A Europa no renascimento .
Por: joseadriano • 24/10/2017 • Projeto de pesquisa • 2.921 Palavras (12 Páginas) • 444 Visualizações
Português terceiro bimestre
A Europa no renascimento
O abandono da perspectiva teocêntrica e a retomada da perspectiva antropocêntrica são chamados de renascimento. Esse termo foi escolhido para indicar um desejo de promover uma renovação filosófica, artística, econômica e politica, de modo de recriar uma sociedade organizada a partir de princípios clássicos.
O classicismo: valorização das realizações humanas
Classicismo é a denominação da tendência artística que vitalizou a tradição clássica de afirmar a superioridade humana. Manifestou-se tanto na literatura quanto na dança, nas artes plásticas e na filosofia.
O projeto literário do classicismo
O classicismo revela em seu nome sua principal característica do seu projeto: a retomada de modelos da antiguidade clássica.
Assim, as obras do renascimento promovem uma transformação radical no modelo medieval. É quando passam a valorizar os esforços individuais e as conquistas humanas, além de cultivar a felicidade terrena.
Os agentes do discurso
Os medievais que compunham cantigas dão lugar, no renascimento, aos jovens artistas, filhos de comerciantes patrocinados por ricos e poderosos mercadores, os mecenas que, através do patrocínio da cultura, a aceitação pela nobreza.
Por causa da prensa móvel, mais copias de livros foram feitas, barateando seu custo. Assim mais pessoas poderiam ter acesso a literatura. As universidades viram grandes centros de leitura e discursão. Os mecenas encomenda cópias de texto de filósofos e poetas para montar suas bibliotecas particulares.
O classicismo e o público
As cortes ainda eram o centro de poder e, consequentemente, o centro de cultura. O enriquecimento do publico aumenta o publico dos textos literários. A cultura torna-se, para os filhos dos ricos comerciantes, sinônimo de qualificação social.
Criação e imitação
A ideia de que os poetas do renascimento eram originais é uma invenção moderna. Os poetas do renascimento retomaram os tipos de textos clássicos e adotaram o principio aristotélico de mimese. Aristóteles atribuía á literatura a função de reproduzir feitos humanos, para que o humano pudesse aprender com a imitação da realidade.
Olhar racional do mundo
Os artistas do classicismo adotam a razão como parâmetro de observação e interpretação da realidade. O olhar racional desencadeia umas das características principais da obras literárias do renascimento: a tentativa de expressar seus sentimentos.
O resgate da poesia clássica
os poemas do classicismo giram em torno da temática amorosa (representação do eu lírico a sua amada) ou bucólica (a natureza é representada como espaço em que a harmonia, a simplicidade e o equilíbrio são expressões de felicidades). As poesias épicas também retornam e também a poesia de Horácio, onde comparam a beleza feminina com a natureza.
Perspectiva humanista
Os grandes artistas se preocupavam em compreender a mecânica dos movimentos por serem capazes de representar o corpo humano de forma harmônica, respeitando as relações de proporções de partes e revelando uma concepção de beleza associada à harmonia e à simetria.
Tendência à universalidade
Em vez de esperar uma resposta de uma divindade, o individuo passa a analisar e documentar a natureza. Essas atitudes faz com que os textos do classicismo ganhem uma perspectiva mais universalista.
Linguagens e formas
Os sonetos de Petrarca mostram um novo modo de tratar a temática amorosa, em voga na Itália, desde o século XIII e chamado de doce estilo doce. Ela procurar reinterpretar o amor de forma mais racional e filosófica.
A influencia greco-latina também se manifesta, mas o soneto é predominante.
O classicismo em Portugal
Os português, no século XV, começaram a busca por novas terras. Assim, ao irem a novas terras já colonizadas, as obras do classicismo deram as caras em Portugal.
Francisco de Sá de Miranda
Em 1526, Sá de Miranda volta a de Itália a Portugal. Esse é considerado o marco inicial do classicismo em Portugal. A sua viagem foi algo muito importante, pois Sá de Miranda, educado com ideias medievais, entrou em contato com as visões humanistas e invenções literários do período.
Ele se inspirava em mestre italiano, dessa forma a cena da literatura portuguesa começa a mudar, antes ainda havia um pouco de poesia medieval e começou as obras humanistas.
Ele também usou uma medida velha e nova. Ao falar em seus poemas sobre a vida rústica e ao defender a preservação de liberdade de cada pessoa, ele apresenta uma característica renascentista. Ao falar dos costumes, da ambição pelo ouro e a corrupção moral, ele mostra um lado mais moralista e conservadora.
Camões
Luiz Vaz de camões é considerado o maior auto da literatura clássica de Portugal. Em suas histórias, escrevia sobre as glórias de seu povo, registrou de modo sublime os sofrimentos amorosos, indagou sobre as inconstâncias e sobres as incertezas da vida.
Os lusíadas: reinvenção épica da historia de Portugal
Por seguir um modelo estabelecido na antiguidade, os lusíadas é uma epopeia de imitação. Ao fazer sua epopeia, camões fez questão de mostrar a grandiosidade de Portugal, já que estava em decadência naquele momento.
Ao escreve os lusíadas, Camões faz uma critica explicita a tirania e a cobiça. Ele deixa bem claro que, durantes as navegações do momento de partida de Vasco da Gama, os homens que morriam, enquanto os reis o e os burgueses dividiam entre-se os lucros.
A poesia lírica camoniana
Camões dominou com excelências varias formas do gênero lírico. Escreveu sonetos, odes, éclogas e elegias. Em todas as formas poéticas, Camões deixou claro sua genialidade.
O os poemas da medida velha
As redondilhas camoninas eram compostas geralmente de um mote e uma ou mais estrofes que constituíam voltas ou glosas ao mote.
Mote é o motivo inicial fornecido por alguém ou tomado emprestado de uma cantiga de outro poeta. O poeta tem liberdade de repetir versos do monte no restante do poema.
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