A IMPORTÂNCIA DOS TRANSPLANTES DE ÓRGÃOS E TECIDOS
Por: Jéssica Honorato • 28/10/2017 • Trabalho acadêmico • 1.549 Palavras (7 Páginas) • 387 Visualizações
IMPORTÂNCIA DOS TRANSPLANTES DE ÓRGÃOS E TECIDOS
É chamado de transplante de órgãos e tecido o procedimento cirúrgico que busca retirar um órgão ou tecido (ou parte deles) de um individuo (o doador) para realocá-los em outra pessoa que seja necessário (o receptor). No caso de transplante de tecidos, o individuo que doa pode ser o próprio receptor.
A doação é um princípio de imensa solidariedade que atinge de maneira significativa toda a sociedade. Através dos transplantes pode-se ajudar diversas pessoas que estão em situação de doença e encontram-se em um angustiante estado de espera por um órgão ou tecido essencial ao funcionamento do corpo humano
No Brasil as filas de espera por um transplante são enormes. Dessa forma, muitas pessoas não aguentam a espera e acabam falecendo. Além dos óbvios benefícios á pessoa que recebe o órgão, certas pesquisas indicam que as famílias dos doadores e os próprios doadores conseguem uma significativa melhora na autoestima após realizar a doação. Qualquer pessoa que precise de transplante tem o direito de ser atendida pelo Sistema Único de Saúde, para serem preparadas fisicamente e psicologicamente para o tratamento, além de ser respeitada e tratada em suas condições. O Direito á Saúde é garantido pela Constituição Federal e não deve ser negado.
A doação após a morte não viola o coro do doador. Sua aparência física é preservada e a pessoa é respeitada nos devidos termos clínicos e humanos (esse é um direito que consta na Constituição Federal). Nesses casos, a doação ocorre após a confirmação da morte cerebral. A morte cerebral é um estágio que levará à parada cardíaca e respiratória. Tais funções podem continuar por um curto período de tempo, em muitos dos casos por ajuda artificial, todavia a pessoa já se encontra em iminente estado de morte. É essencial que a doação ocorra enquanto ainda há irrigação sanguínea, caso contrário muitos órgãos não podem ser aproveitados e muitas vidas são perdidas. Portanto, é muito importante a autorização da doação após a confirmação da morte encefálica.
Esta deve ser atenciosamente comprovada através de repetidos exames neurológica e outros exames complementares, como um eletroencefalograma ou arteriografia. Esses testes só podem ser feitos por médicos que não sejam da equipe de captação e transplante. Apenas depois da constatação da morte encefálica e de todas as tentativas de reanimação ter sido realizada que se pode analisar a questão acerca de um possível transplante.
Os médicos têm obrigação de se esforçar ao máximo para salvar o paciente. Para haver doação pós-morte há os seguintes requisitos: ter a identificação e o registro hospitalar do paciente, ter conhecimento da causa da morte, não apresentar temperatura abaixo de 35 graus, não haver no organismo drogas depressoras do Sistema Nervoso Central e não haver hipotensão arterial. O momento da morte de um ente querido é extremamente delicado e deve ser respeitado.
Os médicos têm o dever de explicar claramente que a morte cerebral significa o falecimento daquela pessoa mesmo que ainda haja batimentos cardíacos e respiração. Ninguém pode obrigar uma família a doar os órgãos da pessoa falecida, todavia é de extrema importância a família ter consciência de como esse ato é essencial para salvar a vida de terceiros.
Em casos de doação após a morte, as famílias são responsáveis por decidir se haverá ou não doação. Por isso quem quer ser um doador deve conversar com os familiares e deixar claro que em situação de morte deseja que seus órgãos e tecidos sejam doados para salvar e melhorar a qualidade de vida de terceiros. Não é necessário deixar documentos por escrito, apenas se assegurar de que a família entenda o desejo de doação. Os familiares devem garantir que autorizarão o procedimento após a confirmação da morte cerebral.
As filas de transplantes são imensas para todos os conjuntos sociais, entretanto são muito maiores para jovens. Autorizar a doação de órgãos e tecidos de crianças e adolescentes é um admirável ato de solidariedade que salva vidas que ainda estão começando e tem tudo para serem plenamente aproveitadas. Não se deve descartar a doação de órgãos e tecidos de pessoas idosas. O estado de saúde é mais importante do que a idade e quem avalia essa questão é a equipe médica.
A família não pode escolher quem será o receptor dos órgãos; essa escolha cabe à Central de Transplantes que leva em consideração compatibilidades físicas, gravidade da doença e tempo de espera. De qualquer forma (quem quer que seja o receptor) a certeza de que todos os esforços convergem para a melhoria de vidas já basta para estimular a conscientização acerca da importância da doação.
O avanço científico abriu portas para a possibilidade da transplantação em vida. Para ser doador nesse caso há a necessidade de compatibilidade sanguínea e de vários outros fatores clínicos que devem ser minuciosamente levados em consideração pelos médicos. A doação em vida requer que o órgão doado seja duplo (como o rim ou pulmão) ou tenha a capacidade de reconstituição (exemplo: o fígado), ou seja, um tecido que ao ser transplantado não cause morte ou invalidação do doador (como a medula óssea).
A Lei Brasileira sobre transplantes não permite que a doação afete de maneira grave a qualidade de vida do doador. A pessoa que está disponibilizando-se para ser doadora deve ser familiar do receptor até 4° grau e estar ciente de todas as implicações da transplantação. Em casos em que não há relação de parentesco, a doação também é possível, todavia necessita de uma autorização judicial que deve ser buscada o mais rápido possível.
Tipos de Transplante
1- Autoplástico – é aquele que retira de um indivíduo tecidos ou células e os transfere para implantação em outro local do seu próprio organismo.
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