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ANÁLISE: COACH CARTER – UM TREINO PARA A VIDA

Por:   •  16/6/2018  •  Relatório de pesquisa  •  1.300 Palavras (6 Páginas)  •  1.352 Visualizações

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Discente: Adriely Francine de Souza RA: 161021735

Disciplina: Basquete

Docente: Prof. Dra. Dagmar Aparecida Cynthia França Hunger

ANÁLISE: COACH CARTER – UM TREINO PARA A VIDA

RESUMO

O dono de uma loja de artigos esportivos, Ken Carter (Samuel L. Jackson), aceita ser o técnico de basquete de sua antiga escola, onde conseguiu recordes e que fica em uma área pobre da cidade. Para surpresa de muitos ele impõe um rígido regime, em que os alunos que queriam participar do time tinham de assinar um contrato que incluía um comportamento respeitoso, modo adequado de se vestir e ter boas notas em todas as matérias. A resistência inicial dos jovens acaba e o time sob o comando de Carter vai se tornando imbatível. Quando o comportamento do time fica muito abaixo do desejável Carter descobre que muitos dos seus jogadores estão tendo um desempenho muito fraco nas salas de aula. Assim Carter toma uma atitude que espanta o time, o colégio e a comunidade. O filme Coach Carter inicia contando a história do atleta Ken Carter, que jogou basquete de 1973 a 1977, quebrando vários recordes no tempo de colégio. Depois de alguns anos, já casado e com filho em idade escolar, é convidado a assumir o cargo de treinador do time de basquete da Richmond High School, que vinha de consecutivas derrotas devida a falta de habilidade, indisciplina, agressividade, insubordinação e indiferença dos alunos. Coach Carter estabeleceu a condição de ter o controle total sobre o programa de basquete, impondo regras aos alunos, impedindo-os de participar dos jogos caso não aceitassem o acordo. No comando de Carter, em 1999, o time já acumulava 13 vitórias.

ANÁLISE

O filme começa com Carter voltando ao seu antigo colégio para assistir uma partida de basquete entre o time da casa (Richmond Oilers) e o time da escola onde estuda seu filho (St. Francis).  O técnico atual do time do Colégio Richmond, amigo antigo de Carter, descontente em ocupar o cargo, demonstra sua insatisfação em ocupar o posto e convida Ken Carter para assumir sua posição de técnico. Em um ambiente de caos e desordem entre os alunos, com violência verbal e intimidação. Carter pede conselho a sua esposa e resolve aceitar o desafio proposto, assumindo assim o posto de treinador de Basquetebol do Colégio Richmond. De um altruísmo extremo, aceita o emprego não pelo salário, mas para ter a chance de “fazer o bem” promovendo uma mudança na vida daqueles alunos. “Esses alunos são alunos-atletas. ‘Alunos’ vem antes. ” —  Frase dita pelo Treinador Carter.

Carter passa a fazer um controle de frequência e notas dos seus jogadores e impõe novas regra de linguagem, comportamento e moral para os jovens: exige o uso de pronomes formais, estimula o respeito ao próximo e o controle dos impulsos juvenis. Um dos postos mais marcantes, é a proibição do uso da palavra nigger, em um discurso lembrando o quanto o uso desta palavra foi cruel com os ancestrais negros de todos ali, sendo seu uso inaceitável.

O controle que Carter exerce em seus alunos soa como uma preocupação justificada, mostrando que ele conhece o caminho para tirar aqueles jovens da condição em que estão, já que passou por tudo aquilo e conseguiu outra história para si. Sua dedicação e convicção, os castigos aplicados, utilizando o modelo militarista, demonstrando seriedade e paternalismo, tornando-se um modelo para aqueles jovens — todas essas são características criticáveis no mundo pedagógico, porém, são apresentadas como ferramentas de um homem com um projeto audacioso cujo o espectador torce para que seja aplicado com sucesso. Tem 15 alunos no time de basquete e quatro deles aparecem com mais destaque na parada: o filho do presidiário, o pai adolescente, o envolvido com o tráfico de drogas, o que teve o irmão mais velho assassinado, como marcas do lugar social ocupados pelos alunos. Ambientado no espaço escolar, onde o bom rendimento e a meta de conseguir um futuro melhor por meio da educação são os assuntos principais, não se vê interação entre os alunos e os demais professores.

Ao conhecerem o Treinador Carter os alunos reagem com desdém devido a abordagem formal feita, totalmente estranha a rotina escolar. As roupas e os maneirismos do novo treinador são alvo de chacotas por não fazerem parte da realidade daquele grupo. O estranhamento ainda maior quando o treinador apresenta seu contrato para os alunos que imediatamente ridicularizam e o rejeitam. A tensão desperta a rebeldia de alguns jovens e em uma cena que termina em uma tentativa de agressão ao Treinador Carter, que se defende alegando não ser um professor e sim um treinador de basquete, justificando assim ter tocado em um dos alunos.

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