A RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS

A metodologia da Resolução de Problemas (RP) é parte essencial no campo metodológico e epistemológico do ensino de ciências, uma vez que envolve alunos e professores na construção do conhecimento científico contextualizado, no uso de seus aportes teóricos e ferramentas tecnológicas.

Nos campos epistemológico, pedagógico e psicológico, a RP é amparada pela teoria de Larry Laudan, John Dewey e Jerome Bruner respectivamente.

De acordo com Laudan, a ciência progride a partir da resolução de problemas empíricos (qualquer coisa do mundo natural que nos surpreende) e conceituais (representado por alguma teoria).

Os problemas empíricos são classificados em não resolvidos (nenhuma teoria se encaixa na explicação), resolvidos (existe uma explicação relacionada a uma teoria) e anômalos (os dados contradizem as afirmações teóricas).

Quanto aos problemas conceituais, Laudan afirma que estes podem ser internos (uma teoria é logicamente inconsistente e autocontraditória) e externos (está em conflito com outra teoria ou doutrina que seus “partidários” creem que está bem fundada).

No campo da pedagogia, a teoria de Dewey compreende a educação progressiva, onde o ato de educar é objetivado ao todo, importando o crescimento físico, emocional e intelectual do aluno. O princípio é que a aprendizagem seja feita através da realização de tarefas associadas aos conteúdos ensinados. Atividades manuais e criativas ganham destaque no currículo e as crianças passam a ser estimuladas a experimentar e pensar por si mesmas.

Bruner acredita que a aprendizagem é um processo que ocorre internamente e não como um produto do ambiente, das pessoas ou de fatores externos àquele que aprende. O professor tem o papel de instigador da curiosidade do aluno. Difere de Piaget em relação à linguagem. Para ele, o pensamento da criança evolui com a linguagem e dela depende. Para Piaget, o desenvolvimento da linguagem acontece paralelamente ao do pensamento, caminha em paralelo com a lógica.

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