A Familia E A Dependência Química
Trabalho Universitário: A Familia E A Dependência Química. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Zinho26 • 26/10/2013 • 2.129 Palavras (9 Páginas) • 874 Visualizações
JUSTIFICATIVA:
O que motivou a elaboração deste tema foi a observação e experiência em campo de estágio Na Comunidade Terapêutica Mansão da Vitória foi o quanto os adictos falam da família como um ponto importante, eles a colocam como o foco para superar todas as dificuldades que enfrentam no tratamento, pensam em reconstruir sua imagem pautada nos valores já recebidos pelos pais e familiares a fim de se tornarem orgulhosos de si. Acredito ser uma das grandes doenças e demandas da sociedade do século. Ao longo dos últimos anos a Cidade de Feira De Santana-Ba vem sofrendo com os grandes índices e aumento no consumo de drogas. Infelizmente mesmo com ações de prevenção e combate ao uso não houve uma mudança correspondente no vigor que pudessem combater o impacto. E a melhor maneira para demonstrar o quanto o Álcool e as Drogas tem o poder de destruir á aqueles que infelizmente se contaminam com essa praga. Prejudicando á saúde, á família e á sociedade.
É abordando esse assunto que esta devastando os lares, que necessitam efetivamente da participação familiar.
Todos os delitos sociais de uma forma ou de outra estão ligados ao uso de álcool e drogas, como por exemplo: assaltos, roubos, estupros, homicídios, vandalismo, brigas, agressões, prostituição, sequestros, tráfico de armas, tráfico de drogas etc.
Sem contar com a destruição social, profissional, familiar e moral do indivíduo que por muitas vezes por falta de Ajuda não encontra informações e meios para se recuperar de sua dependência.
O ponto mais crítico da dependência sem duvida nenhuma é o desmoronamento familiar. Casamentos sendo dissolvidos não só devido á dependência, mas também ao que a dependência leva o indivíduo a fazer, como: Violência familiar, entre elas discussões, brigas, agressões, assassinatos, adultérios, falência financeira, desentendimentos entre marido e mulher, pais, irmãos e todos os membros da família.
Com a dependência do indivíduo todos de sua família ficam doentes também, são chamados de Có-dependentes, pois em função do indivíduo dependente se tornam também vitimas das consequências causadas pelo álcool e as drogas.
Assim na condição de doentes também não conseguem mais ajudar o dependente, pois passa também a precisarem de ajuda, espiritual, psicológica e muitas vezes psiquiátrica.
O uso de drogas tem um impacto enorme nas relações sociais e familiares do usuário, portanto para que haja uma possível recuperação, a família é parte fundamental. Esta afirmativa se tornou mais consistente depois de realizar pesquisa com os internos e ter como principal foco na busca pela recuperação dos dependentes pautada na família.
Pode afirmar que a família é a motivação para um interno ir além da sua busca, mesmo quando se quer desistir, ela é um ponto de equilíbrio e sustentação, é uma partida para um convívio social saudável.
“Os fenômenos de droga angustiam os pais, preocupam os educadores, interpelam as autoridades, fascinam os jovens. Muitas vozes se levantam para condenar o seu uso, para exigir medidas repressivas mais enérgicas; para punir os grandes traficantes, para doutrinar a juventude para estabelecer programas preventivos... Mas o consumo de drogas continua a alastrar-se pelo mundo, a alastrar-se pelo Brasil” (BUCHER; Richard, 1988, p.09).
TEMA:
Este tema procura mostrar uma alternativa de Orientação Familiar, segundo o modelo cognitivo, que tem por objetivo incrementar a qualidade nas relações do grupo, orientando sobre condutas mais adequadas para a família, obtendo ganhos tanto para os familiares, bem como para a recuperação dos dependentes.
O que levou a abordagem desse tema foi a demanda e a necessidade dos familiares na busca de ajuda na Comunidade terapêutica para a sua recuperação.
PROBLEMA:
Foi elaborado uma pesquisa entre os familiares de usuários da comunidade terapêutica que necessitam de uma intervenção. Quanto ao que os familiares esperavam do tratamento foi observada uma postura paradoxal entre orientação e como lidar com o dependente químico e a cura da doença, ou seja, de um lado uma postura ativa no sentido de tentar modificar algo na relação familiar e do outro lado, a postura, porque não dizer de dependência dos profissionais para a resolução do caso.
Com relação ao que o familiar tem feito para ajudar o usuário de drogas, relataram a postura de acolhimento, aconselhamento e diálogo. No transcorrer das sessões estas posturas acabavam sendo a maior fonte de dúvidas dos participantes e daí a procura de ajuda. Interessante notar que surgiram as posturas de acompanhar em tratamento e dialogar e acompanhar e procurar tratamentos, denotando a importância do tratamento. As evidências mostraram à necessidade deste tipo de assistência a família, mas tal postura também pode ser remetida a dependentes que procuram atendimento almejando a cura, deslocando a isenção da própria responsabilidade neste processo. Fica a questão da possibilidade deste movimento também ter ocorrência na família, pois em maioria das respostas surgiu à categoria tratamento. Talvez esta seja uma linha de atuação profissional do Assistente Social que lida com dependência química, no sentido de trabalhar conscientização do papel de todos os envolvidos no processo de cura: paciente – família – tratamento, entre outros.
Quanto aos motivos que levaram ao consumo/dependência, foi interessante observar uma certa amplitude , muitos deles relacionados a questões de cunho familiar. A postura adotada era de demonstrar como era a dinâmica da personalidade do dependente e que os mesmos motivos que poderiam levar uma pessoa à dependência química, poderiam não levar outra pessoa ao mesmo caminho. Porém chamou atenção dos entrevistados o fato dos familiares não saberem os motivos e outra parte alegaram a ausência de motivos aparentes. Com isto, foi verificada a importância da necessidade de trabalhar a integração e o diálogo na família.
OBJETIVOS:
OBJETIVOS GERAIS:
Fornecer informações e orientações em como lidar com a dependência química, objetivando a melhora nas relações familiares e adequação de condutas. O objetivo é apresentar os dados iniciais da criação de um serviço de orientação familiar para dependentes químicos na Comunidade Terapêutica, segundo o modelo cognitivo.
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