A Cidade dos Meninos - Áreas Contamindas (UTFPR)
Por: Caroline Teixeira • 30/6/2023 • Resenha • 734 Palavras (3 Páginas) • 45 Visualizações
Cidade dos Meninos
Localizada no município de Duque de Caxias (Rio de Janeiro), a Cidade dos Meninos ainda resiste à contaminação por pesticida por quase meio século. Chamada popularmente de “pó-de-broca”, o hexaclorociclohexano (HCH) era sintetizado numa fábrica da região na década de 50, e por volta de 1960 foi desativada e abandonada. Como consequência, os resíduos deixados no local acabaram por contaminar a área, os animais e a população. Somente próximo aos anos 90 foi realizada uma campanha para a descontaminação do local após descobrirem que havia HCH no sangue da população. Até então famílias vivam no local utilizando o “pó-de-broca” para construir suas casas ou até mesmo como “remédio para traças”, sem o conhecimento do perigo desse produto químico. A campanha consistia em retirar os restos do pesticida da fábrica e também tratar as áreas contaminadas com cal, mas este só surtiu efeito em apenas um dos isômeros do pó-de-broca. O contaminante ainda persiste no ambiente até os dias atuais. Para realizar uma remediação adequada de uma área contaminada, deve-se primeiramente conhecer o local de contaminação. Uma maneira é por meio de amostragem, para saber exatamente os tipos de isômeros que estão presentes, bem como a que distância a pluma de contaminação percorreu o solo. Em seu estudo, Oliveira e colaboradores (2003) fizeram uma amostragem da Cidade dos Meninos do tipo circular, com base nos pontos cardeais, em pontos equidistantes com intervalo de 10m, até 100m de distância em relação ao epicentro, e a 200 m do local contaminado próximos a residências. Como resultado o estudo apresentou que as amostras obtidas nas direções Norte e Oeste foram as que apresentaram as concentrações mais elevadas, para todos os isômeros de HCH analisados. Mas a área de contaminação corresponde a aproximadamente 20 hectares (200000 m2), ou seja, uma nova amostragem deveria ser realizada. Segundo a CETESB (1999), a distribuição das substâncias contaminantes deve ser investigada tanto no plano horizontal quanto no vertical, em outras palavras, além de se fazer uma investigação numa área maior superficialmente, também se deve fazer uma amostragem em relação à profundidade. Já a própria CETESB em conjunto
com a Alemanha fizeram um tipo de amostragem bem mais detalhada e completa e com equipamentos específicos, coletando um total de 100 amostras. Primeiramente eles fizeram uma análise aerofotométrica para a reconstrução da área suspeita, em conjunto com dados
existentes sobre o local. A próxima fase foi a pesquisa em campo para a confirmação da fase anterior, feita por meio de perfurações ou observações. As perfurações, mais tarde, seriam utilizadas para o monitoramento de águas subterrâneas. A terceira fase consistia em análise de campo para identificar os principais focos de HCH, em que se utilizavam chamas que mudavam para a coloração verde, indicando a presença do composto. Antes de se realizar uma medida de remediação deve-se considerar, em primeiro lugar,
uma prevenção, como é dito na hierarquia do gerenciamento de resíduos: primeiro pensa-se prevenir/eliminar e reduzir, ou seja, fazer modificações e aprimoramentos no processo de uma fábrica. Depois reutilizar e reciclar e por último o tratamento e disposição adequada. Uma das origens de uma área contaminada é
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