A Violência Obstétrica
Por: julia20189 • 6/9/2018 • Monografia • 5.680 Palavras (23 Páginas) • 502 Visualizações
INSTITUIÇÃO CENTRO TERRITORIAL DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL DO EXTREMO SUL
3º A TÉCNICO EM ENFERMAGEM
FRANCIELY AGUIAR DOS SANTOS
VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA
Mulheres são seres humanos não animais.
TEIXEIRA DE FREITAS – BAHIA
2018
INSTITUIÇÃO CENTRO TERRITORIAL DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL DO EXTREMO SUL
3º A TÉCNICO EM ENFERMAGEM
FRANCIELY AGUIAR DOS SANTOS
VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA
Mulheres são seres humanos não animais.
Trabalho de Revisão Bibliográfica apresentado ao 3 ano A do curso de Enfermagem, da Instituição CETEPS da disciplina Metodologia Cientifica, como requisito parcial a obtenção do tema Violência Obstétrica tendo em vista o lado invisível do parto.
Orientador: Rodrigo Moreira.
TEIXEIRA DE FREITAS – BAHIA
2018
SUMÁRIO
1. Resumo....................................................................................................................3
2. Introdução...............................................................................................................4
3.Violência Obstétrica durante o parto.....................................................................7
3.1. O Movimento pela mudança nas práticas obstétricas durante o parto.........10
4. Considerações Finais...........................................................................................13
Referências Bibliográficas......................................................................................16
1.Resumo
Com o objetivo de buscar e relatar experiências traumáticas em que mulheres foram violadas e desrespeitadas de maneira um tanto agressiva por profissionais de saúde, este trabalho determinou a conhecer as formas com que a Violência Obstétrica ocorre durante partos normais e partos cesarianos do ponto de vista das parturientes. Descrevendo a definição da expressão “Violência Obstétrica” segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) e abordando principalmente as negligências e o despreparos de alguns funcionários em que ocorrem durante o parto, onde informações cruciais não são compartilhadas para a Parturiente e seus familiares, deixando apenas as decisões por conta dos profissionais de saúde. Elaborado com a intenção de ver as diferentes formas de manifestação dessa violência foram buscados os pensamentos e teorias para que, de alguma forma essa situação fosse revista e penalizada, chegando a elaborar ações que possam melhorar a assistência da prestação de serviços obstétricos e a conscientização entre profissionais de saúde decorrendo a reeducação do parto humanizado e levando a considerar os sentimentos das mulheres e seus limites. Para elaborar o presente trabalho foi utilizado pesquisas de blogs, TCCS, colunas de jornais e entre outros bancos bibliográficos para que as comprovações fossem fortemente seguras e confirmadas em mais de um local.
Palavras – Chaves: Violência Obstétrica, Mulheres, Profissionais de Saúde, Parturiente, Organização Mundial de Saúde (OMS), Parto.
2.Introdução
Alguns momentos durante nossas vidas são marcantes e emocionantes fazendo com que se tornem únicos, assim como ocorre durante o parto, em que mulheres sentem uma imensa alegria acompanhada com minutos ou longos períodos de dor. Embora define-se parto como ação ou efeito de parir (XIMENES,2001, P.702), para muitas mulheres a palavra parto vêm logo em suas mentes como definição do começo de uma nova vida.
Mas, os profissionais de saúde desconsideram qualquer definição efetiva do parto, procurando apenas exercer sua função com precisão e segurança, esquecendo muitas vezes dos sentimentos e limites de cada mulher. Contudo, as formas com que os médicos atuam muitas vezes são apoiadas nos fundamentos empíricos ou passagens bíblicas,em que mulheres nascerão para suportar essa dor e tem a obrigação de sofrer consequentemente caladas como, se não possuíssem voz ou não tivessem sensibilidade a dor, já que as dores do parto é punição que as mulheres devem sentir por terem cometido o pecado original que provém de Eva ( ANDRADE ;AGGIO, FORTUNA (coord.) , 2014, p.1 e 2).
De acordo com Gouveia (2017):
Xingar, constranger, negligenciar, agredir e realizar procedimentos contraindicados, como lavagem intestinal, cortes vaginais e até sentar sobre a barriga da gestante, são algumas das inúmeras formas com que se caracteriza a violência obstétrica.
Analisando as teorias de pesquisas de Andrade, Aggio,Fortuna(coord.) (2014,p.3) percebemos que as mulheres passaram a terem seus corpos vistos pelos profissionais de saúde e pela sociedade como máquinas, onde o engenheiro é o profissional médico que detém todas informações importantes e necessárias para si próprio, deixando as parturientes à deriva, sem saberem o que estar sendo feito e quais tipos de procedimentos que estão ou serão realizados, negligenciando ações, emoções, sentimentos, percepções e direitos das mesmas no direito de um parto humanizado, logo sendo impedidas de terem a presença de acompanhante, de decidirem a posição que querem ter seus bebês e de expressarem suas emoções e sentimentos, contrariando a Política Nacional de Humanização e mudando o foco da mulher para o procedimento, deixando-as mais vulneráveis à violência, silenciada pelos profissionais e pela própria parturiente.
Porém, muitas mulheres não identificam esses atos diretamente como violência Obstétrica por possuírem muitas vezes poucos conhecimentos e informações sobre os procedimentos que ocorrem durante o parto ou pela preocupação e ansiedade de terem seus filhos saudáveis em suas mãos. Decorrente dos novos relatos e manifestações dos direitos das mulheres de terem um parto humanizado, passou a ser identificado com mais clareza as diferentes formas e contexto em que a Violência Obstétrica aparece, durante os procedimentos de partos onde as parturientes já se encontram devidamente fracas e incapacitadas de questionar quaisquer atitudes realizadas pelos profissionais de saúde.
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