1984, denominada de classificação de Quinn-Brown. A segunda, foi uma reformulação desta, feita em 1897, e denominado de Adjustable Classification. Mas ambas eram pouco flexíveis, e não se aplicavam a grandes coleções. Até que, em 1906, ele cria a Subject Classification, onde ele tenta sancionar os problemas que haviam em suas outras classificações, assim como, nas classificações de outros estudiosos.
Brown viveu até os 52 anos, quando veio falecer, em 1914, em Londres, Inglaterra.
3 A CLASSIFICAÇÃO DE ASSUNTOS OU CLASSIFICAÇÃO DE BROWN
A Classificação de Dewey (CDD), não foi bem aceita na Inglaterra, pois era apontada como parcial aos assuntos americanos. Como reparação para esse fato, Brown constrói a Subject Classification, visando uma forma mais flexível para a catalogação dos livros das bibliotecas inglesas. Publicada pela primeira vez em 1906, teve uma segunda edição em 1914, que foi reimpressa em 1926. A terceira e última edição aconteceu em 1939, sob a revisão de James Douglas Stewart. Essa classificação é chamada de Subject Classification - Classificação de Assuntos, porém ficou mais conhecida como Classificação de Brown. Além de ter sido elaborada para ser mais flexível aos assuntos ingleses do que a CDD, ela foi reformulada também, para ser mais flexível do que as primeiras classificações que Brown tinha desenvolvido, possibilitando o livre acesso as estantes.
O sistema é dividido em 4 grandes classes, que são: Matéria e Força, Vida, Inteligência e Registro. De acordo com Deus (2008, p. 3): "Brown teve a intenção de criar um sistema de classificação em que cada assunto tivesse uma única localização, onde os vários aspectos teóricos e práticos de um mesmo tema ficassem reunidos." Desta forma os assuntos eram organizados seguindo as semelhanças, onde cada assunto era acompanhado de sua base teórica e prática, sucessivamente. Como cita Deus (2008, p.4): “primeiro surgiu a Matéria e a Força, que geraram a Vida, esta produziu a Razão, que deu origem ao Registro dos fatos." Dentro destas classes, Brown encaixou todas as áreas do conhecimento. Sendo que estás áreas, diferente da CDD e da CDU, eram representadas por letras maiúsculas, de A à X, não dispensando o uso de números e símbolos, mas estes são utilizados em tabelas auxiliares, para representar especificidades.
Brown dividiu o conhecimento em dois fatores- “material e “finalidades”, no qual suas combinações formavam os assuntos - os “concretos”. Originando assim, uma única classificação. Tendo para cada conceito concreto uma única localização nas tabelas.
“Plantas, animais, países, bibliotecas, restaurantes, estradas, pontes etc. São os concretos de Brown e todos os aspectos destes assuntos ficam reunidos num mesmo ponto, na classe em que se originam. A Rosa pode ser vista estudada sob o ponto de vista da Botânica, da Floricultura, da Decoração, do Simbolismo, da Geografia etc., mas todos os seus aspectos estarão reunidos num único lugar, na classe de Botânica, aquela em que tem origem a Rosa.” (PIEDADE, p. 174, 1983)
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