PRATICA COMO COMPONENTE CURRICULAR

O ouvido, a boca e o olho: a psicanálise entre o apagamento e a memória dos lugares da linguagem

A história da linguagem é apresentada como uma somatória de vivências do sujeito. Freud postulou modos pelos quais o sujeito adquire a linguagem como função comunicativa ( segundo a interpretação proposta para a primeira vivência, som que é entendido pelo outro como mensagem) atributiva ( som que atribui ao outro uma qualidade) e significativa ou representativa (som que significa um objeto do mundo).Em cada uma dessas experiências a ênfase está colocada em um elemento diferente da primeira, importa o que chegaria ao ouvido do outro, na segunda a imagem motora reproduzida do próprio corpo, na terceira, as percepções do objeto entre as quais se apresenta um som ( quer produzido pelo próprio objeto, quer pelo corpo próprio com reações espontânea.

O que era compreendido por Jakobson no mesmo polo metonímico da linguagem, como fenômeno de contiguidade, passa em Lacan a conter a própria oposição entre os dois polos de funcionamento linguístico, enquanto aquilo em Jakobson se opunha a esses (as similaridade do símbolo) desaparece para Lacan a linguagem é tomada apenas como funcionamento do ouvido (código), e da boca (atribuição).

Uma investigação sobre a linguagem será em Lacan, portanto tanto motivo de um percurso que a regenera como também caminho pelo qual essa mesma poderá se inscrever em outro lugar. ''Não há metalinguagem, mas o escrito que se fabrica da linguagem, é material talvez forte o bastante para que aí se transformem nossos propósitos. ''

A linguagem é algo importante para nossa comunicação quer seja verbal ou não verbal. A linguagem é o instrumento com que o homem pensa sente, forma estados de alma, aspirações, volições o instrumento com que influência, o fundamento último e mais profundo da sociedade humana. A linguagem nasce da necessidade que temos de comunicação, nela e com ela, o homem interage com o mundo, por isso a importância das escolas incentivarem seus alunos ao hábito da leitura, e assim desenvolver intelectualmente cidadãos mais críticos.

Referência

CANEPPELE, Alessandra. O ouvido, a boca e o olho: a psicanálise entre o apagamento e a memória dos lugares da linguagem. Ágora (Rio J.), Rio de Janeiro, v. 10, n. 1, June 2007. Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-14982007000100004&lng=en&nrm=iso>. Access on 14 May 2014. http://dx.doi.org/10.1590/S1516-14982007000100004.

VIRTUDE E AMOR EM ROSSEAU

Ao apontar para a incompatibilidade entre ciência e a virtude, rompeu o vínculo considerado indissolúvel entre consciência moral e consciência cultural para dar lugar a relação entre natureza e eticidade, entre natureza e civilização, revolucionando as bases justificadoras da educação. Defendeu a bondade natural do homem, a possibilidade dos sentimentos naturais conduzirem a vida individual. O ataque frontal a sociedade de seu tempo teve como um pressuposto a possibilidade de construção de uma sociedade voltada para valores públicos. Uma proposta de pensar a sociedade a partir do indivíduo, pois os problemas sociais e psicológicos do indivíduo