ALFABETIZAÇÃO E O LÚDICO, A IMPORTÂNCIA DOS JOGOS E BRINCADEIRAS
Trabalho Escolar: ALFABETIZAÇÃO E O LÚDICO, A IMPORTÂNCIA DOS JOGOS E BRINCADEIRAS. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: JA10203040 • 13/10/2013 • 9.506 Palavras (39 Páginas) • 773 Visualizações
ALFABETIZAÇÃO E O LÚDICO, A IMPORTÂNCIA DOS JOGOS E BRINCADEIRAS
INTRODUÇÃO
Diante do abandono dos jogos e brincadeiras nas séries iniciais, constata-se a necessidade de resgatar o lúdico no processo educativo. Pois é através dos jogos e brincadeiras, que buscamos recursos didáticos que fazem falta as aulas de hoje, as crianças por natureza são inquietas e sentem necessidade de correr, pular, cantar e dramatizar, sendo um dever da escola ofertar-lhe espaço e oportunidade para que a mesma desenvolva suas habilidades em todos os aspectos na medida em que a criança se movimenta com prazer, está estimulando o desenvolvimento de habilidades motoras mentais e sociais, além de proporcionar a recreação.
Incluindo jogos e brincadeiras aos conteúdos aplicados, poderemos tornar o processo educativo mais agradável; resgatar a cultura e a tradição folclórica e propiciar o desenvolvimento de conhecimentos nos aspectos cognitivos, afetivos, motores e sociais.
Grandes teóricos como: Bettellheim, Froebel, Kishimoto, OLIVEIRA, Piaget e Vygotsky, confirma a importância do lúdico para a educação da criança.
Foram coletados dados através de entrevistas com os professores, aplicação de atividades lúdicas com instrumento de observação e análise durante as aulas com o objetivo de oportunizar situações lúdicas aos alunos que viabilizassem situações de escritas significativas, para uma melhor compreensão da função do lúdico no processo de alfabetização. Além de propiciar metodologias mais dinâmicas que contribui-se no processo de ação da escrita.
Com o objetivo de verificar a importância do valor dos jogos e brincadeiras no processo de ensino-aprendizagem dos educados, este trabalho foi elaborado, com base em Pesquisa Bibliográfica.
1 DESENVOLVIMENTO Desenvolvimento é defendido como mudanças nas estruturas físicas e neurológicas cognitivas e comportamentais que emergem de maneira ordenada e são relativamente duradoura. As mudanças parecem ser universais, pois ocorrem em todas as crianças, não importando a cultura em que cresçam ou as experiências que tenham.
1.1 Fases do Desenvolvimento Cognitivo Segundo Piaget, (apud. FARIA, 1998, p. 63) cada período é caracterizado por aquilo que melhor o individuo consegue fazer nessas faixas etárias, as pessoas são ativas, curiosas e inventivas durante a vida toda.
PIAGET propôs que o desenvolvimento prossegue descontinuadamente numa seqüência e quatro estágios qualitativamente diferentes:
? Sensório-motor, de 0 a 18 meses.
? Pré-operatório, de 18 meses a 7 anos.
? Operatório-concreto, de 07 anos a 12 anos.
? Operatório-formal, de 12 anos em diante.
No ensino fundamental a criança abrange o estágio Pré-operacional ao Operacional-concreto, pois varia de 6 (seis) a 10 (dez) anos.
1.1.1 Período Pré-Operatório
Primeira infância de 2 a 7 anos. Nesse período o que de mais importante acontece é o aparecimento da linguagem, que irá acarretar modificações nos aspectos intelectual, afetivo e social da criança.
Como decorrência do aparecimento da linguagem, o desenvolvimento do pensamento se acelera. No início do período, a criança transforma o real em função dos seus desejos e fantasias (jogo simbólico), posteriormente, utilizando-o como referencial para explicar o mundo real, a sua própria atividade, seu eu e suas leis morais, e, no final do período, passa a procurar a razão causal e finalista de tudo, (é a fase dos famosos "porquês").
No aspecto afetivo, surge interindividuais, sendo que um dos mais relevantes é o respeito que a criança nutre pelos indivíduos que julga superiores a ela. Com relação às regras, mesmo nas brincadeiras, concebe-as como imutáveis e determinadas externamente. Mais tarde, adquiri uma noção mais elaborada da regra, concebendo-a como necessária para organizar o brinquedo, porém não a discute.
Nesse período, a maturação neurofisiológica completa-se, permitindo o desenvolvimento de novas habilidades, como a coordenação motora fina: pegar pequenos objetos com as pontas dos dedos, segurar o lápis corretamente e conseguir fazer os delicados movimentos pela escrita.
1.1.2 Período Operatório Concreto
A infância de 7 a 11 ou 12 anos. O desenvolvimento mental, neste período é marcado pelo início da construção lógica, isto é, a capacidade da criança estabelecer relações que permitam a coordenação do ponto de vista diferentes, isto possibilitará no plano intelectual o surgimento de uma nova capacidade mental da criança: as operações; ela consegue realizar uma ação física ou mental dirigida para seu início. Num jogo de quebra-cabeça, próprio para a idade, ela consegue na metade do jogo descobrir um erro, desmanchar uma parte e recomeçar de onde corrigiu, terminando-o, as operações sempre se referem a objetos concretos presentes ou já experimentados.
Nesse período é que a criança consegue exercer suas habilidades e capacidades a partir de objetos reais, concretos compreende as leis da conservação e é capaz de classificar e seriar.
No aspecto afetivo, ocorre o aparecimento da vontade e a cooperação vai se desenvolvendo e sendo um facilitador do trabalho em grupo, que se torna cada vez mais absorvente para a criança. Elas passam a elaborar formas próprias de organização grupal, em que as regras e normas são concebidas como válidas e verdadeiras, desde que todos os adotem e sejam a expressão de uma vontade de todos.
1.2 Alfabetização Para FERREIRO (1989), o problema da alfabetização foi sempre uma decisão tomada pelos professores, sem considerar, porém, as crianças. Tradicionalmente as investigações sobre as questões de alfabetização giram em torno de uma única pergunta: "como ensinar a ler e escrever"?
Com o pensamento obsessivo de que a alfabetização se limita às quatro paredes da sala de aula e o método adequado dá ao professor o controle da alfabetização de seus alunos, o próprio professor entra em conflito frente à situação de que o número de crianças com acesso à alfabetização aumentam e houve como conseqüência o fracasso escolar notável.
Descobriu-se então, a prática falida e começou o discurso da culpa: alunos submetidos, carentes, deficientes. Escola, maquina de reprodução das relações de poder. Professor, mal pago, mal informado, incompetente.
É recente a tomada de consciência sobre a importância
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