A Tuberculose No Brasil

JUSTIFICATIVA

A definição deste tema parte da necessidade de informar para a população quais são os desafios para o tratamento da TB e os principais fatores que levam a população ao abandono do tratamento.  No Brasil, a tuberculose é um sério problema de saúde pública, com profundas raízes sociais. A cada ano, são notificados aproximadamente 70 mil casos novos e ocorrem 4,5 mil mortes em decorrência da doença. De acordo com os dados da Secretaria de Vigilância em Saúde (BRASIL, 2010), a tuberculose pulmonar é um dos grandes problemas na saúde pública do Brasil, está distribui-se com desigualdade, sejam elas econômicas, sociais, biológicas ou culturais.  

A tuberculose é uma doença de notificação compulsória e de investigação obrigatória no país. O propósito da vigilância epidemiológica é fornecer informações técnicas de forma permanente para os profissionais de saúde que têm a responsabilidade de decidir sobre a execução de ações de controle de doenças e agravos, tornando disponíveis informações atualizadas sobre sua ocorrência, bem como dos fatores que a condicionam, numa área geográfica ou população definida (BRASIL, 2005).

A importância deste trabalho sobretudo, é contextualizar a TB enquanto doença de caráter eminentemente social, cujos impactos vão além das alterações biológicas trazidas com a enfermidade. Com tudo, o ambiente onde o indivíduo reside e a forma como ele vive estão associados diretamente a eficácia do tratamento ou também ao seu abandono, por isso se faz necessário ter uma relação íntima e quase indissociável entre paciente e o profissional de saúde, onde devem buscar inserir políticas públicas e sociais em saúde que visem mostrar ao paciente que a tuberculose tem cura e o tratamento é gratuito e disponibilizado pelo Sistema Único de Saúde.

PROBLEMA

Quais os desafios para o tratamento da Tuberculose por parte dos profissionais de saúde para que ocorra a aceitação do tratamento pelos pacientes?

De acordo com os dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), no Brasil a taxa de abandono do tratamento da TP é alta, situa-se em 17%. Dessa forma o paciente que não adere ao tratamento continua doente e permanece como fonte de contágio para outras pessoas.

Existem diversos fatores de risco associados ao abandono do tratamento da TP, podendo citar alguns como: baciloscopia negativa no diagnóstico, uso diário de bebida alcoólica, não apresentar melhora clínica, efeitos colaterais do medicamento ou até mesmo a quantidade de drogas a ser ingeridas, ou simplesmente pela forma com que os profissionais de saúde se comportam com os pacientes, muitas vezes julgando-os ao em vez de conhecê-los e entende-los melhor.

 “Muitas pessoas abandonam o tratamento, que leva em média seis meses, nas primeiras semanas é quando os pacientes têm a sensação de estarem curados, porque se sentem melhor, ganham apetite e peso. Isso ocorre porque a carga do bacilo diminui, mas com o abandono essa carga volta rapidamente e pior, muitas vezes já com características de resistência” (Barreira, et al, 2012).

O abandono ao tratamento é um dos mais sérios problemas encontrados para o controle da tuberculose, pois facilita o desenvolvimento de bacilos mais resistentes tornando assim mais difícil o tratamento, onde, implica na persistência da fonte infecciosa, aumentando as taxas de mortalidade.

OBJETIVOS

Geral

• O que causa a tuberculose pulmonar e porque os pacientes abandonam o tratamento.

ESPECIFICO

• Qual a incidência da tuberculose pulmonar no município de serrinha.
• Fatores associados ao abandono do tratamento da TP.

REVISÃO DA LITERATURA

Segundo Campos (1996), a introdução da tuberculose no Brasil se deu por meio dos colonizadores portugueses. Ocorre que os padres jesuítas eram enviados com o intuito de catequização dos nativos, mas também em busca da cura para sua doença em função do clima tropical.

A descoberta do bacilo tuberculoso Mycobacterium tuberculosis pelo alemão Robert Koch ocorreu em 24 de março de 1882. Em sua homenagem, o bacilo também é chamado de bacilo de Koch (CAMPOS, 1996).

A Tuberculose Pulmonar (TP), é uma infecção bacteriana contagiosa que afeta os pulmões, mas pode se disseminar para outros órgãos. A TP é causada pela bactéria Micobacterium Tuberculoses (M. Tuberculoses), as pessoas são como reservatório do bacilo, por não conseguir eliminá-los ou destruí-los passam a conviver com ele, mas, uma vez reativado o foco, passarão a ser infectantes.

É possível contrair a TP ao inalar gotículas de ar provenientes de uma tosse ou um espirro de uma pessoa infectada. O Brasil é um dos países mais acometidos pela doença no mundo, segundo dados da Fiocruz, com registros de 72 mil novos casos da doença e 4,6 mil óbitos por ano, apesar de ser uma das doenças infecciosas mais antigas, o tratamento para a TP é vulnerável, pois, as desigualdades sociais, a insuficiência de pesquisas para que se desenvolvam novos tipos de tratamento e vacinas, o fluxo migratório da população, o abandono do tratamento que gera bactérias mais resistentes às drogas associadas à infecções pelo HIV tornam mais difíceis a continuidade do tratamento.