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A Imagem Da Mulher Nas Revistas Femininas

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Por:   •  31/8/2014  •  696 Palavras (3 Páginas)  •  449 Visualizações

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A Imagem Da Mulher Nas Revistas Femininas

Para se construir uma imagem á respeito do papel feminino nas revistas femininas, é imprescindível analisar a revolução da leitura e evolução da escrita, onde a partir dos suportes de veiculação da palavra, cada texto é formado para cada tipo específico de leitor, que por meio da expressão em sua subjetividade define o perfil do leitor, o mesmo será escrito com um destinatário certo em um determinado contexto social, ou se portando como veículo de massa, inserido na cultura, que é o caso dos jornais e revistas.

Com a evolução da mulher na sociedade, com o surgimento da pílula anticoncepcional na década de sessenta e a possibilidade de ingresso no mercado de trabalho, os textos dirigidos a esse público supostamente também deveriam ter evoluído. E é assim que se apresentam como tendo acompanhado as transformações femininas, tratando-as como “mulheres modernas”. No entanto, não é o que se percebe em uma análise um pouco mais aprofundada: os assuntos tratados nas revistas femininas, mesmo que, por vezes, de forma velada, ainda conservam os valores mais superficiais relacionados à mulher como beleza, moda e fofocas.

Ou seja os textos relacionados ao público feminino sempre estiveram no mesmo patamar de preocupação com o lar, família e estética onde não se permitia fazer uma reflexão sobre temas que não lhe eram cabíveis quanto ao seu papel de esposa e mãe. Nasce aí a preocupação de que a mulher se tornasse perigosa por se inspirar e ter dúvidas sobre questões que lhes são facilmente impostas. No entanto o perfil não mudou, está apenas disfarçado através das publicações textuais referentes a beleza, moda e sexo ,entre outras questões fúteis.

O que acontece, porém, é que as mulheres começaram lendo romances e esse tipo de leitura tornou-se estereotipada: as mulheres lêem romances, poesias e livros de culinária enquanto que os homens aprofundam seus conhecimentos profissionais e interessam-se mais por leituras científicas e teóricas. Tanto que Abreu (2001) identifica dois modos de contato com o escrito: “a leitura de instrução, associada aos livros técnicos e ao universo masculino, e a leitura de entretenimento, vinculada à literatura e ao mundo das mulheres e crianças”.

E assim, multiplicam-se os manuais de como ser mulher, de como ter o corpo em forma, de como se vestir, portar-se, seduzir seu parceiro,... E assim intermináveis doutrinamentos que regram a vida de pessoas, que mesmo sem tais manuais conseguem ser profissionais competentes, mães, donas-de-casa, esposas, representando inúmeros papéis diferentes em uma sociedade que ainda as vê como aquelas que foram leitoras dos primeiros romances.

Com base na análise de duas revistas renomadas: Ana Maria e Marie Claire é possível notar que as leitoras possuem a mesma imagem, o ideal estereotipado de seguir o modelo do sistema econômico, seja no padrão de beleza relacionado a forma física, na alienação em seguir a moda, ou até mesmo nos padrões familiares, onde é mais visível os manuais de ser mulher em serviço a marido e filhos. Contudo pode ser observado que o que diferencia essas revistas é o potencial de consumo.

Assim a forma de se ver a mulher é a de que o mundo que lhe pertence é o lar, e o que acontece fora de sua casa não lhe interessa, é exclusivo ao

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