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A RESENHA DOCUMENTÁRIOS

Por:   •  5/7/2017  •  Resenha  •  1.298 Palavras (6 Páginas)  •  154 Visualizações

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Faculdades Integradas do Norte de Minas – Funorte

Disciplina: Cinema – Produção e Linguagem

Professor: Elpídio Rocha neto

3° Período – Noturno

Quatro documentários para refletir o presente

Por Murilo Sobral

        Documentário é um filme não ficcional caracterizado pela exploração da realidade pelo relato de ideias e pode ser a representação fiel ou subjetiva do que se pretende transmitir. Em Sumo, constitui-se de uma narrativa com asserção sobre o mundo, elemento este que se faz presente nas quatro obras assistidas, além de explorar a realidade, como sugere o conceito de documentário.

Cabra marcado para morrer – 1984 – Eduardo Coutinho – Brasil

        As primeiras imagens do documentário faz pensar que se trata de um filme não acabado e a repressão dos militares. Porém, o diretor começa a dialogar sobre a vida de João Pedro Teixeira, explicando sua luta no movimento sindical, operário, sua morte, a impunidade de seus assassinos e outras coisas relacionadas à sua vida política. Logo de início, ouve-se uma musica que alude sobre um país subdesenvolvido e mostra, inclusive, crianças efetuando o trabalho que seria destinado a adultos, e tais fatos são congruentes com a realidade a qual conhecemos.

        Elizabete Teixeira começa a fazer protestos em memória de seu esposo após a sua morte, que chegou ao ponto de o governo caçá-la onde quer que fosse, tendo, posteriormente que mudar de nome. O filme, além de relatar a vida política de João Pedro, retrata também a dura vida dos trabalhadores da comunidade de Sapé e a busca por justiça de Elizabete. A produção de Moore recebeu, em 1985, o prêmio FIPRESCI e Interfilm do Fórum de Cinema Jovem, Recebeu o Tucano de Ouro na categoria de Melhor Filme, o Prêmio da Crítica, o Prêmio OCIC (Ofício Católico Internacional de Cinema) e o Prêmio D. Quixote da FICC (Festival Internacional de Cinema), dentre tantos outros.

Tiros em Columbine – 2002 – Michael Moore – EUA

        O diretor utiliza como base o assassinato de 14 estudantes e dois professores por dois alunos da escola Columbine, nos Estados Unidos para questionar sobre a cultura bélica dos norte-americanos. O documentário faz um comparativo entre Estados Unidos e o Canadá, ambos tem a cultura de caça e, consequentemente, um grande número de armas. Ao contrário do Canadá, os Estados Unidos acumula mais de 11 mil mortos por armas de fogo ao ano, tendo como justificativa a intolerância e o preconceito da população norte-americana. O uso da arma de fogo é trazido como uma forma de autodefesa, o que justifica a cultura dos norte-americanos de ter uma arma dentro de casa. A produção ganhou o Prêmio Bodil de Melhor Filme Americano em 2004, prêmio Prêmio Independent Spirit de Melhor Documentário, em 2003, e mais outros quatro, também em 2003. Segundo Mattos (2003), “pode não ser defensável por um código de ética que presidiria o documentário, mas não deixa de ser válido se pensarmos que o objetivo de Moore é mais uma ação política que um retrato purista da realidade”.

Santiago – 2007 – João Moreira Salles – Brasil

        O documentário retrata a vida do mordomo homônimo que trabalhou durante 30 anos para a família de Salles. O filme começa a ser feito em 1992, mas só em 2005 Salles decidiu voltar às nove horas de cenas gravadas para lança-lo. O filme é também uma homenagem póstuma ao mordomo, que faleceu pouco depois das filmagens. O personagem Santiago nasceu na Argentina, começou a trabalhar com uma família aristocrática em Buenos Aires, o que fez despertar paixão sobre tudo o que referisse à reis e rainhas, não se importando com a nobreza em geral. A produção foi vencedora do Grand Prix Cinéma du Réel, como melhor documentário em Paris, 2007, do Troféu Grande Otelo como melhor documentário de longa metragem e melhor edição no Rio de Janeiro, 2008, entre outros na Itália a Londres, também em 2007.

Fahrenheit 11 de setembro – 2004 – Michael Moore – EUA

        O filme começa mostrando o desespero e o pânico da população de Nova Iorque. Civis, militares, agentes e bombeiros chocados com as torres pegando fogo. Ironicamente, o presidente Bush estava indo a uma escola e, no caminho, ele fica sabendo que um avião bateu em uma das torres do World Trade Center, mas não interrompe o que estava a fazer. Já na sala de aula, quando a segunda torre é atingida, ele é avisado que o país estava sofrendo um ataque e fica alguns minutos calado sem tomar uma atitude.

O documentário fala ainda sobre as causas e consequências dos atentados de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos, fazendo referência à posterior invasão do Iraque, liderada por esse país e pela Grã-Bretanha.

Além disso, tenta decifrar os reais alcances dos vínculos que existiriam entre as famílias do presidente George W. Bush e a de Osama Bin Laden. A produção ganhou, em 2004, o prêmio Palma de Ouro, prêmio de maior prestígio do Festival de Cinema de Cannes, e o Critics' Choice Award de melhor documentário e o People Choice Award de filme favorito, ambos em 2005.

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