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A inclusão subordinada e a exploração capitalista contra o trabalhador

Por:   •  22/6/2015  •  Resenha  •  629 Palavras (3 Páginas)  •  589 Visualizações

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A inclusão subordinada e a exploração capitalista contra o trabalhador

Com base no texto “EM e EP na produção flexível: a dualidade invertida e o item 8.3.1 do Artigo da disciplina”, para que a inclusão aconteça é fundamental encontrar caminhos em que os trabalhadores possam interrogar a exploração capitalista e assim tentar mudá-la. Mesmo em presença de questionamentos, muitos deles devem ter fundamentado o quanto a educação é capaz de mudá-la, já que o mesmo é visto como “caixa de depósito”. Com isso vem a grande realidade que o ato de ensinar e aprender não sobrevém somente das salas de aula, mas sim, de um problema político onde as raízes que foram passadas há anos na “era” capitalista, possa modificar e não ter uma visão que o trabalhador é e sempre será o realizador de tarefas.

A educação profissional pode contribuir para a formação de trabalhadores que respondam às demandas do Mercado e favorecer a maioria dos mesmos, que desenvolveram através da sua vida conhecimentos tácitos que por momentos asseguram níveis desejados de produtividade, mesmo que a realidade exige pessoas flexíveis, capazes de acompanhar e solicitar mudanças. Exigir também uma política séria a fim de que ocorra o desenvolvimento de pessoas que reflitam e tenham domínio de toda sua história, pois a globalização, os avanços tecnológicos chegaram num ritmo acelerado que influencia o lado educativo e também o profissional do trabalhador.

        Em relação ao texto 1 (Operário em Construção), a charge (O samba do Operário) e o áudio (Encontro Marcado), encontramos, em comum, a realidade social brasileira de desigualdades em que vive grande parte da população. A necessidade de trabalhar para viver, sendo explorado por um sistema capitalista que prevê o lucro e o desenvolvimento para o patrão, dono do capital, e a exploração cada vez mais forte do trabalhador que constrói, cria, faz, organiza e não vê à mesma proporção de seu trabalho o crescimento de sua vida; nela nada se acrescenta nada ou quase nada se modifica para melhorar a sua vida e a dos seus familiares.

        De acordo com o texto (Operário em Construção), o trabalhador se dá conta de sua vida explorada quando percebe que não consegue nada e o patrão tudo; que constrói casa e não tem casa; quando percebe que sua força era sua profissão. O operário passa a ter consciência de si, de sua importância, quando percebe o fato extraordinário: “Que o operário faz a coisa e a coisa faz o operário.” Uma vez consciente de seu valor não permitirá ser explorado por mais ninguém.

        O “Samba do Operário” mostra que o operário não distingue o valor do seu dia e que se acordasse para a vida conheceria sua dignidade, mas por depender do patrão vive como escravo e explorado. O patrão consegue tudo à custa do trabalhador sempre oprimido. Desta forma, a conquista de seu espaço e dignidade do operário depende da mudança de comportamento e atitude.

        No texto 3 (Encontro Marcado), temos a figura dos filhos dos explorados! Aqueles que nascem pobres e pior, convivem com a marginalização, exploração e não tem perspectivas de melhoras. Suas vidas são “vistas” como roteiros para bons filmes, pois encarnam a realidade do sofrimento conseqüente de uma vida vivida na pobreza. O jogo da conveniência e interesses particulares impede que haja igualdade de oportunidades para todos, independentemente da condição social.

        É possível perceber que os textos retratam, de forma sutil, a ausência da educação formalizada, instituída; do trabalho como “o que dignifica o homem” e da exploração a que muitos ainda vivem nesta grande nação brasileira.

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