A origem das ciências naturais
Artigo: A origem das ciências naturais. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Rafaeli22 • 28/11/2014 • Artigo • 4.310 Palavras (18 Páginas) • 391 Visualizações
Origens da Ciência
Ptolomeu. Na Grécia Antiga encontram-se as origens do pensamento científico.
Em uma visão cronológica a ciência nasceu como uma tentativa de se achar respostas para os questionamentos humanos, questionamentos como "o que há lá fora?", "do que o mundo é feito?", "qual é o segredo da vida?" e "como chegamos até aqui?" Ref. 13 . Mais do que capaz de satisfazer a curiosidade, mostrou-se gradualmente como uma verdadeira ocupação, inspirando trabalhos de vidas inteiras. Isso porque percebeu-se que, por meio da observação e experimentação - do método científico - era possível não só compreender o mundo que nos cerca mas também a nós mesmos, isso de forma a impelir o desenvolvimento de novas tecnologias e, assim, melhorar a qualidade de vida das pessoas. Nesse sentido, embora não exista por si só e sim como uma produção humana, a ciência é, de longe, a ferramenta mais indispensável à manutenção do progresso.
Com um longo caminho ainda a trilhar antes de atingir a definição e status atual, o aqui com ressalvas chamado "pensamento científico" surgiu na Grécia Antiga com os pensadores pré-socráticos que foram chamados de Filósofos da Natureza e também Pré-cientistas. Nesse período a sociedade ocidental pela primeira vez ousou abandonar a forma de pensar baseada em mitos e dogmas para estabelecer uma nova forma de pensar, uma forma de pensar naturalista baseada no ceticismo.
O pensamento dogmático coloca as ideias como sendo superiores ao que se observa. O Pensamento cético coloca o que é observado como sendo superior às ideias. Por mais que se observe fatos que destruam o dogma, uma pessoa com pensamento dogmático preservará o seu dogma. Para a ciência uma teoria é composta por um corpo de fatos e ideias, e se observarem-se fatos que comprovem a falsidade da ideia, o cientista tem a obrigação de modificar ou reconstruir a teoria.
Na época de Sócrates e seus contemporâneos, o pensamento científico se consolidou, principalmente com a difusão do conceito de prova científica (ao rigor moderno, "evidência científica", "fato científico") atrelado à observância de repetição do fenômeno natural.
Embora não se encontre na Grécia antiga a definição de ciência em moldes modernos, é nela que encontra-se o primeiro passo para se alcançá-la. Tanto as religiões como a ciência tentam descrever a natureza. A diferença está na forma de pensar. O cientista não aceita descrever o natural com o sobrenatural, e para ele é necessária a observação de evidências que eventualmente falseiam as ideias. Para um cientista a ciência é uma só, pois a natureza é apenas uma. Sendo assim, as ideias da física devem complementar as ideias da química, da paleontologia, geografia e assim por diante. Embora a ciência seja dividida em áreas, para facilitar o estudo, ela ainda continua sendo apenas uma.
Da Escolástica à Renascença
Durante a Idade Média, os filósofos escolásticos criaram uma visão dogmática de ciência que ainda hoje pode ser encontrada em alguns livros e enciclopédias. Estes pensadores não admitiam o uso da matemática, aceitavam somente a dialética e a lógica aristotélica como formas de análise científica. O resultado disso é que nada de científico foi produzido durante a Idade Média. Os séculos que se passaram entre o declínio da sociedade grega antiga e a renascença ficaram conhecidos como "período das trevas" em consequência do marasmo científico associado, onde não apenas não se produz nada de novo em termos "científicos" como também se abandona o que havia sido produzido antes pelos gregos e outros.
Na Renascença, os pensadores literalmente retomaram o pensamento científico pré-socrático, e passam a usar a matemática como forma de análise científica. Galileu Galilei e Descartes são nomes de destaque desta época. Após a retomada do pensamento científico pré-socrático, voltou-se a evoluir cientificamente.
Matemática e Lógica não são ciências
Embora a matemática e a lógica sejam indispensáveis à ciência, estas não são - aos rigores do método científico - ciências.
Já na Grécia antiga os filósofos pré-socráticos discutiam se iriam atingir a verdade através das palavras ou dos números. Os sofistas defendiam que iriam atingir a verdade através das palavras. Os pitagóricos, seguidores de Pitágoras, defendiam que atingiriam a verdade através dos números.
Aristóteles formalizou o pensamento lógico dedutivo. Na Idade Média, o pensamento lógico dedutivo foi usado em abundância pelos filósofos escolásticos e o resultado foi um total vazio científico durante essa época. Francis Bacon, na Renascença, afirmava que A lógica de Aristóteles é ótima para criar brigas e contendas, mas totalmente incapaz de produzir algo de útil para a humanidade.
Sócrates, Platão e Demócrito defendiam que somente a matemática traz clareza ao pensamento.
O pensamento lógico alheio ao fato experimental já se demonstrou ineficiente para criação de teorias científicas e para descrever a natureza. René Descartes, já afirmava que: Matemática é uma ferramenta para se fazer ciência, mas não é uma ciência. Isso ocorre, pois palavras e números não existem na natureza, portanto não são ciência. Mas a matemática já se mostrou e é contudo ótima ferramenta para o estudo e formulação de teorias científicas. A rigor, matemática e lógica não são ciências, contudo, dada as suas aplicações dentro da ciência, são indispensáveis para se fazer ciência. A matemática - incluso a lógica - é a linguagem com a qual se descreve a natureza.
Pilares do pensamento científico
A ciência constrói castelos de realidade sobre fundações tangíveis, e não castelos de fantasias sobre ilusões.
Com os gregos encontra-se a origem da ciência e de lá para cá aprendeu-se muito, de forma que hoje pode-se dizer que a ciência apóia-se basicamente, entre outros, sobre cinco pilares:
Princípio fundamental: o principal objetivo da ciência é compreender o Universo em sua realidade e totalidade.
Princípio Uno: a ciência é única pois o universo tangível também o é.
Principio naturalista: nunca usar o sobrenatural para descrever a natureza e o Universo. As ideias
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