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POLÍTICA SOCIAL E ATENÇÃO PARA CRIANÇAS, ADOLESCENTES E VIDA

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Por:   •  2/11/2014  •  Projeto de pesquisa  •  3.171 Palavras (13 Páginas)  •  347 Visualizações

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POLITICA SOCIAL E ATENÇÃO À CRIANÇA, ADOLESCENTE E IDOSO

6º Semestre – Curso de Serviço Social.

Atividades Praticas Supervisionadas apresentado ao Curso de Serviço Social do Centro de Educação a Distância-CEAD da Universidade Anhanguera UNIDERP como requisito obrigatório para cumprimento da disciplina de Desenvolvimento Econômico do 6º Semestre do Curso de Serviço Social.

Dalva Bianchetti - RA: 308434

Luciane Yoshy Botini - RA: 302552

Regina Celia dos Santos Marchetti – RA: 308439

Wanair Rosseto Basseto – RA: 295536

PIACATU – SP

2013

APRESENTAÇÃO

Para a realização da atividade, o Grupo de estudo definiu como foco o Art. 11 do Estatuto da criança e do adolescente, que preconiza-se: “É assegurado atendimento integral à saúde da criança e do adolescente, por intermédio do Sistema Único de Saúde, garantido o acesso universal e igualitário às ações e serviços para promoção, proteção e recuperação da saúde”, trazendo no § 1º “A criança e o adolescente portadores de deficiência receberão atendimento especializado”.

A partir de tal afirmação, este relatório terá como justificativa a importância do acolhimento e intervenções multidisciplinar com as famílias que tem membros portadores de deficiências, visto que, no SUS, as políticas voltadas a humanização destes pacientes, apresenta ineficiência estrutural para direcionar ações e consolidar seus efetivos direitos.

Como metodologia foi realizado busca de referenciais teóricos acerca da temática para elucidar a importância do atendimento com as famílias, a fim de fortalecer e orientá-las sobre informações pertinentes a deficiência.

RELATORIO ACERCA DA DEFICIENCIA E A ATUAÇÃO MULTICIPLINAR COM AS FAMILIAS

São sentimentos comuns às famílias ao se depararem com o diagnóstico da deficiência da criança: rejeição, angústia, preocupação, vergonha, tristeza, decepção, descrença, culpa, medo, incerteza e revolta. Há o medo, a preocupação e a incerteza dos pais em relação ao futuro do filho, se eles saberão corresponder às necessidades especiais dele, se a comunidade dispõe de recursos aos quais poderão recorrer.

Algumas mães se sentem culpadas pela condição de deficiência do filho, pensando que pode ter havido falta de cuidados durante a gestação, ou por algo que fizeram ou deixaram de fazer.

Muitos pais sentem vergonha, imaginando o que os outros pensam da deficiência do filho:

A sociedade tem dificuldade em conviver com diferenças, e deixará isso claro de muitas formas sutis, dissimuladas e mesmo inconscientes através do modo como isola o deficiente físico e mental, olha-o abertamente em público e evita o contato com ele sempre que possível. (BUSCAGLIA, 2006, p. 89).

Ainda para Assumpção Jr. & Sprovieri (2000) a deficiência mental leva o contexto familiar a viver rupturas, pois as atividades sociais normais são interrompidas e o seu clima emocional transforma-se no interior e exterior. Surgem vários questionamentos por parte dos pais, como “Por que isso foi acontecer comigo?”, “Como agirei daqui pra frente?”, sentem-se despreparados para cuidar de um filho com deficiência.

[...] Viver continuamente com perguntas sem respostas é cortejar a impotência e a inatividade frustrada. A fim de evitar esse tipo de comportamento, os pais terão que adquirir conhecimentos especiais e a compreensão da dinâmica do comportamento humano, dos fenômenos de transformação e da psicologia da vida cotidiana. Somente através da expansão do seu conhecimento e dos sentimentos, que trazem consigo a esperança, eles serão capazes de alcançar a ação criativa. (BUSCAGLIA, 2006, p. 94).

A estrutura familiar passa por mudanças a partir da chegada de uma criança com deficiência, exigindo uma redefinição de papéis dos familiares. Para lidar com situações desconhecidas que podem ocorrer, os pais buscam informações sobre a deficiência com médicos ou instituições especializadas.

A família da criança com deficiência mental, além das situações enfrentadas por qualquer família, lida com uma sobrecarga, tendo que gastar mais tempo e recursos financeiros, já que a criança necessita de cuidados especiais.

As preocupações cobrarão seu preço à família – os problemas reais em relação ao bem-estar da criança, as maiores responsabilidades pessoais, a carga financeira, a constante incerteza, a exaustão física que se transforma em irritabilidade e freqüentemente se transmuta em lágrimas. Podem ocorrer súbitas explosões de temperamento, que parecem levar a um

anseio por isolamento e fuga. (BUSCAGLIA, 2006, p. 88).

A mães sentem com maior intensidade essa sobrecarga, pois, normalmente, são elas que executam as tarefas domésticas e cuidam dos filhos e, quando na família há uma criança com deficiência, na maioria dos casos, são as mães que se responsabilizam por levá-la às terapias e providenciar tudo o que for necessário; essa sobrecarga pode gerar um estresse.

Muitas vezes, as mães ficam tão envolvidas no cuidado dos filhos com deficiência que acabam deixando para o segundo plano o relacionamento com o cônjuge e os outros filhos e por isso passam a ser cobradas por estes. Os irmãos precisam saber dos acontecimentos; cientes da real situação sofrem menos do que vendo os pais tristes sem saber o que está acontecendo.

As mães sentem a necessidade de que toda a família participe das tarefas relativas à criança com deficiência, principalmente, o companheiro. Os pais, geralmente, ficam mais afastados, não participam tanto quanto as mães dos cuidados que os filhos com deficiência requerem. “O confronto com os problemas sempre é mais eficaz quando o processo se torna uma função de toda a família.” (BUSCAGLIA, 2006, p. 129).

Outro fator que se constitui como uma sobrecarga para a família está relacionado

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