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AA1 Metodologia De Estudo E Pesquisa Em Adm. Pública

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Por:   •  20/3/2015  •  430 Palavras (2 Páginas)  •  328 Visualizações

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Relação entre Senso Comum e Ciência: proposta por Rubem Alves

Na concepção popular, senso comum é o conhecimento não científico, construído por pessoas leigas, enquanto ciência é o conhecimento construído através de pessoas intelectualmente superiores.

Para Rubem Alves, entretanto, a aprendizagem da ciência é um processo de desenvolvimento progressivo do senso comum. A ciência é uma metamorfose do senso comum, não podendo existir sem o mesmo.

Em sua concepção isso é facilmente observado, por exemplo, quando vemos o que outros homens em outras épocas consideraram ciência e hoje, séculos depois, nos parece sem valor algum. Para o autor, o senso comum e a ciência são expressões da necessidade de compreender o mundo, a fim de viver melhor e sobreviver. Possuem mais em comum do que imaginamos, pois ambos não investigam a realidade, mas apenas aquilo que se apresenta como um problema.

O autor critica, ainda, dizendo que o “senso comum” foi criado por pessoas que se julgavam superiores as demais e, a “verdade”, então imposta por essa elite intelectual, acabou hierarquizando os saberes e inferiorizando culturas e sociedades. Afirma que "a ciência é uma especialização, um refinamento de potenciais comuns a todos", e que o requisito básico para aprendizagem da ciência não é exclusivo de um determinado grupo de pessoas. Para ele, os cientistas são pessoas como quaisquer outras, mas que decidiram pelo caminho da especialização, gerando o desenvolvimento do senso comum em determinada área de conhecimento.

O senso comum e ciência podem, portanto, simbolizar encontros e despedidas sem deixar de representarem duas visões de um mesmo ponto. A ciência não existe sem o senso comum, sendo um desenvolvimento disciplinado e progressivo deste. Os dois conceitos possuem naturezas interligadas, não sendo possível comparação.

Portanto, concluímos que o pensamento de que a ciência é superior ao senso comum, não passa de um mito, já que ocorre, de fato, uma relação entre os saberes. Contudo, não se pode deixar esquecer de que os dois também possuem características próprias e originalmente similares.

Por fim, vale ressaltar que, ridicularizar o senso comum e exaltar a ciência, ou vice e versa, é um grande erro, já que para contribuir para a construção do conhecimento devem-se resguardar os extremos.

Referências:

FONTANA, Júlio., “A filosofia da ciência de Rubem Alves”.

Ciberteologia – Revista de Teologia & Cultura – Ano II, n.7.

(Acesso em: 08/08/2014 http://ciberteologia.paulinas.org.br/ciberteologia/wp-content/uploads/2009/05/01afilosofiadacienciaderubemalves.pdf).

MORAES, Milena Borges de., “Filosofia da Ciência: Introdução ao jogo e suas regras”.

Linguagem – Revista eletrônica de popularização científica em Ciências da Linguagem – UFSCar

(Acesso em: 08/08/2014

http://www.letras.ufscar.br/linguasagem/edicao01/resenhas_filosofia.htm).

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