A SEGURANÇA MARÍTIMA E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Por: leomartins3 • 29/11/2017 • Artigo • 1.825 Palavras (8 Páginas) • 230 Visualizações
Faculdade UnYLeYa
MBA em Shipping
Leonardo Barreto Martins
SUMÁRIO
1.Introdução..............................................................................................2
2. Descrição do Assunto............................................................................3
3. Análise Crítica.......................................................................................4
4. Considerações Finais............................................................................6
5. Referências Bibliográficas....................................................................6
- INTRODUÇÃO
Uma das grandes discussões na atualidade é qual modal utilizar, tendo 5 opções para fazer o transporte de mercadoria. Cada um com seus pontos positivos e negativos, levando em conta a confiabilidade, disponibilidade, velocidade, capacidade e frequência. Sendo a confiabilidade a entrega no tempo declarado, a disponibilidade a capacidade de atender as entregas, a velocidade tempo de cada rota, capacidade é a possibilidade de transporte qualquer carga independentemente do tamanho e peculiaridades, sendo por fim a frequência que é a quantidade de movimentação programada. Dessas 5 opções temos os modais rodoviários, aquaviários, ferroviários, aéreos e dutoviários.
As rodovias são as mais conhecidas pelos brasileiros, crescendo desde a década de 50, hoje transporta cerca de 61% da distribuição de insumos e produtos industrializados no país. É considerado um transporte rápido e de rota flexível, porém aconselhado para rotas curtas (de até 400 km). Alguns pontos positivos são a fácil acessibilidade de chega a vários pontos do território nacional, facilidade de contratos, pouca burocracia quanto à documentação necessária para transporte e maior investimento do governo na infraestrutura desse modal comparado aos outros. Já os negativos temos alto custo de fretes acarretado pela alta quantidade de pedágios e combustíveis caros, baixa capacidade de transportar cargas, maiores chances de carga extraviada por roubos e acidentes.
Outro tipo de transporte bastante usado é o ferroviário, adequado para carregar grandes quantidades de mercadoria, que percorrerá uma grande distância e com destino fixo já que este modal não tem a flexibilidade de rota que o rodoviário tem. Caracterizado por um baixo custo comparado aos outros, pela capacidade de levar produtos de grande escala e peso. Sendo ideal para transportar commodities como ferro, produtos siderúrgicos, derivados do petróleo, fertilizantes e outros. O baixo índice de acidentes também conta a favor, dando maior segurança a caga transportada. Porém a falta de investimento é um dos pontos baixos que junto à maior necessidade de transbordo dessas cargas e dependência de outros modais para o produto chegar ao destino final, torna-o muito menos atrativo.
O aéreo traz como principal característica a agilidade e a facilidade de percorrer grandes distâncias, no território nacional e internacional. Um modal que é uma boa opção quando tempo de entrega e segurança são requisitos. A grande limitação de peso, volume e quantidade vem com a solução de transporte de objetos mais frágeis como produtos eletrônicos ou os com curto prazo de validade e consumo. O trânsito livre, aeroportos próximos aos centros urbanos, menor custo com embalagens são alguns dos pontos positivos. Já o custo em geral mais elevado que os demais, necessidade de terminais de acesso e dependência de outros modais levam o transporte por aeronaves um meio de difícil acesso.
O quarto e não menos importante meio de transportar carga é o dutoviário, por meio de implantação de dutos e tubos subterrâneos, submarinos e aparentes. Nele é possível o controle de pressão do produto no tudo, regulando o fluxo. Permite um transporte em longas distâncias de grandes quantidades com baixo custo operacional, mesmo sendo de alto custo e tendo um percurso inflexível. Recomendado para levar fluidos, gases e granéis sólidos com grande segurança e confiabilidade no transporte. Alguns pontos negativos são as necessidades de autorização para implantação do sistema e a possibilidade de acidentes ambientais em grande escala.
Por último e de grande relevância para discussão, vem o meio aquaviário. Indicado normalmente para o carregamento de produtos de baixo valor agregado, mas podendo carregar quase todo tipo de produto como líquidos, sólidos e gasosos. Nesse modal é possível transportar em grande escala como o ferroviário e em longas distâncias como o aéreo, mas com uma rapidez menor. Utilizando vias aquáticas não disputa espaço com os outros modais, porém tem um seguro muito alto das mercadorias. Alguns dos motivos que o meio não é tão valorizado no país mesmo com uma costa muito vasta, são eles a burocracia no desembaraço das cargas, necessidade de terminais especializados para embarque e desembarque e um baixo investimento do governo nesse meio dependendo de empresas privadas para administrar.
Todos os modais são importantes, mas para o trabalho é necessário o foco em três deles. O ferroviário, aquaviário e rodoviário que também são os principais e carregam mais de 95% de todos produtos. A principal discussão é a troca entre as rodovias pelas ferrovias e aquavias. Notando a diminuição da poluição por meio de gases poluentes, diminuição do transito e maior transporte de cargas.
- DESCRIÇÃO DO ASSUNTO
Para um transporte de cargas sustentável é preciso pensar em um modo de transportar mais mercadorias com o mínimo de poluição possível. Analisando as opções de modais, temos como a mais sustentável o aquaviário. Para efeito de comparação da poluição dos gases, uma barcaça com cinco mil toneladas de mercadoria transporta a mesma quantidade que 143 carretas com 35 toneladas cada, ou equivalente a 72 vagões com 70 toneladas cada.
Para notar a carência do setor o Brasil tem 2,6 quilômetros de hidrovias para cada mil quilômetros quadrados de área. Fazendo uma comparação a China tem 11,5, os EUA têm 4,2 e a Argentina tem 4 mil quilômetros de hidrovias para mil quilômetros quadrados de área. Ainda em comparação com esses três países o Brasil é o único deles que transporta mais de 60% das cargas no modal rodoviário, sendo dois deles com dimensões continentais.
Para uma mudança de cultura o governo vem apresentando metas de planejamento de longo prazo no trânsito e transporte brasileiro, de acordo com o Plano Nacional de Logística e Transportes do Ministério dos Transportes (PNLT), a redistribuição da matriz de transportes para obter maior equilíbrio entre os principais modais até 2025. A meta da matriz é transportar 25% pelo modal aquaviário, 35% do ferroviário, 30% do rodoviário e o restando pelas dutovias e aerovias. Hoje o Brasil transporta cerca de 61% por rodovias, 21% em ferrovias, 14% em hidrovias e o restante por dutos e aeronaves.
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