A Paralisia Cerebral (CP)

A paralisia cerebral (CP) é representada por um grupo de distúrbios com características de movimento alterado, postura e tônus. Esses distúrbios são causados devido ao dano não-evolutivo do sistema nervoso central, o que impossibilita o desenvolvimento completo deste sistema ainda no útero, no momento do parto ou nos primeiros anos de vida, que pode acontecer devido há alguma ocorrência como é o caso de convulsões por exemplo, que podem acarretar em PC nos primeiros anos de vida da criança. O dano não é progressivo e enfraquece de forma variável a coordenação da ação muscular, resultando na incapacidade da criança de manter posturas e realizar movimentos normais, podendo, com o passar do tempo, ter mudanças em suas manifestações clínicas.  São classificada pela localização do corpo do comprometimento neuromotor, e as mais comuns são tetraparesia, hemiparesia e paraparesia e por tipo de alteração de tônus ​​e postura: athetoide, atáxica, hipotônica, espástica e mista, sendo a espática a mais comum e que acomete cerca de 80% dos indivíduos.

As principais causas da PC em primeiro lugar estão a anoxia perinatal devido aos partos anormais ou muito prolongados, em segundo lugar a prematuridade e em terceiro lugar e menos freqüente está às infecções pré-natais como rubéola, toxoplasmose, citomegalovírus e infecções pós-natais, como meningite.

Pacientes com CP sofrem de diminuição da oxigenação cerebral, que afeta áreas de controle de deglutição. As paralisias motoras da paralisia cerebral são muitas vezes acompanhadas de distúrbios da sensação, percepção, cognição, comunicação e comportamento, pela epilepsia e por distúrbios músculo-esqueléticos secundários. Que podem levar a mudanças na deglutição, pois mudam as fases antecipada, preparatória, oral, faríngea e esofágica, causando assim limitações de atividade atribuídas a distúrbios não progressivos que ocorrem no cérebro da criança em desenvolvimento, fazendo com que a criança tenha dificuldades nos processos de comer e engolir, dificultando a hidratação e uma nutrição adequada, o que compromete o estado nutricional. (MENEZES, Flávia Aparecida Hora Santos, et al. Disfagia da paralisia cerebral: uma revisão sistemática. Scielo 2017.)

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A avaliação funcional da criança com PC deve ser feita de maneira individualizada e ser realizada por uma equipe multidisciplinar. O intuito dessas avaliações é coletar o máximo de informações da atividade funcional da criança e, assim, facilitar a determinação dos objetivos do tratamento, a avaliação é dividida em dois grupos o primeiro é a avaliação da estrutura e função corporal sistema musculoesquelético, mobilidade, locomoção; e avaliação das atividades as habilidades de vida diária: alimentação, vestuário e higiene. O segundo grupo é a de participação, socialização e vida em comunidade. (SANTOS, Franciele Cascaes da Silva et al. Instrumentos que avaliam a independência funcional em crianças com paralisia cerebral: uma revisão sistemática de estudos observacionais. Scielo 2016)

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Gross Motor Classification System (GMFCS) é um sistema de classificação em cinco níveis baseado no movimento iniciado voluntariamente, com ênfase no sentar, em transferências e em mobilidade. O nível I inclui crianças e jovens que andam sem limitações; o nível II, limitações para andar por longas distâncias e no equilíbrio; no nível III, a criança anda com dispositivo manual de mobilidade (andador, muletas, bengalas). Crianças e jovens no nível IV geralmente são transportada em uma cadeira de rodas manual ou motorizada. No nível V há limitação grave no controle de cabeça e tronco, requerendo tecnologia assistente extensa e assistência física.