A DESIGUALDADE RACIAL NA EDUCAÇÃO NACIONAL

A DESIGUALDADE RACIAL NA EDUCAÇÃO NACIONAL

JONATA GALVÃO RODRIGUES

RESUMO

        A educação brasileira tem mostrado índices de crescimento ao longo dos anos, dando assim oportunidades para que milhares de pessoas ingressem em nosso sistema educacional. Mas apesar do aumento do número de vagas, diversas pesquisas apontam grandes desvantagens da população parda e negra em relação a população branca, assim como outras taxas como o analfabetismo que teve uma ligeira queda, embora as diferenças envolvendo esta questão também se mantiveram entre as raças. Essas desigualdades têm sido analisadas por diversos estudos (Hasenbalg, 1987; Hasenbalg e Silva, 1990; Rosemberg, 1998). Sendo assim, o presente artigo tem como objetivo expor a realidade sobre a desigualdade racial na educação nacional, que tem como sua base de dados diversas informações tiradas de literaturas, estudos e pesquisas sobre a temática, que será apresentada.

Palavras-chave: Educação; Desigualdade Racial; Sistema Educacional, Educação Nacional.

ABSTRACT

        The Brazilian education has shown growth rates over the years, thus giving opportunities for thousands of people from joining our educational system. But despite the increase in the number of vacancies, several studies point out the major disadvantages of brown and black population compared to whites, as well as other fees such as illiteracy had a slight decline, although the differences involving this issue also remained among the races . These inequalities have been analyzed by several studies (Hasenbalg, 1987; Hasenbalg and Silva, 1990; Rosenberg, 1998). Thus, this article aims to expose the reality of racial inequality in the national education, which has as its basis a number of literatures of information, studies and research on the subject, which will be presented.

Keywords: Education; Racial inequality; Educational system Education.

INTRODUÇÃO

        Nosso país atual vive em estado de calamidade pública, onde em um desses problemas esta a educação nacional, não só sua qualidade, quanto ao seu delicado acesso. Sendo que este é o principal ponto discutido neste trabalho científico.

        A educação é um bem que esta garantido a todos em nossa constituição. Pelo menos era o que deveria esta acontecendo, mas infelizmente não ocorre devido a diferentes fatores que são encontrados em nossos dias a dia.

        Sendo assim é necessário expor a realidade de nosso sistema de educação, com seus diversos problemas, que vão desde a questão racial, social e econômica. Além disso os diversos dados que foram vistos para a construção deste trabalho, nos mostra claramente a dificuldade do ensino em áreas mais longínquas, diferentemente dos grandes centros urbanos, algo que como foi dito, não há o porque disto esta acontecendo, já que pela nossa constituição é um direito de todos.

        Diversos meios de comunicação social (televisões, rádios, jornais e a internet) exibem estudos e pesquisas da temática educação, logo isso torna claro que este assunto é de utilidade pública, e que todos deveriam ter um conhecimento, mesmo que limitado sobre esta causa.

        Acreditando que seja por isso o motivo da construção do presente artigo: divulgar ao maior número possível de cidadãos a desigualdade em nossa educação nacional.

        Diversas pesquisas nos mostram diariamente que as oportunidades educacionais em nosso país não são as mesmas para todos os grupos sociais e étnico-raciais, pois há uma grande diferença entre ricos e pobres, brancos e negros no acesso ao nosso sistema de educação. A partir destas diferenças que são visíveis, o governo promove diversos programas sociais, voltados para a superação no deficit da escolarização tanto de alunos negros, quanto de estudantes nacionais, para transformar a educação no que ela de fato deveria ser: um meio de transformação profunda e nacional em nossa sociedade, com total igualdade, sem ter qualquer diferença entre suas classes sociais, raça/cor e religião.

        É comprovado historicamente que o Brasil passou por um processo de democratização de âmbito nacional, com diversos ganhos nos serviços públicos (coleta de lixo, água tratada e encanada e eletricidade), assim como melhoria na renda familiar e no acesso à educação. Mas esses ganhos que eram bons no começo desse processo de democratização, se tornaram fracos e ruins com o passar dos anos, pois os mesmos se manterão baixos para o nível nacional que apenas cresce, causando sérias desigualdades como a renda familiar e o péssimo acesso a educação nacional entre brancos e não-brancos (pardos e negros).

        Nesse sentido podemos afirmar que a educação no Brasil é algo reivindicado há tempos por grupos menos favorecidos, que temos como um claro exemplo a população negra, que desde o processo de pós-abolição da escravatura tem como uma de suas maiores prioridades.

                        “Reconheçamos que não conseguimos ainda colocar a educação no campo dos                                 direitos sociais humanos plenos, ela fica à mercê de tantos condicionantes sociais,                         raciais, territoriais e até escolares, que não acaba de se afirmar como obrigatória”.                                                                                    (Arroyo, 2009, p. 153)

        A partir desta citação arroyo expõe que a educação formal brasileira não está apta para receber os grupos menos favorecidos, pois suas demandas são grande demais, para que todos possam se manter no sistema educacional.

Ensino Infantil

        Mesmo com o processo de democratização e com a expansão natural do sistema de ensino nacional, Rosemberg (1999, 2000) mostra que a desigualdade começa ainda na educação infantil onde, a falta de investimento governamental, baixos níveis educacional de profissionais na área envolvida e as péssimas condições de atendimento, podem ser grandes problemas pois: