A ERGONOMIA E GINASTICA LABORAL
Por: andreaestuda • 31/10/2019 • Trabalho acadêmico • 1.424 Palavras (6 Páginas) • 192 Visualizações
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ERGONOMIA E GINASTICA LABORAL
Atividade de Portfólio
Trabalho apresentado ao Centro Universitário Claretiano para a disciplina: Ergonomia e ginástica laboral, ministrado pela professora Carmem Aparecida Malaguti Barros.
Andréa Rosa Da Silva
R.A: 8019421
1) Conceitue Doenças Ocupacionais.
Doenças ocupacionais são todas as doenças relacionadas a área de trabalho ou seja é utilizado para designar um conjunto de várias doenças que causam alterações na saúde do trabalhador. Essas doenças são provocadas por fatores diretamente relacionados com o ambiente de trabalho e se dividem em doenças profissionais e doenças relacionadas ao trabalho.
2) Diferencie “Doenças Relacionadas ao Trabalho” e “Doenças Profissionais”.
As doenças profissionais são causadas por fatores diretamente relacionados à atividade laboral.
As doenças relacionadas ao trabalho têm seu desenvolvimento relacionado à associação de fatores de risco individuais, biomecânicos e psicossociais.
3) Cite as três categorias de riscos aos quais o trabalhador está exposto para o aparecimento do LER e DORTS. Descreva sobre como os Riscos Físicos ou Biomecânicos podem influenciar no adoecimento e rendimento do trabalhador.
As três categorias são:
Fatores de Risco Individuais ou Pessoais. Fatores de Risco Psicossociais ou Organizacionais. Fatores de Risco Físicos ou Biomecânicos.
Os Fatores de Risco Individuais ou Pessoais são idade, quanto maior a idade do trabalhador, maior o risco de apresentar doenças devido aos efeitos cumulativos do tempo de exposição a fatores de risco, bem como em decorrência das alterações típicas do processo de envelhecimento, como exemplo as alterações do tecido cartilaginoso.
Sexo: mulheres apresentam menor força muscular; sofrem influência da regulação hormonal; apresentam menor limiar de percepção da dor, com possível influência do estrógeno na maior percepção e experiência subjetiva da dor em mulheres.
Antropometria: postos de trabalho planejados em desacordo com as medidas antropométricas de seus usuários levam à adoção de posturas inadequadas que sobrecarregam as estruturas musculoesqueléticas.
Repertório genético: as características genéticas como histórico de doenças na família, biótipo e comorbidades herdadas.
Doenças crônicas prévias/Condição de saúde: o histórico de doenças prévias, acidentes e lesões apresentados pelo trabalhador podem repercutir em risco aumentado de desenvolver ou agravar um quadro clínico com a exposição ao trabalho.
Tabagismo: a nicotina provoca vaso constrição, o que reduz a oferta de oxigênio e nutrientes para os músculos, ligamentos e discos intervertebrais, aumentando a propensão ao desenvolvimento de processos degenerativos nos discos intervertebrais e à lesão. . Os principais mecanismos biológicos desencadeados pelo tabagismo que possivelmente explicam os sintomas na coluna se relacionam:
a) ao reflexo da tosse;
b) ao aumento da deposição de fibrina, levando à inflamação crônica;
c) à redução do fluxo sanguíneo e oxigenação dos tecidos, prejudicando o balanço metabólico dos discos e acelerando processos degenerativos que tornam a coluna mais suscetível a deformações mecânicas e lesões.
Nível de escolaridade: quanto menor o nível de escolaridade do trabalhador, maior a exposição prévia desse atividades laborais pesadas.
Hobbies, prática de esporte: dependendo da frequência e intensidade, a prática de hobbies e esportes gera sobrecarga adicional ao sistema musculoesquelético.
Trabalho doméstico/dupla jornada: a dedicação do tempo livre às atividades domésticas, principalmente pelas mulheres; bem como o duplo emprego são fatores que reduzem o período de recuperação dos grupos musculares solicitados durante o trabalho.
Treinamento: a prática de uma determinada atividade laboral pode auxiliar os trabalhadores mais experientes a adotarem posturas que gerem vantagens biomecânicas durante o manuseio, reduzindo a sobrecarga imposta ao sistema musculoesquelético.
Satisfação no trabalho: exerce influência direta sobre o trabalhador, afetando sua saúde física e mental, suas atitudes diárias, comportamento profissional, social. A insatisfação no trabalho contribui para estados de estresse e tensão aumentados que levam ao desenvolvimento de taquicardia, sudorese, dores de cabeça e tensão muscular. A realização do trabalho nessas condições torna-se penosa, reduzindo a qualidade do serviço prestado e trazendo prejuízos à qualidade de vida do trabalhador.
Perfil psicológico (competitivo, perfeccionista): o perfil psicológico pode resultar em sobrecarga adicional ao trabalhador. O perfeccionismo faz com que o trabalhador demore mais tempo para cumprir suas atividades e pode levá-lo a um excesso de horas trabalhadas (remuneradas ou não). O perfil competitivo resulta em estresse emocional adicional que também sobrecarrega o trabalhador.
Fatores de Risco Psicossociais ou Organizacionais:
1) Tipo da organização do trabalho (linha).
2) Longas jornadas/hora extra.
3) Trabalho em turnos.
4) Trabalho monótono.
5) Trabalho repetitivo.
6) Trabalho estereotipado.
7) Ausência de pausas.
8) Ritmo.
9) Automatização parcial.
10) Rotação de atividades (requisitos físicos dos trabalhos incompatíveis).
11) Grande demanda de trabalho.
12) Trabalho sazonal.
13) Grandes alterações organizacionais.
14) Perspectiva de demissão.
15) Grande responsabilidade em decisões.
16) Falta de autonomia.
17) Flexibilidade de ação.
18) Clareza sobre o processo do trabalho.
19) Demanda cognitiva.
20) Relacionamento com chefia.
21) Relacionamento com colegas.
Fatores de Risco Físicos ou Biomecânicos :
Postura: as posturas exigidas para a realização da tarefa podem causar problemas quando são extremas ou estáticas. As posturas inadequadas e/ou extremas geram uma sobrecarga biomecânica. Os efeitos das posturas extremas são piores se as tarefas de trabalho incluem movimentos repetitivos ou exigem a realização de força associada a tais posturas. As posturas estáticas são aquelas posturas de trabalho em que uma parte do corpo é mantida na mesma posição por um longo período, o que exige que os músculos estejam em constante estado de contração. Essa condição diminui a circulação sanguínea, resultando em falta de nutrientes aos músculos e acúmulo de metabólitos. Dessa forma, os músculos tornam-se cansados, desconfortáveis e muitas vezes dolorosos.
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