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A FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FISICA

Por:   •  14/1/2017  •  Ensaio  •  2.982 Palavras (12 Páginas)  •  260 Visualizações

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A FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FISICA

RESUMO

O estágio supervisionado foi muito importante para o professor de Educação física contextualizar a teoria com a prática. O tema trabalhado foi a formação do Professor de Educação Física durante a etapa de aprendizagem, observando que na atualidade, partindo da premissa de que toda prática educativa traz em si uma teoria do conhecimento. Tendo por objetivos: Analisar a importância da formação do Professor de Educação física durante o processo ensino aprendizagem. Abordar os cursos de Formação em Bacharelado e Licenciatura em Educação física. Com relação ao Professor de Educação Física, este foi visto como um profissional que também deveria estar qualificado, mas, prioritariamente, no âmbito da docência, tendo como orientação o conteúdo específico da Educação Física e o conteúdo pedagógico proposto na nova resolução.

Palavras chave: Estágio. Formação do Professor. Licenciatura.

1 INTRODUÇÃO

 

O tema trabalhado foi a formação do Professor de Educação Física durante a etapa de aprendizagem, observando que na atualidade, partindo da premissa de que toda prática educativa traz em si uma teoria do conhecimento, uma abordagem que explica a forma pela qual o sujeito aprende e se desenvolve, tentaremos discutir as concepções de aprendizagem que subsidiam as práticas pedagógicas e as repercussões das mesmas. Com tal objetivo, tomo como ponto de partida justamente o conceito de aprendizagem, segundo diferentes acepções teóricas.

Examinando em primeiro lugar uma corrente epistemológica que marcou a formação de grande número de Professor de Educação Física nos dias atuais: a epistemologia tradicional, inspirada no empirismo e no positivismo, e apoiada na psicologia comportamentalista.

Nessa concepção, ganha sentido a definição de aprendizagem em Educação física como mudança de comportamento resultante do treino ou da experiência, estando identificada com condicionamento. Sendo que desenvolvimento e aprendizagem se confundem e ocorrem simultaneamente.

Como consequência dessa forma de conceituar a aprendizagem, o processo ensino-aprendizagem é centrado no Professor de Educação Física, que organiza as informações do meio externo que deverão ser internalizadas pelos alunos, sendo esses apenas receptores de informações e do seu armazenamento na memória.

Diz-se, nessa relação, que o Professor de Educação Física é o transmissor do conhecimento, e o aluno é o receptor, repetidor dos mesmos. Todo o conhecimento está fora do sujeito, portanto, no Professor de Educação Física e nos livros; o aluno é um recipiente vazio onde é necessário "despejar" o conhecimento.

 Na aula fundada nessa concepção epistemológica, o Professor de Educação Física fala e o aluno escuta; o Professor de Educação Física mostra e o aluno copia; o Professor de Educação Física decide o que fazer e o aluno executa; o Professor de Educação Física ensina e o aluno aprende. Valoriza-se o trabalho individual, a atenção, a concentração, o esforço e a disciplina, como garantias para a apreensão do conhecimento.

Mas por que o Professor de Educação Física age assim? Porque ele acredita que o conhecimento pode ser transmitido para o aluno. Ele acredita no mito da transmissão do conhecimento, dado que ele se baseia nessa concepção epistemológica que subjaz a sua prática, segundo a qual o indivíduo, ao nascer, nada tem em termos de conhecimento: é uma folha de papel em branco ou uma tábula rasa. Portanto, a sua ação pedagógica não é gratuita. Ela é legitimada ou fundada teoricamente, por uma epistemologia, segundo a qual o sujeito é totalmente determinado pelo mundo físico ou pelo meio social.

2 ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Na concepção epistemológica racionalista, o Professor de Educação Física é um auxiliar do aluno, um facilitador, pois o aluno já traz em si um saber que ele precisa, apenas, trazer à consciência, organizar, ou, ainda, rechear de conteúdo. O Professor de Educação Física deve interferir o mínimo possível. É no regime do laissez-faire ("deixa fazer") que o aluno encontrará o seu caminho (SABBATINI, 2016).

Esse Professor de Educação Física acredita que o aluno aprende por si mesmo e o máximo que ele pode fazer é auxiliar a aprendizagem do aluno, despertando o conhecimento que já existe neste. Assim, o Professor de Educação Física, imbuído de uma epistemologia apriorista – inconsciente, na maioria das vezes – renuncia àquilo que seria a característica fundamental da ação docente: a intervenção no processo de aprendizagem do aluno (SABBATINI, 2016).

 Nesse modelo o poder assume, frequentemente, formas perversas, pois essa mesma epistemologia que concebe o ser humano como dotado de um "saber de nascença", conceberá também, dependendo das conveniências, um ser humano desprovido da mesma capacidade. Assim, pode-se esperar que uns nasçam para aprender, e aprendem facilmente; outros não nasçam para o estudo e, se fracassam, o fracasso é só deles. O sucesso ou fracasso depende quase exclusivamente do talento, aptidão, dom ou maturidade dos sujeitos. Consequentemente, o desempenho dos alunos na escola deixa de ser responsabilidade do sistema educacional.(NEVES, 2016).

Como o fracasso é mais comum entre as camadas sociais mais desfavorecidas: os mal-nutridos, os pobres, os marginalizados, pode-se pensar que isso ocorre porque lhes falta bagagem genética adequada, o que –como já foi visto- representa um álibi para que o sistema educativo e a escola se eximam de suas responsabilidades (NEVES, 2016).

Apesar de paradoxal, essas duas teorias com bases epistemológicas completamente diversas podem levar a práticas e efeitos semelhantes do ponto de vista pedagógico. Para o racionalismo, se as estruturas são, de fato, pré-formadas e não fruto da ação do sujeito sobre o mundo objetivo e do mundo objetivo sobre o sujeito, não há por que apelar para a atividade desse sujeito (NEVES, 2016).

A Educação Física encontra-se atualmente mergulhada em alguns preconceitos que são responsáveis pelo seu baixo status profissional. Esta situação tem raízes na origem da Educação Física no Brasil e seus reflexos nos cursos de formação profissional que ocorriam na Licenciatura, cuja formação estava ligada diretamente ao âmbito esportivo e não ao processo de escolarização. Formaram-se então técnicos desportivos ao invés de professores (GHILARDI, 1998)

 Em se tratando da formação do professor de Educação Física cabe ressaltar que com a proposta da Resolução CFE 69/69 se tinha um currículo mínimo de 1800 horas, fechado em conhecimentos determinados, mas com a Resolução CFE 03/87 este foi ampliado para 2880 horas.

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