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A PSICOMOTRICIDADE E A LUDICIDADE NA ELABORAÇÃO DA APRENDIZAGEM

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Por:   •  5/10/2013  •  3.431 Palavras (14 Páginas)  •  1.402 Visualizações

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Canela

2012

OLHAR PSICOPEDAGÓGICO PARA PROMOVER A LUDICIDADE E A PSICOMOTRICIDADE NO ESPAÇO ESCOLAR

Joanete Pistorello Dalanhol¹

Resumo: Este trabalho trata do tema “Uma abordagem sobre os métodos da psicomotricidade e da ludicidade para trabalhar crianças com dificuldades de aprendizagem e suas várias formas”. Entre elas podemos citar: a psicomotricidade como parte da inclusão e o jogo na sala de aula. A busca pelas formas de ensinar para os alunos com dificuldades de aprendizagem atualmente torna-se o interessante pelo processo no qual a lei que exige a matricula de todos os alunos na rede regular de ensino.

Palavras-chave: Aprendizagem, dificuldades, mediação, inclusão, brincadeiras.

INTRODUÇÃO

O objetivo deste artigo surgiu através do interesse de refletir sobre as formas de ensino. Atualmente os métodos de aprendizagem em ambientes escolares, ainda continuam a cumprir uma prática tradicional e para que esse processo de mudança ocorra, cabem a nós psicopedagogos mediarem esse trabalho, dando suporte e apoio necessários ao professor em sala de aula. É importante acompanhar o processo de ensino e aprendizagem dos alunos com dificuldades de aprendizagem.

Da Resolução CNE no. 02, de 11 de setembro de 2001. Definem o educando com necessidades educacionais especiais como sendo os que apresentam: “dificuldades acentuadas de aprendizagem ou limitações no processo de desenvolvimento que dificultem o acompanhamento das atividades curriculares”; vinculadas a uma causa orgânica específicas ou relacionadas a condições, disfunções, limitações ou deficiências; “dificuldades de comunicação e sinalização diferenciadas dos demais alunos, demandando a utilização de linguagens e códigos aplicáveis”; “altas habilidades / super-dotação, grande facilidade de aprendizagem que o leve a dominar rapidamente conceitos, procedimentos e atitudes”.

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¹Estudante do Curso de Psicopedagogia Clínica e Institucional da Fafipa - Censupeg

Como psicopedagoga, observo que a criança necessita desenvolver-se por meio de estímulos e motivação para colaborar na sua formação. Através desses estímulos, propor ações motivadoras para ajudá-las a compreender, a usufruir dos benefícios do próprio corpo. É possível mudar a realidade e contribuir para continuidade mais favorável das ações. Sabe-se que, normalmente, esse trabalho de mediação do psicopedagogo não ocorre de forma imediata, devido à resistência e ao medo de mudança por parte do grupo em que esse profissional atua. Percebe-se que, em geral, as mudanças não ocorrem de uma hora para outra, pois elas exigem um clima de confiança, amadurecimento de idéias novas, bem como momentos de reflexão e disposição de todos os profissionais envolvidos nesse processo, dentro da escola.

Um psicopedagogo, com uma preparação técnica em psicomotricidade e ludicidade, com instrumentos adequados para serem utilizados em sala de aula poderá colaborar com os professores e ajudar os alunos minimizando as dificuldades encontradas na aprendizagem. Acredito que buscando mais qualificação e se utilizando das ferramentas necessárias, haverá uma garantia da melhora na qualidade de ensino, através de recursos diferenciados e lúdicos.

É possível induzir situações e realizar atividades adequadas para um bom desempenho, cognitivo, afetivo, psicomotor e de linguagem para que estejam interligados, visando um maior desenvolvimento funcional motor da criança.

Percebemos que se o aluno não aprende com prazer, não poderá desenvolver sua aprendizagem dentro dos ditos normais. A sala de aula, dessa forma, deve ser um espaço de confiança, de liberdade para a criatividade, mas com limites, de conteúdos interdisciplinares, de inclusão dos diferentes, de aceitação do novo e de afetividade. Nesse espaço de interação, a aprendizagem efetivamente irá ocorrer, pois o sucesso escolar está na realização de um trabalho com prazer.

Através da Psicomotricidade e da ludicidade o professor com auxílio de um psicopedagogo, pode proporcionar a criança, algumas condições de superar dificuldades, confiar mais em todas suas potencialidades, passar a agir na sala de aula e em todos ambientes, com mais segurança e desenvolver melhor sua coordenação global, para favorecer na aprendizagem escolar.

A criança não vive sozinha suas dificuldades; ela as vive no “grupo classe”, e é não somente do professor, mas também de seus colegas que ela recebe a sua imagem. (LAPIERRE, 1988, p.14-15).

DIFICULDADES ENCONTRADAS EM SALA DE AULA

Muitas das dificuldades apresentadas pelos alunos podem ser sanadas no decorrer da nossa prática dentro da sala de aula, quando percebemos que a psicomotricidade, prioriza a relação corporal afetiva, a livre expressão, o reconhecimento da produção das crianças, a potência de cada um em função das possibilidades que se manifestam.

Segundo Wallace e McLoughlin (1975, p.7), “as crianças com dificuldades de aprendizagem possuem um obstáculo invisível, pois se apresentam normais em vários aspectos, exceto pelas suas limitações no progresso da escola”.

Segundo o autor, quando observamos as crianças em suas brincadeiras fora da sala de aula, nem sempre percebemos suas dificuldades de aprendizagem, em função de tornarem-se invisíveis aos nossos olhos. Só percebemos no momento em que elas são cobradas para aprender à leitura, a escrita, os números, os cálculos, nas provas e ditados. Muitas vezes observo que os professores ficam sem saber como trabalhar quando detectam essas dificuldades, parece que nada foi ensinado a esse grupo de crianças. Sabemos que foi ensinado tudo igual para todos. Então neste momento o profissional em psicopedagogia, participa na elaboração de atividades que venham sanar estas dificuldades, juntamente com o professor que esta em sala de aula.

Para Vasconcellos,

o conteúdo que o professor apresenta, precisa ser trabalhado, refletido, reelaborado, pelo aluno, para se constituir em conhecimento dele. Temos que superar essa grande farsa do sistema de ensino: fingimos que ensinamos, os alunos fingem que aprendem e os pais fingem que estão satisfeitos...(2002, p.55).

O professor que atua em sala de aula necessita e precisa capacitar-se, para poder promover a educação integral da criança. Muitos problemas

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