ANÁLISE DO TEXTO JANE JACOBS MORTE E VIDA NAS GRANDES CIDADES E SUA INTERVENÇÃO
Por: Isabela Coimbra • 11/11/2017 • Resenha • 2.193 Palavras (9 Páginas) • 558 Visualizações
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNA
ANÁLISE DO TEXTO JANE JACOBS MORTE E VIDA NAS GRANDES CIDADES E SUA INTERVENÇÃO COM A DISCIPLINA DE ESTÚDIO 2B
Belo Horizonte,
2017
FABIANE MILENE SCHADE
ISABELA MARIA SANT’ANNA COIMBRA
JAQUELINE PROFETA GALHARDO
LEONARDO RIBEIRO BOTELHO
ANÁLISE DO TEXTO JANE JACOBS MORTE E VIDA NAS GRANDES CIDADES E SUA INTERVENÇÃO COM A DISCIPLINA DE ESTÚDIO 2B
Análise, apresentada ao curso de Arquitetura e Urbanismo, do Centro Universitário UNA, como requisito para obtenção de nota de parcial na disciplina Arquitetura, Urbanismo e Sociedade.
Professor(a): Harley
Belo Horizonte,
2017
Ao longo do semestre fomos instigados a ver nossa cidade como um todo, como as pessoas vivem, o que funciona nas cidades e o que não funciona, como tentar combatar a segregação e a violência e como ela possivelmente ocorre.
Em nossas aulas de Estúdio de Arquitetura e Urbanismo e nas aulas de Arquitetura Urbanismo e Sociedade podemos refletir sobre nossa cidade, em como ocupar espaços que parecem não ter solução ou que não teriam como fazer algo interessante, transformar esses espaços em algo bom para a comunidade. Com o auxílio do livro da autora Jane Jacobs – Morte e Vida nas Grandes Cidades, podemos ter um grande auxílio em como elaborar nossa intervenção efêmera, ela conseguiu abrir nossas mentes em como deixar nossa rua onde estudamos a Avenida João Pinheiro em Belo Horizonte, em um local mais seguro e agradável para todos que por alí passam, fazendo com que as pessoas permaneçam no local por um tempo mais, mudando a característica de ser um local somente de passagem, tanto para alunos como para usuários comuns da avenida.
A pergunta “vivacidade ou monotonia?”, ficou instalada em nossas mentes no decorer do texto e do semestre. Jacobs, nos esclarece com suas opiniões e idéias que as ruas precisam ser vivas. O que consequentemente impactará diretamente na segurança das ruas, quanto mais diversidade de pessoas e atividades em vários pontos das ruas e calçadas haverá menos oportunidade para que se instale a falta de segurança e criminalidade nos bairros, e com isso teríamos uma cidade mais segura e com menos medo.
A diminuição do fluxo de carros também iria auxiliar e muito neste processo, porém as cidades são projetadas para os carros e não para as pessoas. Uma maior diversidade de comércio também contribui para uma melhor distribuição de consumo para clientes e também comerciantes, aumentando assim o fluxo de pessoas. Moradias para diversas classes sociais situadas num mesmo bairro e rua também contribuem para que haja uma maior diversidade de pessoas circulando no mesmo espaço, assim também não havendo supervalorização de alguns bairros ou regiões, como existem atualmente fazendo com que o setor imobiliário e até o mesmo o governo supervalorizem certos locais por causa das classes que estão instaladas nessas regiões, vivemos numa cidade setorizada, uma leve lembrança das Cidade Jardim de Le Corbusier, onde as indústrias, o comércio e as moradias, tudo está setorizado, fazendo que percamos mais tempo no trânsito para chegarmos num setor ao outro. Isolar as casas com muros altos, cercas elétricas, arrames, câmeras fazendo uma forte segurança deixam as ruas “cegas”.
Prédios e condomínios com inúmeras vagas de garagem e que ao mesmo tempo ficam isolados, parecendo grandes parques e shoppings, até mesmo grandes fortalezas onde as pessoas não precisam mais sair para fazer nada, como por exemplo ir ao salão de beleza ou até mesmo no sacolão, com saunas salas de cinema e diversas quadras de esportes e imensas piscinas contribuem para a setorização e segregação. Você se torna um prisioneiro de onde vive, o medo e a insegurança não permitem com que as pessoas tenham uma vida segura e plena, quanto maior a falsa impressão de segurança, mais as pessoas se tornam prisioneiras. O que seria ideal fazer então? O ideal seria totalmente o inverso de tudo o que as pessoas acham o que é o mais seguro. Olhar para fora, ter as ruas vivas. Ruas vivas em movimento com boa iluminação afastam a violência, faz com que não se criem oportunidades das ruas serem terra de ninguém. Claro que a ilumição é muito importante, mas não podemos atribuir somente a escuridão o problema da insegurança e do medo. Grades e grandes muros cercas elétricas são elementos que despertam a curiosidade e o interesse de quem está do lado de fora...e os levam a ter o seguinte pensamento: o que será que aquela pessoa guarda alí? Cada espaço da cidade é de direito de quem alí habita. Devemos promover vivacidade e dizer não ao medo, a monotonia ou a padronização.
Podemos dizer que Jacobs teve um papel muito importante na compreensão das cidades e nos fez refletir entre a vivacidade ou a monotonia, como era o espaço escolhido pelo grupo e no que ele poderia se tornar? O que poderíamos agregar a comunidade? Como tornar uma Avenida de um espaço de passagem para um espaço de permanência? Quais as necessidades dos estudantes e das pessoas que alí passam? Como deixar uma pequena área atrativa com uma intenvenção efêmera? Como conseguir fazer com que as pessoas interajam umas com as outras? Como demarcar o local? Como chamar a atenção e despertar a curiosidade das pessoas?
Foram os primeiros questionamentos que nos fizemos nos baseando com as informações oferecidas por Jacobs.
Atrativos culturais, intervenções urbanas, intervenções efêmeras entre outros permitem o envolvimento de diferentes tipos de pessoas o que é essencial à vivacidade de nossas cidades. A interação humana nesses ambientes trará mais humanidade e consequentemente o conhecimento da diversidade de pessoas, trazendo consequentemente relações respeitosas e também propósitos em comum.
Com base nessas informações e dados levantados começamos então a elaborar propostas do que poderia ser feito numa Avenida como a João Pinheiro, passamos por inúmeras orienações com nossos educadores Samy Lansky, Lívia Leonardo e Harley Silva. Harley que nos auxiliou juntamente com o livro da Jacobs a enxergamos a cidade como nunca havíamos visto antes. Fizemos vários esboços até chegarmos no projeto ideal, e assim nasceu o projeto Belo Horizonte Como Voçê Nunca Viu, dentro do que gostaríamos fazer para os estudantes e visitantes do local, o que iria agradar o público alvo e como o projeto iria interferir na vida das pessoas, como fazer o espaço ficar atrativo, digno das pessoas permanecerem nele por algum tempo.
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