A Virada (conto BL +18)
Monografias: A Virada (conto BL +18). Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: L.O.V.E • 3/11/2013 • 4.426 Palavras (18 Páginas) • 440 Visualizações
A Virada
O pequeno exército tentava cortar toda a extensão das planícies cobertas de neve. A forte nevasca que caia há dois dias dificultava a visão de quem se aventurasse a enfrentá-la. Akira era o jovem general do exército do imperador Shun. Ele tinha convocado uma pequena parte de seus homens, pois queria investigar pessoalmente as denúncias de problemas na fronteira com a China. O Japão há dois anos tinha formado uma aliança com os Estados Unidos da América, a parceria tinha turbinado a economia e o Japão agora viviam um momento de soberania em toda Ásia, o que parecia causar a insatisfação dos outros impérios.
Akira ainda se lembrava das palavras duras do general Chinês; “Diga ao seu imperador que enviaremos um dos nossos guerreiros para fodê-lo, para também formarmos uma aliança com o Japão.” Essa parecia ser a ideia que os outros países tinham do imperador japonês após ele ter assumido o seu romance com o embaixador americano.
Akira não deu voz a razão, e em um momento de fúria e sem pestanejar cortara fora a cabeça do ofensor.
Os soldados chineses não retalharam, pareciam ter percebido que seu comandante tinha ido longe demais. Os militares apenas retornaram ao seu país com a cabeça do seu general e uma carta convite do imperador Shun.
— Tsk.. Droga, quando Mitsu souber, eu vou levar um belo sermão. – Akira resmungou para si mesmo.
O pequeno cortejo seguiu em fila indiana, devido a estrada ter se tornado estreita e sinuosa, eles continuavam a passos lentos beirando a montanha e tentando não cair no precipício que se estendia ao lado.
— Se mantenham em fila homens, estamos quase saindo dessa montanha. – Akira gritou para os homens cansados que o seguia.
Quando saíram da estrada se viram em frente a uma floresta de pinheiros. A noite estava escura e de alguma forma Akira desejou está nos braços de Mitsu. O mais velho agora estava com cinquenta e seis anos, falava estava ficando velho e resolvera se aposentar, logo depois que tinha sido identificado um problema no coração, nada grave o médico apenas indicou repouso e boa alimentação. Akira que agora estava com vinte anos fora promovido a general, justamente quando pretendia largar o exército e se dedicar a cuidar do amante, o que não lhe foi permitido por Mitsu. Akira aceitou o cargo mais com a condição que não saísse de Tokyo a não ser que fosse estritamente necessário ou em caso de uma guerra.
Shun o entendera e permitiu tais exigências, certa vez o imperador tinha comentado que se sentia mais seguro com eles ali, já que Renji e Keita haviam mudado para Kyoto, só restando eles juntamente com Ibuke e Saki para fazer companhia ao príncipe, pois os outros que o cercavam eram uns bandos de velhos chatos e exigentes. Claro que também contavam com a ajuda do embaixador John. O homem que tinha trazido um novo fôlego de vida para o jovem e antes melancólico imperador.
Akira sorria ao se lembrar da maneira escrachada e nada convencional do embaixador americano.
Ele se concentrou na estrada mas parou abruptamente ao ver o sinal do batedor que ia mais a frente.
— O que aconteceu soldado? – Perguntou o capitão da tropa.
Akira olhou ao redor da escura floresta sentindo um arrepio estranho percorrer por seu corpo.
— Emboscada! – Gritou o jovem batedor, mas não teve tempo de fugir tendo seu peito perfurado por uma flecha.
Logo dezenas de homens saíram da escuridão e avançaram contra o grupo de Akira, eles se defendia como podiam visto que foram pegos de surpresa.
Akira olhou com atenção para a cena e logo um sentimento esquisito de lembranças o invadiu. Os homens que os atacavam eram fugitivos do seu clã homens fieis as idéias insanas de seu pai. O jovem Akira pulou de seu cavalo e sacando a katana de corte duplo, seguiu em linha reta até o homem que parecia liderar o ataque.
— vocês não desistem nunca! – Gritou ao avançar contra o flanco esquerdo do seu opositor.
— Não quando existe chance de vingança. – O homem muito mais alto e mais forte que Akira golpeou na direção do menor que se esquivou quase deitando de costas no chão. Akira se apoiou na mão esquerda para se impulsionar para frente e cravou a espada no ombro do seu oponente.O homem gritou de dor e com fúria golpeava sem trégua Akira, que aparava cada golpe com uma destreza fora do comum. O menor atravessou uma perna a frente do homem que estava cego de ódio e o derrubou aos seus pés.
— Diga suas últimas palavras. – Akira falou com a katana pressionando a garganta do mais velho.
— Se me matar não irá ver seu amante nunca mais.
— Não seja tolo o que quer dizer com isso. – Akira sentiu seu corpo estremecer e não era por causa do frio intenso.
— Temos Mitsu-Sama em nosso poder. Se eu não voltar dentro de uma hora, meus homens tem ordens para matá-lo. – O homem sorria ao ver o desespero nos olhos do jovem viu a espada ser afastada de seu pescoço e se levantou se sentindo vitorioso – Muito bem vejo que você entendeu a situação, agora dê ordem para seus homens soltarem as armas e se renderem.
Akira sem se virar, falou ainda olhando para o ser desprezível a sua frente:
— Soltem suas espadas... Estamos nos rendendo.
O som seco das espadas sendo jogadas contra o chão forrado de neve foi ouvido e um murmúrio as costas de Akira que permanecia imóvel, tentando achar uma maneira de salvar Mitsuo, primeiro precisava descobrir onde ele estava.
— Fiz como você queria onde está Mitsu? Leve-me até ele.
O homem o olhou friamente e desferiu uma sequencia de socos primeiro no rosto de Akira depois em seus rins e estômago. O jovem general caiu arfando sobre o chão congelante vendo seu sangue manchar a neve.
— Segurem-no, quero ver se esse rabo é gostoso mesmo. – Dois pares de mãos fortes seguraram Akira fortemente com o rosto contra a neve que congelava seu rosto, ele podia sentir os músculos enrijecerem – O que acha garoto de ser comido em frente a sua
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