ANALISE DO PERFIL SOCIOECONÔMICO E CULTURAL DAS ADOLESCENTES GRÁVIDAS ATENDIDAS NO CENTRO SOCIAL DONA GERCINA BORGES TEIXEIRA/OVG GOIÂNIA, 2016
Por: carmemmoraes • 25/10/2016 • Monografia • 2.561 Palavras (11 Páginas) • 454 Visualizações
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UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP
CURSO DE SERVIÇO SOCIAL
PÓLO – APARECIDA DE GOIÂNIA – GO
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO II
ELEUZA SEGATI DE OLIVEIRA RA 413430
MARIA DO CARMO MARTINS RA 416770
SULIMAR DAS GRAÇAS. GOMES TEODOLINO RA 429670
APARECIDA DE GOIÂNIA – GO
2016
ELEUZA SEGATI DE OLIVEIRA
MARIA DO CARMO MARTINS
SULIMAR DAS GRAÇAS. GOMES TEODOLINO
PROJETO DE PESQUISA
GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA E FAMILIA EM GOIÂNIA – GO
Tutora Prof.ª Adriana Luiza da Silva
APARECIDA DE GOIÂNIA – GO
2016
SUMÁRIO
1 GRAVIDEZ NA ADOLESCENCIA..................................................................................04
2 JUSTIFICATIVA.................................................................................................................04
3 PROBLEMA.........................................................................................................................07
4 OBJETIVOS.........................................................................................................................08
4.1 OBJETIVOS GERAIS........................................................................................................08
42 OBJETIVOS ESPECÍFICOS...............................................................................................08
5 METODOLOGIA................................................................................................................09
6 CRONOGRAMA.................................................................................................................09
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...............................................................................10
1- GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA E FAMILIA
A gravides na adolescência e família passa por diversas transformações que são: psicológicas, biológicas e sociais nas quais podemos perceber entre a infância e a fase adulta.
As alterações biológicas ocorrem transformações do corpo e o desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários, sendo comum o interesse pelo sexo e o início das primeiras relações sexuais. Já nas alterações emocional, percebe-se o desenvolvimento da autoestima e da autocrítica, e questionamento de valores sobre os pais e os adultos em geral. A gravidez nessa fase é considerada um problema de saúde pública e também social relacionadas com a situação de vulnerabilidade social em que se encontram jovens de famílias de baixa renda. As causas e consequências de uma gravidez na adolescência variam de acordo ao contexto em que se encontram. No Brasil esses números de casos de gravidez são alarmantes e muitas vezes são associadas às famílias de menor poder aquisitivo e/ou que vive na extrema pobreza.
2 – JUSTIFICATIVA
A questão da gravidez na adolescência e família discutida por vários autores com diferentes afirmações e conceitos.
De acordo com Pardoin e Virgolin (2010), vulnerabilidade social é um conceito utilizado para descrever grupos ou sujeitos que estão em situação de fragilidade. Sousa e Rizzini (2009), afirmam que vulnerabilidade é tentar compreender o que faz uma condição imposta na vida de um sujeito, como ela se reflete e se apresenta do ponto de vista do simbólico e material.
Abramovay (2002) pontua que, mesmo que a vulnerabilidade esteja associada as questões da pobreza, não se pode afirmar que uma define a outra, mas que deve-se considerar a desigualdade social, a negação dos direitos e de acesso ao lazer, bem, esporte, cultura, e demais especialidade que cada grupo social necessita em seu cotidiano.
Para Guimarães e Colli (1998), a adolescência de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), caracteriza-se como a fase do ciclo da vida situado entre 10 a 20 anos, podendo ainda ser subdividida em adolescência inicial, entre 10 e 14 anos e adolescência final, dos 15 aos 20 anos.
No entanto para Dadoorian (2000), adolescente é aquele que está em crescimento, do ponto de vista biológico, caracteriza-se como um período da vida no qual os jovens mudam a aparência física (puberdade) e psicológica, interferindo, assim, no seu processo de interação social de forma bastante expressiva.
Vale salientar que nas últimas décadas têm ocorrido mudança na vida social e cultural que alteram o comportamento social e sexual dos adolescentes, promovendo um precoce relacionamento sexual em suas vidas.
Para Alves (2013, p. 40):
Delimitar uma visão sobre sexualidade é fundamental, até mesmo por clareza de posição teórica para sustentar a adolescência como um fenômeno sócio-histórico. A sexualidade também deve ser compreendida como construção social e não como algo inato manifesto no ser humano. Ao considerar as relações sociais como determinantes da sexualidade, afirma-se que os desejos são construídos pela cultura e estão relacionados a concepção e costumes presentes nas relações sociais que permeiam a sexualidade do sujeito.
Deste modo o autor afirma que, tanto a adolescência quanto a sexualidade passam por um processo de construção social, histórica e cultual que se transforma conforme mudam as relações sociais. A mídia e o convívio social possuem um papel muito importante em relação à sexualidade na adolescência, fato que está ligado á cultura e aos costumes presentes nas relações sociais que envolvem o indivíduo.
Oliveira (1998).afirma que nesse sentido a iniciação precoce à vida sexual é uma das causas da gravidez indesejada entre adolescentes. Gravidez nessa fase da vida é a gestação ocorrida em jovens de até 19 anos que se encontram, portanto, em pleno desenvolvimento. Em geral não foi planejada nem desejada e acontece em meio a relacionamentos sem estabilidade. No Brasil os números são alarmantes.
Sant’anna (2009) esclarece que, em todo mundo, anualmente, 14 e 15 milhões de adolescentes com idade compreendida entre 15 a 19 anos torna-se mães prematuramente, e, esses nascimentos correspondem a 10% de todos os nascimentos do mundo.
De acordo com Sousa e Outros (2015, p.15), baseados nos dados do Portal do Ministério da Saúde, no Brasil houve uma diminuição nos índices de gravidez em adolescentes de 15 a 19 anos, entretanto com relação dos 10 a 14 anos os indicadores são preocupantes:
Comparando o número de bebês nascidos vivos, no período de 2000 a 2011, de mães na faixa etária de 10 a 14 anos, ainda persiste um pequeno crescimento; em 2000 0,91% de casos (28.973) e, em 2011, 0,95 (27.785). Em relação ás mães de 15 a 19 anos, houve uma considerável diminuição (menos de 4,33%) em 2000 era 22,63% (721.564 nascidos vivos) e em 2011, 18,30% (533.103).
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