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A IDENTIFICAÇÃO DO ALUNO COM ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO NO CONTEXTO ESCOLAR

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Por:   •  9/4/2014  •  5.139 Palavras (21 Páginas)  •  1.033 Visualizações

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A IDENTIFICAÇÃO DO ALUNO COM ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO NO CONTEXTO ESCOLAR

VIANNA, Ana Maria Chaves

TRANCOSO, Bartira Santos

RESUMO

O presente artigo propõe auxiliar o trabalho dos professores na identificação de características dos alunos com potencial de Altas Habilidades/Superdotação; Sabendo-se que a informação, o preparo e a intervenção no tempo adequado será um diferencial para permitir aos alunos com a capacidade para o desempenho superior ao da média comparável, aliado à criatividade e ao envolvimento persistente com o que se gosta de fazer tenham uma aprendizagem significativa. Neste sentido, o professor deve estar consciente do seu papel, fazer uso de estratégias que o levem a compreender as necessidades desses alunos, estimulando-os e provocando ao máximo seu potencial.

Palavras chave: Altas habilidades/superdotação; Identificação; Professores; Características; contexto escolar.

INTRODUÇÃO

A Declaração de Salamanca (UNESCO & Ministério da educação e Ciência da Espanha, 1994), veio influenciar as decisões políticas brasileiras junto ao Ministério da educação no que diz respeito a debates sobre o conceito, indicadores, políticas sociais e à atenção educacional dispensada ao aluno com necessidades educacionais especiais (MORAES,2009).

Na última década os conceitos de inclusão foram amplamente discutidos e claramente colocados em leis, resoluções e pareceres trazendo consigo um objetivo que é aceitar a diferença no contexto escolar e possibilitar o seu acesso ao conhecimento.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, em torno de 3,5 a 5% da população possui indicadores de altas habilidades/superdotação, o que representa um grande índice. Um estudo de prevalência realizado pela ABSD-RS (2001) verifica um índice de 7,78% de alunos com indicadores de altas habilidades, sendo que esta diferença explica-se pela opção teórica que definiu os critérios adotados para caracterização das altas habilidades, baseados na Concepção de superdotação dos Três Anéis, de Renzulli (FREITAS & NEGRINI, 2008).

Neste sentido, direciona-se este artigo à identificação e características de alunos com altas habilidades/superdotação, os quais frequentemente estão presentes no contexto escolar, como expõe Pérez (2004), são alunos “fantasminhas”, uma vez que muitas vezes não são identificados, nem mesmo reconhecidos pelos professores.

Pretende-se dessa forma, através de uma revisão bibliográfica de publicações que tratam do tema, evidenciar a importância da identificação dos alunos com altas habilidades/superdotação, para uma inclusão mais efetiva no contexto educacional; sabendo-se que um programa de atendimento a esses alunos, pressupõe a necessidade de pessoal devidamente preparado no campo do conhecimento, sobre características, identificação e alternativas de atendimentos viáveis.

Segundo Rodrigues:

[...] a escola que pretende seguir uma política de educação inclusiva (EI) desenvolve políticas, culturas e práticas que valorizam a contribuição ativa de casa aluno para a formação de um construído e partilhado – e, desta forma, atinge a qualidade acadêmica e sociocultural sem discriminação (RODRIGUES, 2006, p.302).

CONCEITUANDO ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO

Antigamente, bastava o indivíduo se sair bem em algum teste de inteligência para ele ser considerado superdotado. Hoje, em dia, com a evolução do conceito de inteligência, o conceito de superdotação tornou-se muito mais abrangente. “O conceito de altas habilidades/superdotação tem mudado ao longo do tempo e assume diferentes conotações, conforme a cultura”. Altas habilidades e Superdotação são termos utilizados no Brasil, onde altas habilidades está mais ligada ao desempenho enquanto que “superdotado” sugere habilidades extremas. (Chagas, 2007 apud Solow, 2001).

A definição de superdotados aceita pelo MEC (1995) é a de que são considerados superdotados todos aqueles que apresentam notável desempenho e/ou elevada potencialidade em qualquer um dos seguintes aspectos, isolados ou combinados: capacidade intelectual geral, aptidão acadêmica especifica, pensamento criador ou produtivo, capacidade de liderança, talento especial para artes visuais, dramáticas e musicais e capacidade psicomotora.

Esses tipos podem ser encontrados combinados entre si, além de haver a possibilidade de aparecimento de outros tipos de talentos e características. Não se pressupõe, portanto, que todos os alunos superdotados apresentem todas as características, e quando as têm, não apresentam necessariamente em simultaneidade, nem no mesmo nível. (HOLETZ, 2004).

A ideia de que há várias inteligências não é nova. Gardner apoiou seus antecessores, como Thurstone e Guilford, procurando complementar pontos: a não inclusão de fatores biológicos da inteligência, não problematização da criatividade, insensibilidade aos papeis socialmente valorizados. Assumindo que o mapa cerebral sugere áreas distintas de funcionamento inteligente, conclui em seus estudos, divulgados em 1983, que existem tipos de inteligências independentes. Duas especialmente importantes para a aprendizagem – linguística e lógico-matemática. Inteligências “não canônicas”: musical, espacial, corporal-cinestésica, naturalista e as inteligências pessoais (inter e intrapessoal), ponderando sobre a existência de uma nona inteligência que chamou de existencial (GARDNER, 2005). Trata-se de uma teoria útil porque expande os conceitos de inteligências e amplia a maneira de identificar talentos, mas sem investigação empírica que sustente suas afirmações (STERNBERG, 2000).

Renzulli (2002) apresenta uma conceituação centrada mais na atuação que na potencialidade, em que sustenta um modelo que não se atém no Quociente Intelectual (QI), mas na confluência de três fatores: habilidade acima da média, compromisso com a tarefa (motivação) e criatividade elevada. A habilidade acima da média permanece relativamente estável e não necessita ser excepcional; a criatividade se refere à flexibilidade e à originalidade do pensamento e o comprometimento com a tarefa refere-se à persistência, dedicação, esforço e autoconfiança. A partir de sua caracterização, Renzulli conclui que a superdotação é relativa ao tempo, às pessoas e às circunstâncias,

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