A MÍDIA ESPORTIVA COMO COMPONENTE CURRICULAR NA FORMAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA NA BAHIA (BRASIL)
Artigos Científicos: A MÍDIA ESPORTIVA COMO COMPONENTE CURRICULAR NA FORMAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA NA BAHIA (BRASIL). Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: cvsantana • 23/2/2015 • 3.777 Palavras (16 Páginas) • 588 Visualizações
UNIVERSIDADE TÉCNICA DE LISBOA
Faculdade de Motricidade Humana
CRISTIANO VIEIRA SANTANA
A MÍDIA ESPORTIVA COMO COMPONENTE CURRICULAR NA FORMAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA NA BAHIA (BRASIL)
Lisboa - 2010
CRISTIANO VIEIRA SANTANA
A MÍDIA ESPORTIVA COMO COMPONENTE CURRICULAR NA FORMAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA NA BAHIA (BRASIL)
Trabalho apresentado como requisito de avaliação parcial da disciplina Teoria Curricular e Avaliação, do curso de Mestrado em Ciências da Educação da Universidade Técnica de Lisboa – Faculdade de Motricidade Humana.
Avaliador: Prof. Doutor Carlos Januário
Lisboa - 2010
1. INTRODUÇÃO
O presente trabalho deu-se, não só, no afoitamento diante da possibilidade de ampliarmos o nosso entendimento acerca de uma temática tão ampla e cheia de subterfúgios comunicativos, como também uma tentativa de içar a realidade dos cursos formadores em Educação Física do Estado da Bahia no trato com a mídia, buscando um legítimo aprofundamento na relação desta com este “fenômeno sociocultural” chamado Esporte.
Foi neste passo, e pensando na relevância deste estudo, que de antemão questionei-me: porque estudar a mídia esportiva na formação acadêmica? Qual o sentido de entendermos como este fenômeno vem se desenvolvendo na formação em Educação Física?
Na busca destas indagações, desenvolvi uma visão acadêmica lançando mão de alguns estudiosos que já respondem tais questionamentos de forma bastante segura.
Entretanto, vemos que os processos de mudanças tecnológicas são contribuintes de um novo cenário comunicativo em torno das ações sociais. E isso não se distancia das salas de aula. Inclusive das instituições de ensino superior!
Pensando o curso de formação de professores como algo que está além de uma simples formação profissional, mas que alcança patamares de reflexões que nos leva a pensar, inclusive, na própria maneira de informar o que nos apropriamos como conhecimento, nos faz questionar: Como os cursos de graduação em Educação Física na Bahia tratam a mídia esportiva, nos seus atos curriculares?
Em linhas gerais, o presente trabalho monográfico se configurou, principalmente, com objetivo de (re)conhecer a mídia esportiva na formação acadêmica e através deste situar um novo horizonte aos cursos de formação em Educação Física na Bahia.
Numa abordagem mais específica da pesquisa, e a fim de demonstrar os desdobramentos de suas ações, pretendemos:
• Elencar os cursos de formação em Educação Física no Estado da Bahia, a partir de dados do MEC (Ministério da Educação/Governo Federal Brasileiro), com intenção de medir, com precisão, o nosso campo de pesquisa;
• Comparar e diagnosticar, a partir dos seus componentes curriculares, as formas e tratos com a Mídia Esportiva.
Pensamos, que do ponto de vista documental, conseguimos absorver a realidade do que se sugere ao tratamento da temática nos cursos de Educação Física na Bahia. Já do ponto de vista científico, temos mais uma contribuição para esta discussão e quem sabe a partida para a superação de dilemas no campo acadêmico da Bahia acerca do esporte, da mídia e da formação em Educação Física, suplantando desde já uma progressão do estudo para um cenário nacional.
Todavia, diante desta ampla jornada acadêmica pela qual passo (e finalizo uma etapa), e dos mais variados temas abordados na Educação Física que tomei conhecimento, observo neste trabalho um mecanismo norteador da formação acadêmica e a possibilidade de sugestões de novos caminhos em torno desta temática, que aqui considero de extrema importância para formação crítica, social e cultural da sociedade.
2. REVISÃO TEÓRICA LITERÁRIA
Em um diálogo sucinto com o dito, a respeito dos conhecimentos curriculares e seus atos, poderíamos afirmar que os currículos nascem e se estruturam com a concepção de organizar e estabelecer critérios de níveis e/ou patamares de conhecimento.
Neste sentido podemos perceber essa estrutura com a preocupação de Macedo (2007, p.33 apud GALLO, 2004) em “discutir a perspectiva disciplinar como orientação curricular” (grifo nosso), onde aponta, já em épocas clássicas, a necessidade de se estabelecer estruturas de formação através de conhecimentos distintos e separados por área. Avalia também, que nessa época o currículo se caracterizava como algo definido como “plano de estudos” sem deixar de lado a sua forma original de se organizar por distinção do conhecimento, ou seja, por áreas.
Neste sentido o próprio autor aponta que:
Convencidos de que o mundo não poderia ser abarcado na sua totalidade pela compreensão humana, para os educadores clássicos a saída era dividir o conhecimento em áreas. A hiperdisciplinarização e sua proliferação vão se constituir na opção da modernidade cientifica, no que concerne à organização das formações institucionalizadas (MACEDO, 2007, p.34).
Dessa forma, para que possamos entender os questionamentos críticos, torna-se necessário fundamentar o que acreditamos serem as ações curriculares. Por isso, trouxemos novamente o pensamento de Macedo (2007), quando conceitua que atos de currículo são:
[...] todas as atividades que se organizam e se envolvem visando uma determinada formação, operacionalizadas via seleção, organização, formulação, implementação, institucionalização e avaliação de saberes, atividades, valores, competências, mediados pelo processo ensinar/aprender ou sua projeção. (p.38)
Entretanto, o que devemos considerar diante da perspectiva crítica na história dos currículos é a forma como os críticos
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