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A Importâncias Das Brincadeira Na Educação Infantil

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Por:   •  30/8/2014  •  9.791 Palavras (40 Páginas)  •  493 Visualizações

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A IMPORTÂNCIA DAS BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL

INTRODUÇÃO

Desde que temos notícia, desde a época da Antigüidade, o homem sempre brincou.

Pôr mais de 2000 anos em que predominaram a produção de bens rurais, até o final do século XVIII, o brincar constituía uma atividade comum a adultos e crianças. Ainda hoje em várias regiões do mundo onde predominam sociedades rurais, esse brincar coletivo, elemento da cultura, do riso e do folclore, continuam vivos. Nestes contextos, o brincar tem como característica ser, sobretudo corporal, socializado e prescindir de objetos e/ou brinquedos.

Com o advento da sociedade industrial no final do século XVIII, início do século XIX, na qual predominava a produção de bens em grande escala, a atividade lúdica modifica-se. Torna-se fragmentada passa a fazer parte especificamente da vida das crianças e ao mesmo tempo afasta-se do sentido "pedagógico" e da escola, perdendo os objetivos educacionais.

Estes fenômenos são acompanhados do surgimento do brinquedo industrializado, a institucionalização da criança, um movimento da mulher para o mercado de trabalho que, aliado à falta de espaço e segurança nas ruas das grandes cidades, transforma o brincar em uma atividade mais solitária e que acontece em função do apelo ao consumo de brinquedos.

Estamos virando mais uma página da nossa história, adentrando o século XXI, inseridos na sociedade pós-industrial que se caracteriza pela produção de serviços, informática, estética, símbolos e valores.

Neste contexto globalizado vivenciamos grandes contradições, grandes avanços nas comunicações, uma aceleração descontrolada de informações e descobertas. O aumento da longevidade do ser humano graças aos avanços da medicina, aumento crescente do desemprego e como conseqüência mais tempo livre para os adultos e menos tempo para as crianças. O incremento da violência, crescente poluição de lixo, visual e sonora, tem acarretado a mudanças de hábitos, menos recreação e visível piora na qualidade de vida.

Na infância e na adolescência, é primordial estimular a atividade recreativa como forma de crescimento e desenvolvimento da personalidade. Em todos os aspectos da natureza humana (físico, mental e moral-social), o brincar é um fenômeno universal que tem atravessado fronteiras e épocas, passando por várias transformações, e, cada vez mais, perpetuando-se na sua essência.

Precisamos criar um novo modelo baseado no tempo livre na companhia das crianças. Vivemos uma época caracterizada pela flexibilidade, a emotividade conjugada com a racionalidade, os valores do feminino, a criatividade, a individuação, a estética.

Além das pesquisas realizadas sobre o brincar voltadas para as áreas da saúde e da educação, surge, por um lado, no mundo todo, uma preocupação com o resgate do brincar, nas diferentes regiões do mundo, enquanto patrimônio lúdico-cultural.

Esta tendência leva a um movimento de valorização de brincadeiras tradicionais regionais, contextualizadas nas diversas culturas e épocas, afirmando-se o brincar como um fenômeno universal de grande.

Constatamos então, que a ludicidade é tudo quanto diverte e entretém o ser humano e envolve uma ativa participação. Uma atividade de trabalho pode tornar-se lúdica uma vez que a atitude de quem a exerce esteja caracterizado pelo prazer, espontaneidade, liberdade e fim intrínseco. Estudar é tanto mais proveitoso quanto mais jogo ele for para nós.

A ludicidade se processa tanto em torno do grupo como, das necessidades individuais, recrear é educar, pois permite criar a satisfazer o espírito estético do ser humano, oferece ricas possibilidades culturais. Orientar através do lúdico é suscitar prazer pôr atividades recreativas tais, que o ser humano passa desenvolver ao máximo o potencial que traz ao nascer. É lidar com crianças, adolescentes ou adultos, estimulando-os a um contínuo aperfeiçoamento.

Com isto queremos a verdadeira finalidade da educação, que é de desenvolver e fortificar o corpo sob o ponto de vista estático e dinâmico, contribuir para o aperfeiçoamento total do indivíduo.

As três instituições: “Igreja, Família e o Estado”, responsáveis pela educação, devem valer-se do processo natural de recreio como meio eficaz de muitos dos seus ensinamentos e têm também responsabilidade em propiciar meios adequados à realização de atividades recreativas.

A Escola deve agir como facilitador ao ser humano em seu desenvolvimento. A participação na experiência acumulada pelos antepassados, dando-lhes conhecimentos básicos indispensáveis ao desenvolvimento da personalidade com o sentido de que cada um dê à sociedade sua mais alta contribuição.

Através de atividades lúdicas surge o espírito de união, de colaboração e de responsabilidade.

Sabemos que é possível ao ser humano adquirir e construir o saber, brincando. Brincando aprendemos a conviver, a ganhar ou perder, a esperar nossa vez e lidamos melhor com possíveis frustrações. Vários estudos comprovaram que o desenvolvimento infantil é um processo que depende das experiências anteriores das crianças, do ambiente em que vive e de suas relações com esse ambiente.

Deve-se considerá-la como um sujeito em desenvolvimento que explora as situações e formulam significados, assumindo ações. O processo de desenvolvimento ocorre de forma diferente em cada criança e cada uma alcança determinados estágios em momentos também diferentes.

Conhecendo os principais estágios do desenvolvimento infantil a diferença existente entre as crianças é possível estabelecer alguns princípios gerais que orientam a metodologia a ser adotada na execução das atividades da Educação Infantil.

Em primeiro lugar, as atividades devem ser centradas nos interesses das crianças e organizadas de modo a respeitar as condições de realização de cada uma delas.

Em segundo lugar as atividades da educação infantil serão sempre globalizadas, isto é, não existirão horários estanques com objetivos específicos a serem alcançados por um único tipo de atividade, como a hora da linguagem ou da música, etc.

O trabalho organizado seguindo esta metodologia deverá ser definido em conjunto com os professores e equipe técnica de cada unidade, oferecendo um fio condutor para as atividades realizadas com as crianças, garantindo um significado concreto e a possibilidade de um trabalho que integre as diversas áreas de conhecimento. É relevante resgatar o “lúdico” no contexto escolar, de modo que esse processo trabalhe com a diversidade cultural e desperte

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