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ALIMENTAÇÃO COMTEMPORANEA NO BRASIL

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Por:   •  1/6/2013  •  4.307 Palavras (18 Páginas)  •  473 Visualizações

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ALIMENTAÇÃO COMTEMPORANEA NO BRASIL

Adriana Garcia

Viviane Padilha

RESUMO

O Brasil possui cinco regiões bem distintas: Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Suldeste e Sul, onde seus hábitos e costumes alimentares foram adquiridos naturalmente ao longo da história de colonização e migração interna no país. “O comportamento alimentar é influenciado por aspectos nutricionais, demográficos, econômicos, sociais, culturais, ambientais, e psicológicos em um individuo ou em uma comunidade”. (Oliveira e Marchini 2008, p.567). O alimento consumido em todo o país e em todas as classes sociais é o feijão com arroz e frequentemente acrescentado de farinha de mandioca. No entanto, nas grandes cidades o pouco tempo para preparo e o consumo da alimentação tornou-se fator decisivo e essencial de praticidade. A industrialização de alimentos facilitou a escolha dos consumidores por produtos de diferentes regiões do país e de diversas partes do mundo. Os diferentes segmentos sociais demonstraram habilidade para um único modelo apenas, devido a industrialização e globalização da economia. Esta padronização de procedimentos e o comportamento alimentar auxiliam as alterações na alimentação, onde elas se inserem no sistema de vida do individuo e também são resultantes delas. Forçadas pelo mercado da propaganda, pelo poder de consumo e pela praticidade, este comportamento alimentar gradativamente se torna suscetível a mudanças, retratados pela inclusão de modernos alimentos, disposição de preparos, compras e consumo.

Palavra-chave: alimentação contemporânea, industrialização, globalização, hábitos alimentares e fast- food.

1 INTRODUÇÃO

Na história de ocupação humana no Brasil há influencia de várias culturas. Instruiu-se e modificou a culinária européia, principalmente de Portugal, acrescentando as especiarias orientais e os ingredientes da culinária indígena e Africana. Quando o país foi descoberto a culinária Indígena já estava presente e através das trocas alimentares as misturas de culturas, gostos, cores e etnias, surgiu a culinária brasileira:

É impossível falar de uma história da alimentação sem referir-se permanentemente a todos os aspectos da historia social, econômica e cultural. Os objetos históricos são recortes da realidade, são recursos analíticos que servem para decompor o processo social em diferentes dimensões que nos oferecem uma riqueza múltipla de informações sobre aspectos da realidade, mas que devem ser compreendidos integrados em conjunto da vida, que é simultaneamente social, econômica e cultural. (Carneiro 2003, p.166).

Segundo o autor, acima citado, a sociedade define o comportamento, e este é influenciado também pelos aspectos nutricionais, demográficos, econômicos, ambientais, e psicológicos e por isso, a compreensão destes, exige uma agregação dos mesmos.

1.1 Influências Indígenas

Spinelli (2008) relata que os índios utilizavam em sua alimentação: peixes, carnes, legumes, ervas, milho e mandioca e grãos. Os utensílios e conhecimentos que cada grupo possuía, influenciava no modo de preparação de seus alimentos. Os grupos que não obtinham conhecimento do fogo comiam peixe cru ou assado na pedra sobre o sol. Na pedra o alimento era coberto com outra pedra e terra era colocada por cima. Nos grupos que utilizavam o fogo, o peixe era assado em folha de bananeira, enterrado e recoberto por brasas, e cozinhavam raízes, castanhas e outros alimentos em recipientes de barro. Carnes e peixes também eram assados em espetos sobre a brasa. Os alimentos geralmente não eram cozidos na água, porém quando cozidos eram em recipientes de cerâmica. Os índios não conheciam fritura. A mandioca era a raiz mais importante nos grupos indígenas e dela originaram a farinha, a tapioca, o polvilho e o tucupi. A mandioca era usada com carnes assadas ou para preparar mingaus, beijus e molhos. Os grupos utilizavam frutas para elaborar pratos e bebibas. O doce que consumiam era o mel de abelhas puro, porém misturado com raízes ou frutas quando o objetivo era preparar bebidas fermentadas.

1.2 Influências Africanas

A cozinha brasileira também foi influenciada pelos africanos principalmente de Guiné e Angola, durante a colonização. A princípio a cozinha dos africanos foi ignorada porque era considerada culinária da senzala, sendo assim não foi implantada completamente. Ao longo do tempo e com o aumento da população africana, a cultura desse povo começou a influenciar a população brasileira, especialmente na culinária. Dentre as contribuições dos africanos, podemos citar as técnicas de conservação e cozimento dos alimentos, o uso do azeite de dendê, o coco-da-bahia, o quiabo, a cebola, o alho, a pimenta malagueta. No século XVI a palmeira de onde é extraído o dendê veio da África para o Brasil. Foi reinventada novamente pelos brasileiros toda a culinária trazida da África, onde o azeite de dendê e outros alimentos locais passaram a ser utilizados. Os Africanos nos trouxeram também como cultura o uso do leite, pois criavam cabras, vacas e carneiros. Verificamos na Bahia a influência da cultura africana na culinária devido a instauração dos africanos. Podemos citar o acarajé, o vatapá e o caruru como exemplos de pratos típicos desta culinária. A feijoada, prato genuinamente brasileiro surgiu na senzala, onde as africanas cozinheiras, preparavam pratos com sobras das mesas dos senhores, onde os restos de carne eram aproveitados. (Spinelli, 2008).

Segundo Spinelli (2008), os Africanos e Portugueses gostavam muito do feijão o que reforçou esta refeição no dia a dia do brasileiro, onde ricos e pobres o consumiam. Entre os pratos típicos africanos podemos citar também o caruru elaborado com inhame e galinha, peixe, carne de boi e crustáceo. Frituras também não utilizavam porque não conheciam. A rapadura, as comidas derivadas do milho e coco como pamonhas e canjicas, foram sendo introduzidas aos poucos na culinária brasileira. As bebidas fermentadas feitas da palmeira de dendê e o mel de abelhas eram algumas das únicas bebidas que os africanos conheciam.

1.3 Influências Européias

Na culinária brasileira Spinelli (2008) também alega que obtivemos a colaboração dos europeus, destacando os portugueses. Eles transferiram para o Brasil detalhes de suas origens, e implantaram

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