A HISTÓRIA DAS COISAS

RELATÓRIO – A HISTÓRIA DAS COISAS

O filme “A história das coisas”, escrito e apresentado por Annie Leonard,  é um vídeo questionador e extremamente informativo. Os questionamentos nascem da realidade consumista que os países desenvolvidos e o mundo, como um todo, vivem atualmente, ao mesmo tempo, informa sobre questões muitas vezes não totalmente esclarecidas, como por exemplo, a cadeia de manufatura.

É interessante a maneira que o vídeo aborda o processo de desenvolvimento de produtos e o caracteriza como uma cadeia linear (extração – produção – distribuição – consumo – tratamento de lixo) dentro de um planeta que possui processos “cíclicos” e não é inesgotável, portanto “finito”.

Cada parte dessa cadeia traz consequências graves para o meio ambiente. Com relação a extração verifica-se uma  rápida redução dos recursos naturais do planeta, a autora cita números instigantes alegando que os EUA, com apenas 5% da população mundial é responsável pelo uso de 30% dos recursos existente no planeta Terra.

Já no processo de transformação, nas fábricas, inúmeras substâncias tóxicas são agregadas aos produtos para que durem mais (ou durem o tempo certo). Mas é engraçado pensar que o nível de riqueza dos donos dessas fábricas não sofre nenhum tipo de alteração considerando a reposição ambiental ou os possíveis custos farmacológicos dos funcionários a médio e longo prazo, o que também aponta para o imediatismo extremista de nossa geração.

A distribuição desses produtos é elo principal da cadeia, pois leva o produto até o  público consumidor. Muitas vezes transportam produtos de baixa qualidade e pífia necessidade efetiva emitindo quantidades gigantescas de carbono na atmosfera através da utilização de combustíveis fósseis nos meios de transporte.

A parte mais importante da cadeia é realmente o consumo desses produtos, pois é o que alimenta e impulsiona a retomada da primeira etapa desse processo, mesmo considerando que 99% das coisas que consumimos vão para o lixo em menos de seis meses. Isso porque as coisas são fabricadas com base na obsolescência planejada, que é quando produtos são criados para irem para o lixo - descartáveis, por exemplo - e a perceptiva, que é quando produtos são descartados ainda em perfeito estado porque a aparência do produto foi alterada.

A mídia também desenvolve um papel fundamental neste processo de consumo e descarte. Isto porque ela dita o que devemos e o quanto devemos comprar. Por último, o descarte, também não contribui para a preservação ambiental.

Haja vista todo o processo colocado, percebe-se que devemos rever nossos conceitos, mesmo sendo bombardeados com todas as propagandas fazendo apologia ao consumismo e termos uma postura mais crítica com relação a este assunto.